Maiores
informações – Rodagem dupla
Uma das maiores reclamações sobre a Safari
é mesmo a sua dirigibilidade. Com suas dimensões aumentadas e um peso acima
do normal para uma Kombi, é freqüente o balanço e a falta de aderência do conjunto
ao asfalto em velocidade máxima. A karmann Ghia não realizava modificações na
mecânica da Kombi assim como sistema de rodas e suspensão. Para resolver o
problema, alguns campistas proprietários de Safáris modificam a rodagem do
veículo para o sistema de duplo rodado, igual dos caminhões.
Algumas Safáris possuem adaptações com
rodas comuns e outras com rodas de caminhões 608D (raio 16’’) devidamente
cortadas e adaptadas ao aro original da Kombi (raio 14’’). De um jeito ou de
outro, é preciso a utilização de prolongamentos de bicos de válvula para que
não haja dificuldades na calibragem. Há quem diga que a adaptação sacrifica
os rolamentos originais, porém há relatos da ausência deste tipo de problema
por parte de alguns campistas. Os proprietários satisfeitos com a adaptação
relatam a eficiência e a segurança do conjunto nas curvas, pistas molhadas e
principalmente nas retas em velocidade máxima (80km/h – segundo o fabricante)
já que há uma área de aderência maior. O famoso “efeito pêndulo”, que faz com
que o veículo balance muito devido à altura em relação aos ventos, parece ser
minimizado.
Os pontos negativos podem estar no maior
consumo de combustível, maior gasto com desgaste de pneus, já que agora são
em um número de seis e principalmente com o pedágio, já que com o rodado
duplo, passa a ser considerado como eixo comercial, ou seja, paga o dobro da
tarifa du uma safari original.
Dentre os pontos positivos, além dos já
citados, está o fato de não haver a necessidade de parada no momento em que
um pneu fura, já que pode rodar até um próximo posto ou borracharia.
Já, segundo alguns campistas, a experiência
pode ser frustrante. Em rodovias em más condições, o que é freqüente no
Brasil, o rodado duplo ao entrar em contato com as valas ou sulcos (canaletas
formadas pelas rodas de caminhões pesados no asfalto) faz com que o veículo
perca o controle de dirigibilidade. O fato de um dos pneus estar na depressão
do sulco e o outro acima do mesmo, provoca a desestabilidade.
Há de se pensar bastante, conversar com os
colegas e conhecer as diferentes modificações para se chegar à conclusão de
fazer ou não a adaptação. Escolher uma oficina de confiança e materiais de
qualidade ajudarão bastante.
Para os que não são a favor da adaptação,
mas procuram uma solução para o problema, poderá pensar no caso de uma roda
de “tala larga” onde melhorará a eficiência de estabilidade sem perder a
originalidade nem a tarifa comum de carro de passeio nos pedágios.
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