Sua colonização começou em 1856, às margens do Rio Santa Maria, onde se
instalaram os primeiros imigrantes suíços, seguidos por alemães e
luxemburgueses. Inicialmente denominada: Cachoeiro de Santa Leopoldina, o nome
surgiu em 1860, a partir da visita de D. Pedro II ao município. Com o progresso
da colônia, chegou a ser, no século XIX, o maior centro comercial do Estado,
travando relações com comerciantes europeus. Tornou-se município em 1887 e em
1943 teve seu nome simplificado para Santa Leopoldina. Santa Leopoldina foi um
dos municípios mais importantes do processo colonização do interior do Espírito
Santo. A principal ligação do interior com a Capital Vitória era feita pelo rio
Santa Maria da Vitória, navegável até o mar, o que trouxe grande desenvolvimento
econômico para a região. Na segunda metade do século, com a chegada dos
imigrantes, o vilarejo ganhou enorme impulso. O porto fluvial passou a
centralizar todo o comércio das mercadorias produzidas pelas famílias de
imigrantes, inclusive de municípios vizinhos. Em 1860, o maior empório comercial
e centro tropeiro do Espírito Santo foi visitado por D. Pedro II. O imperador
navegou até Barra do Mangaraí, subindo em carro de boi até a localidade hoje
conhecida como Tirol. Além disso, ele visitou Suíça, Luxemburgo e Jequitibá.
Santa Leopoldina foi o primeiro município a entrar na era rodoviária, com a
inauguração, em 1918, da Rodovia Bernardino Monteiro, ligando o município a
Santa Teresa. A partir de 1924, com a inauguração da estrada ligando Santa
Leopoldina à capital Vitória, o porto fluvial foi sendo desativado. O Museu do
Colono, no casarão da família Holzmeister, guarda parte da memória da imigração.
O conjunto arquitetônico no centro da cidade possui belos casarões de estilo
europeu. Entre os imigrantes que se fixaram na região estão os alemães e
italianos, que exerceram maior influência, mas houve também os luxemburgueses,
belgas e pomeranos. Na segunda metade do século XX, o município perdeu a
importância econômica que tinha até os anos 30, quando os ônibus e caminhões
substituíram as canoas de transporte de cargas e passageiros. Além disso, as
seguidas emancipações, como as de Santa Teresa, em 1890, e Santa Maria de Jetibá,
em 1988, reduziram a expressão municipal.
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