O astral
místico e as incontáveis belezas naturais da Chapada dos
Veadeiros fazem de Alto Paraíso de Goiás um ponto de
encontro de diversas tribos. Por lá, reúnem-se
esotéricos, ecoturistas e aventureiros em perfeita
harmonia - também, pudera! Em um cenário contornado por
cânions gigantescos, paredões rochosos, rios
cristalinos, cachoeiras, piscinas naturais e minas de
quartzo, somente a paz pode reinar.
Vale da Lua:
piscinas entre as formações rochosas proporcionam banhos
vigororos - Foto: Ana CavalcanteJardim de Maytrea é
tomado por veredas de buritis e campos floridos Para
proteger tanta beleza o governo criou, em 1961, o Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros, acessível pelo
vilarejo de São Jorge, a 36 quilômetros de Alto Paraíso.
Na área de 65 mil hectares há poucas trilhas abertas a
visitação, mas elas levam - ainda bem - aos clássicos
cartões-postais da região. Entre eles estão os Saltos do
rio Preto, que formam cascatas de até 120 metros de
altura e a maior piscina natural da área, que chega a
300 metros de diâmetro. Para conhecer as quedas é
preciso ficar atento: a reserva tem lotação limitada
diária e para fazer os passeios é obrigatório o
acompanhamento de guias.
Curtir os
arredores do parque também exige a contratação de
profissionais. Do lado de fora estão dezenas de
atrações, como o Vale da Lua, um conjunto de rochas de
cor cinza-claro semelhantes às crateras lunares. O rio
corre entre os buracos formando poços liberados para
relaxantes banhos. Lá perto fica o Jardim de Maytrea, um
verdadeiro oásis tomado por veredas de buritis e campos
floridos.
Passear pela
chapada não é tarefa das mais fáceis. Um mínimo de
preparo é necessário para encarar as trilhas, algumas
íngremes e cansativas. Mas só de imaginar as belezas
escondidas no final do caminho vale a pena prosseguir.
Entre uma parada e outra, aprecie a vegetação típica do
cerrado, colorida por ipês, bromélias e aroeiras; ou
acompanhe os vôos dos periquitos e das araras, que
cortam os céus sempre em bandos. Quem tem espírito
aventureiro pode curtir as paisagens de ângulos
inusitados através da prática de atividades radicais
como canyoning, cascading, tirolesa e rapel.
Depois de
tanto desgaste físico, nada como recuperar as energias
nos centros de massagens e meditação que ocupam
insólitas construções em forma de pirâmide. De acordo
com os místicos, a região é o coração magnético do país
por estar sobre uma das maiores concentrações de cristal
de quartzo do mundo. Se o esoterismo não é sua praia,
relaxe nas pousadas charmosas, nos bons restaurantes ou
nas lojinhas - especializadas em cristais e incensos!
Alto Paraíso
de Goiás, considerada como a cidade mais fria e a mais
alta de Goiás (juntamente com Cristalina - GO, que
possui pouco mais de 1200 metros de altitude), possui um
clima Tropical de montanha, sendo seco e frio no inverno
e ameno e úmido no verão. No inverno, as mínimas podem
alcançar facilmente os 5°C e as máximas podem não passar
dos 20°C. Normalmente, no inverno é comum se ter grandes
amplitudes térmicas. (Temperaturas típicas de um dia de
inverno: mín. 5°C/máx.22°C) .Há casos excepcionais em
que as mínimas podem ser inferiores a 4°C. (Temperaturas
típicas de um dia de outono: mín. 9°C/máx.23°C)
No verão, as
mínimas ficam um pouco mais altas, em torno dos 16°C e
as máximas, amenas (em torno dos 23°C). (Temperaturas
típicas de um dia de verão em dias chuvosos: mín.
16°C/máx.21°C; Temperaturas típicas de um dia de verão
em dias com céu claro: mín. 15°C/máx.25°C)
Mas é na
primavera que são registradas as maiores temperaturas do
ano, pois as mínimas podem ficar próximas dos 16°C e as
máximas, alcançar os 34°C. A maior mínima registrada foi
de 19°C em setembro de 2007 e a maior máxima, de 35°C
também em setembro de 2007. (Temperaturas típicas de um
dia de primavera: mín. 13°C/máx.30°C)A umidade relativa
do ar no inverno durante o dia pode não ultrapassar os
15%.
A menor
temperatura possivelmente teria ocorrido em 1975, mas
não há registros que confirmem tal fato. Mas de acordo
com relatos de registros de temperatura de outras
cidades próximas, as mínimas em Alto Paraíso de Goiás,
nessa época, deveriam ter ficado entre -2°C e 2°C(Que
possivelmente deve ter ocasionado geadas no mínimo
fracas).
Devido ao
clima tropical de montanha, Alto Paraíso de Goiás possui
madrugadas de inverno geladas, pois as temperaturas
mínimas nessa época do ano podem alcançar os 4°C ou até
menos nos pontos mais altos. Mas no inverno, são comuns
temperaturas mínimas variarem entre 4°C e 9°C. Mesmo
estando no inverno a região pode possuir alguns períodos
de dias quentes com temperaturas que podem chegar aos
28°C. Logo possui uma grande amplitude térmica. O ótimo
disso é acampar nessa época do ano, pois as noites são "congelantes".
Isso por razão dos ventos constantes de 7km/h a 30km/h.
No verão, as temperaturas mínimas sobem muito, passando
de 6°C para 15°C ou 16°C. Mas as máximas ficam variando
de 18°C a 26°C devido às chuvas que refrescam o tempo.
Localizada
na Go - 118 na Chapada dos Veadeiros, Alto Paraíso de
Goiás é o santuário goiano da ecologia, do misticismo,
das terapias naturais, do espiritualismo e da paz.
O município
é um dos mais apreciados cartões-postais de Goiás. A
exuberante natureza esconde cenas quase mágicas, como o
pôr do sol, as montanhas, os canyons, as cachoeiras, as
minas de cristal, as flores do cerrado e a energia que
emana do solo.
Em Alto
Paraíso, estão instalados mais de 40 grupos místicos,
filosóficos e religiosos sendo reconhecida pelos
espiritualistas de todo o mundo como uma das regiões do
planeta destinadas a receber seres escolhidos pelos
planos superiores da vida e que podem ser classificados
com os artíficies da Era de Aquário, Alto Paraíso se
destaca no Brasil e no mundo como a Capital Brasileira
do Terceiro Milênio, O Paralelo 14, que atravessa a
lendária cidade de Machu Pichu, no Peru, também passa
sobre Alto Paraíso, em um local denominado Jardim Zen,
onde pedras e flores compõem um cenário místico,
originando fantásticas histórias sobre a região: discos
voadores e seres extraterrestres.
O município
de Alto Paraíso possui uma crescente estrutura para o
turismo, com pousadas, hotéis e áreas de camping,
estando a cerca de 1300 mts de altitude, torna o clima
bastante ameno, encontrando-se ainda no município, o
distrito de São Jorge, a porta de entrada do Parque
Nacional da Chapa dos Veadeiros. Este santuário,
constitui-se em uma importante área de preservação uma
vez que, existem muitas espécies ameaçadas de extinção
habitando sua área, como: veado campeiro, o lobo guará,
a capivara, as ágeis emas e os tucanos de bico amarelo.
Visitantes
de todas as partes chegam até o município atrás da
maravilha selvagem e praticamente intacta do Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros. O principal rio que
corta o Parque Nacional é o rio Preto, afluente do rio
Tocantins, que comporta belíssimas cachoeira e antigas
formações rochosas que são consideradas uma das mais
antigas do planeta garantindo uma visão extasiante de
pura beleza natural. Embora límpidas, suas águas são de
uma tonalidade escura, que originou o nome do rio, fora
do domínio da parque e ainda em São Jorge, encontramos o
Vale da Lua onde o rio São Miguel corre entre rochas que
impressionam pelas cores e pelas formas esculturais,
talhadas pela força da água através dos tempos.
O artesanato
mais importante atualmente na região de Alto Paraíso, é
aquele ligado à confecção de arranjos decorativos com
plantas regionais. Feitos principalmente com flores,
frutos e sementes, e comercializados com o nome "Flores
do Cerrado", esses arranjos, dão empregos a diversas
pessoas chegando a atingir o mercado externo.
CARACTERIZAÇÃO REGIONAL DE ALTO PARAÍSO
O Município
de Alto Paraíso de Goiás, localiza-se na porção norte do
Estado, na microrregião denominada "Chapada dos
Veadeiros". Possui forma alongada no sentido
sudoeste-nordeste, ocupando uma área de 2.603,4 Km2. Em
relação à distâncias, a cidade de Alto Paraíso
encontra-se à 451 Km de Goiânia e 220 Km de Brasília,
estando ligado à essas capitais por rodovia asfaltada
(GO 118 via BR 020). Ver Mapa loccidad.pdf
A cidade de
Alto Paraíso está situada na borda de um pequeno
planalto, com altitudes variando de 1180 metros a mais
de 1.200 metros. A quase totalidade da área urbanizada
está situada na bacia hidrográfica do Rio São
Bartolomeu. Apresentando as seguintes coordenadas
geográficas: 14º 07´ 57" de latitude sul e 47º 30´ 36"
de longitude oeste. Ver mapa macro-ap.pdf
Seu sítio
primitivo situava-se no entorno da conhecida Praça dos
Bambus, nas proximidades do Córrego Passa Tempo.
Entretanto a área urbana se ampliou no sentido oeste e
sul, tendo em vista especialmente as características
topográficas mais favoráveis para urbanização.
O Município
possui grande beleza cênica natural. Está localizado na
Chapada dos Veadeiros, onde se encontram inúmeras
nascentes, quedas d’águas, campos úmidos (local de
coleta de dezenas de espécies de flores secas utilizadas
para ornamentação) e veredas. Apresentando um clima
ameno em grande parte de sua área devido à altitudes
elevadas - essa região é, por excelência, um ponto de
alto potencial turístico especialmente o de natureza
ecológica apresentando muitas áreas de conservação dos
ecossistemas de Cerrado.
Fazem parte
de seu território o Distrito de São Jorge e o povoado
rural do Moinho.
Os
municípios vizinhos são Cavalcante e Teresina de Goiás
ao norte, Nova Roma à leste, Colinas do Sul e
Niquelândia à oeste e São João da Aliança ao sul.
A principal
particularidade dessa área é a existência do Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros, unidade de
conservação do IBAMA. Com 65mil hectares de terras no
seu todo, o Parque tem quase metade de sua área dentro
do município de Alto Paraíso, perfazendo cerca de 5% da
área total do Município, sendo uma das mais importantes
atrações sob o ponto de vista do turismo. Em 1996,
visitaram o parque cerca de 7 mil pessoas, número que
vem crescendo anualmente.
Existem
inúmeros pontos de atração turística dentro do município
que são visitados por turistas provenientes dos mais
diversos locais do Brasil, inclusive do exterior. Entre
os mesmos mencionam-se saltos, cachoeiras, mirantes
naturais etc.
HISTÓRIA DA
OCUPAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ALTO PARAÍSO
Pelo Decreto
Lei Estadual 557 de 30 de março de 1938 Veadeiros surge
como distrito de Cavalcante.
Em 12 de
dezembro de 1953 pelo decreto estadual Nº 808, ainda com
o nome de Veadeiros, Alto Paraíso foi elevado à
categoria de município, desmembrando-se de Cavalcante e,
em termos judiciários, pertencendo à Comarca de Formosa
e Veadeiros.
Pela Lei
Estadual 4.685 de 15 de outubro de 1963, passa a
denominar-se Alto Paraíso de Goiás.
Portanto, a
divisão geo-política da Chapada é relativamente recente,
pois os municípios da região são originários de uma
subdivisão de Cavalcante, antigo núcleo de colonização
decorrente do período de pico do extrativismo aurífero
nacional.
Classicamente se atribui a Francisco de Almeida o
pioneirismo de se estabelecer como fazendeiro, por volta
de 1750, num sítio que passou a ser conhecido como
Veadeiros. O topônimo se refere não ao veado
propriamente dito mas sim ao cachorro utilizado para
farejar e perseguir o animal durante as caçadas.
Em seu
estado primitivo, a Chapada talvez só conhecesse seres
humanos devido à travessia eventual de silvícolas de um
vão para outro. Na gênese de sua colonização são feitas
referências aos índios localizando-os nas zonas mais
quentes em volta da Chapada dos Veadeiros, sendo
identificadas duas tribos: dos Crixás e dos Canoeiros.
As fazendas
de Francisco de Almeida e Firmino de Almeida Salermo,
José Pereira Barbosa e Manuel Caboclo foram geradoras do
primeiro núcleo povoado na região em meados do século
XVIII, dando início ao processo de colonização com
cultivo de frutas, milho, café e pecuária.
Intimamente
ligada ao desenvolvimento desta região encontra-se a
cultura do trigo, realizada não só na Chapada dos
Veadeiros como em diversos outros lugares de Goiás.
Em 1780 a
região do entorno de Cavalcante já possuía quatro
engenhos de trigo. Há notícias de que o trigo foi
plantado pela primeira vez em Veadeiros por Francisco
José da Silva Bastos, na Fazenda Volta da Serra, próxima
ao Córrego São Miguel. Foi seguidor deste produtor o seu
genro Antônio Pinto de Castro que se estabeleceu no
lugar denominado Moinho, sendo essa designação dada por
se constituir no primeiro local da Chapada onde foi
construído um equipamento para produção de farinha de
trigo.
A partir de
1808 a produção tritícola teve trajetória ascendente em
toda a região e em 1862 foi registrada a exportação de
20 toneladas de trigo pelo município de Cavalcante.
A
produtividade expressiva foi mantida até 1890, quando
defrontou-se com a falta de mão de obra provocada pela
libertação dos escravos em função da Lei Áurea. A
produção foi diminuindo até sua total extinção no início
deste século.
O
pioneirismo de inaugurar na região o movimento esotérico
e espiritual se deve ao esperantismo que, em meados da
década de 1950, instalou próximo ao Parque Nacional, a
primeira Fazenda Escola da região – Fazenda Bona Espero.
Em meados da
década de 1960, funda-se mais uma Fazenda Escola desta
vez por uma organização espírita, de natureza
Kardecista, batizada com o nome de Cidade da
Fraternidade. A partir daí, a migração dá um novo passo
significativo, abrindo caminho para outros "buscadores"
espirituais.
Ao findar
seu mandato, o presidente Juscelino Kubitschek,
antecipando-se a todos os movimentos ambientais e
acatando as sugestões da Fundação Brasil Central (
proposta em carta dirigida ao mesmo em 4 de outubro de
1960), cria em 1961 o Parque Nacional do Tocantins, com
área de 625 mil hectares e que nos anos seguintes (1971
e 1980) foi diminuído drasticamente até atingir os
atuais cerca de 65 mil hectares. Vale a pena frisar que
o atual processo de ocupação da região deve-se
basicamente à existência do Parque Nacional da Chapada
dos Veadeiros que propiciou o desenvolvimento de
denominado eco-turismo.
De 1950 até
1980, na esteira do processo de marcha para o oeste, a
região vai sendo, progressivamente, incorporada ao
processo de modernização da própria sociedade
brasileira. Para tanto, muito teria contribuído o novo
ciclo econômico inaugurado pela política de Juscelino
Kubitschek, centrado no Plano de Metas, na construção de
Brasília e na criação de incentivos à formação de
colônias agrícolas avançadas.
No final da
década de 1970 e início da década de 1980, Alto Paraíso
era um das regiões que apresentavam importância especial
na ótica do Plano de Ação do então Governador de Goiás,
Sr. Ary Valadão, colocando ênfase na articulação do
núcleo urbano com o contexto regional e com a estratégia
de colocar a cidade a serviço do campo. A organização do
urbano, mediada pela produção agrária parece ter sido a
característica mais significativa deste Plano (INDUR,
1984). Entre 1979 e 1980 é implantado na região o Plano
de Desenvolvimento Integrado de Alto Paraíso, dentro do
Programa de Diretrizes do Governo Estadual, elaborado
pelo Instituto de Desenvolvimento Urbano de Goiás -
INDUR, extinto em 1985.
Documento do
INDUR (1979), enfatiza que:
“Como fator
de desenvolvimento foi proposto, pelo Plano de Governo
(Ary Valadão) o incentivo a hortifrutigranjeiros, mais
especificamente, à exploração de frutas de clima
temperado, objetivando abastecer o mercado do Distrito
Federal e Goiás; e a instalação da Sede de Verão do
Governo do Estado, na sede do Município, tendo em vista
o fato de que a cidade usufruirá de toda uma
infra-estrutura que deverá ser implantada para apoiar
esta função administrativa.”
O objetivo
explícito do Projeto era a fixação da população dos
municípios do norte e nordeste goiano em suas própria
regiões nativas, desafogando com isso o fluxo migratório
para o entorno de Brasília, porém dentro de um quadro
referencial centrado no desenvolvimento, onde a questão
da preservação dessa importante região não era nem ao
menos mencionada.
Apesar desta
instalação da sede de verão não ter se concretizado, o
Programa possibilitou a implantação de uma relativa
infra-estrutura na cidade – parte concluída
posteriormente e parte sem conclusão - hotel, hospital,
aeroporto, armazém-silo, conjunto residencial, centro
administrativo (prefeitura e fórum), agência bancária,
sistema de abastecimento de água, abertura de ruas e
pavimentação asfáltica. O objetivo era a implantação num
prazo de cinco anos de uma cidade de trinta mil
habitantes, previsto inclusive na Lei Municipal 519/80,
ou seja, cerca de cinqüenta vezes a sua população
naquele ano de 1980 que era de seiscentos habitantes.
Entre os
fatores que contribuíram para a não implementação do
projeto, além da morte do filho do Governador que estava
como responsável pela administração do mesmo, pode-se
mencionar a inadequação do projeto à realidade, a utopia
da sua concepção, as injunções políticas no conjunto das
propostas apresentadas e a exiguidade do prazo previsto
para sua implantação tendo em vista o porte e à
complexidade do mesmo (INDUR,1984). A mudança de governo
e as modificações nas prioridades do estado, em função
da escassez de recursos os quais começaram a diminuir na
década de 1980, também contribuíram para a decadência do
projeto.
No alvorecer
da década de 80, outro projeto é implantado em Alto
Paraíso. De natureza sócio-cultural, este projeto busca
espaço no Planalto Central para vivenciar novas formas
de tecnologia, de alimentação, e de comportamento além
de outras posturas de vanguarda. É o "Projeto Rumo ao
Sol". No Natal de 1980, é realizado na Bona Espero
(Fazenda Escola dos adeptos do Esperanto) um encontro
com mais de 180 "alternativos", trazendo até a Chapada
as sementes de um novo modelo de colonização, baseado
nos pressupostos da preservação da natureza, da produção
e do consumo de alimentos naturais, do crescimento
espiritual e da vida em comunidade.
Até meados
da década de 1980, Alto Paraíso, que integra a região
geoeconômica de Brasília, se manteve em relativo
isolamento sócio- cultural, em função do difícil acesso
ocasionado pela inexistência de estradas pavimentadas.
As mudanças
provocadas por projetos do governo, principalmente o
asfaltamento da GO-118 (Brasília-Nordeste Goiano em
1985); a progressiva migração de novos alternativos após
o "Projeto rumo ao Sol"; as primeiras divulgações da
mídia nacional evocando belezas cênicas e "poderes
energéticos" produzidos pelo cristal; mais a crescente
onda nos meios urbanos de preocupação com a ecologia e
com o meio ambiente provocam o "boom do ecoturismo".
Brasília
descobre o "Parque dos Veadeiros" e São Jorge eleva-se à
categoria de balneário internacional. Na virada de 90,
são as seitas religiosas que anunciam sua chegada, com o
"Ecoturismo" provocando a chegada de novos visitantes e
moradores. Dentre as seitas mais expressivas que vieram
nesta ocasião pode-se citar: os Cavaleiros de Maytréia,
os adeptos de Saint Germain que construíram as Cúpulas e
os seguidores de Osho. Novas seitas e correntes
espirituais continuam chegando enquanto outras já
deixaram a região.
A partir do
início da década de 90, presencia-se o surgimento das
primeiras ONGs, de caráter ambiental, que passam a
desempenhar ativo papel na defesa do patrimônio natural
da Chapada. dos Veadeiros. Como exemplos podemos citar a
ACV-CV - Associação dos Condutores de Visitantes da
Chapada dos Veadeiros; a ASFLO-Associação dos Pequenos
Extrativistas de Flores do Cerrado da Chapada dos
Veadeiros; a ASJOR - Associação Comunitária da Vila de
São Jorge; AMOR MOINHO – Associação dos Moradores do
Povoado do Moinho, todas de inspiração local. Outras,
inclusive de caráter internacional como a WWF – Fundo
Mundial para a Natureza vêm à seguir.
O surto de
turismo observado nos últimos anos ocasionou o
incremento do setor terciário, sobretudo no que diz
respeito à prestações de serviços de hotelaria e
alimentação com ênfase nos períodos de maior atividade
turística - o verão e os feriados prolongados.
Por outro
lado, muitas pessoas vindas de centros urbanos e ligadas
à sistemas de crenças diversas começaram a se
estabelecer na região, tendo em comum uma proposta de
vida alternativa. A Chapada dos Veadeiros tem sido
proclamada em todo o país e mesmo no exterior como a
sede da civilização do Terceiro Milênio, o que fez com
que chegassem nos últimos anos, esotéricos de diversas
seitas e crenças.
Cidade de
Alto Paraíso de Goiás
O sistema
viário urbano, apresenta-se com três categorias de vias
públicas, considerando-se as larguras de suas pistas:
- 3 grandes
avenidas com duas pistas e canteiros centrais;
- 1 via
marginal à GO -118
- ruas
restantes relativamente estreitas compreendendo a grande
maioria das existentes.
Os bairros,
em número de seis, compreendem setores diferenciados da
cidade e definem as várias etapas da evolução urbana
local. No bairro do centro está localizada a mancha
urbana inicial, geradora da atual cidade. É o centro
histórico de Alto Paraíso. Os bairros mais recentes do
Novo Horizonte e do Setor Planalto, apesar da ocupação
rarefeita já se definem com tipologias urbanas
diferenciadas dos demais bairros iguais e menores. O de
Estância Paraíso por sua vez, também de ocupação
rarefeita, já se apresenta como bairro elitizado, ao
contrário da Vila Paranã que é resultado de uma antiga
invasão.
O padrão de
parcelamento de cada bairro ou setor urbano,
considerando-se a área média dos lotes, permite antever
a densidade populacional potencial de cada um deles a
qual varia desde 15,2 habitantes por hectare no Centro
(área histórica) até 80,3 habitantes por hectare em uma
das partes do loteamento do bairro Novo Horizonte.
A maior
densidade de ocupação atual da população está nos
setores compreendidos pelos bairros Paraisinho e Vila
Paranã, sendo que no primeiro apresenta-se quase toda a
concentração das atividades de comércio e serviços da
cidade, denotando uma forte tendência ao uso misto, já
com alguns eixos bem delineados de predominância.
O bairro
Paraisinho é o que se apresenta com maior densidade de
ocupação e onde estão localizadas e concentradas as
atividades não residenciais de maior importância. Neste
bairro destacam-se algumas vias que estão se
configurando, ora como eixos de atividades de apoio ao
turismo (hotéis, pousadas, restaurantes, etc), ora como
eixos de atividades de natureza local (mercados, lojas
de variedades, serviços de informática, papelarias, etc).
As áreas
parceladas e pouco ocupadas predominam nas três áreas de
expansão recente, compreendidas pelos bairros de
Estância Paraíso, Novo Horizonte e Vila Planalto. Ver
Mapa bairros.pdf
Segurança
Na cidade de
Alto Paraíso a segurança pública é constituída por uma
Delegacia de Polícia Civil e por um Pelotão Operacional
da Polícia Militar do Estado de Goiás.
A Delegacia
de Polícia Civil está subordinada à 14ª Delegacia
Regional de Polícia com sede em Campos Belos que dista
180 quilômetros. A equipe lotada em Alto Paraíso consta
de 1 delegado, 2 agentes policiais, 1 motorista, 1
agente carcerário e 1 datiloscopista que responde pelas
atividades da delegacia.
As
instalações físicas compreendem: a delegacia de polícia
e um presídio com 2 (duas) celas. Esta delegacia mantém
um veículo para os trabalhos de sua competência.
O 3º Pelotão
Operacional de Polícia Militar do Estado de Goiás
sediado em Alto Paraíso está subordinado à 1ª Companhia
Independente de Formosa.
Possui um
efetivo total de 37 Policiais Militares, estando
instalado num prédio sede e dispondo de 4 (quatro)
viaturas.
Existe ainda
no município, o Conselho Comunitário e o Grupo de
Resgate.
O Conselho
Comunitário de Segurança tem como princípio colaborar
com as autoridades constituídas inclusive, fazendo
companhamento das blitz quando eventualmente requeridas
visando a melhoria da segurança pública na cidade e no
município como um todo.
O Grupo de
Resgate é constituído por guias habilitados pelo Ibama e
paramédicos com a finalidade de atender em casos de
emergências locais e turísticas no município.
Uma
Chapada-Paraíso Pessoas de todos os lugares vêm à
Chapada dos Veadeiros atraídas pela sua fama de natureza
agreste, aura mística, santuário ecológico e belezas
naturais.
É um cenário
pouco conhecido e com muitos atrativos, desde o Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros -- o componente mais
visitado -- até as dezenas de recantos imperdíveis. É
perfeito tanto para os que querem apenas curtir a
natureza e caminhar, tomar banhos e mergulhar nos rios e
cachoeiras, como é ideal para os que desejam aventuras
mais radicais (Clique na coluna ao lado para navegar nas
Galerias de fotos).
Também os
pesquisadores da fauna e da flora, ambientalistas e
estudantes em geral, se impressionam com a
biodiversidade peculiar da Chapada.
No Alto do
Paraíso
O portal de
entrada na Chapada é Alto Paraíso de Goiás, conhecida em
toda parte como a Cidade do Terceiro Milênio. Ela
encanta os que chegam pelo seu ar puro, água cristalina
e um céu que parece ser mais luminoso que em outros
lugares.
O clima é
ameno e faz um friozinho à noite que dispensa ar
condicionado. Isso torna Alto Paraíso um ambiente também
propício para os que desejam relaxar e recuperar a
saúde, que podem contar com uma boa gama de terapeutas e
tratamentos alternativos de muitos matizes.
Algo no ar
Em Alto
Paraíso existe "algo" no ar, um quê de magnetismo,
talvez devido aos cristais do subsolo, que parece
favorecer a meditação e o contato com o divino, do que
deriva a aura mística do lugar e o torna ideal para os
que querem desenvolver seu lado espiritual e qualidades
sutis, como sentimentos de paz interior, amor
incondicional, união com o infinito...
E... Alto
Paraíso tem pessoas. Óbvio, todo lugar tem pessoas, mas
é diferente. O fato é que a cada feriadão sempre tem
gente que se encanta e não vai mais embora, arranja um
lugar e fica por aqui. Estranho, não é? Afinal, o
dinheiro é pouco, o custo de vida é alto e fica distante
de Brasília! Então os que se tornam moradores certamente
têm outros valores, além do dinheiro. Por isso, insisto:
Alto Paraíso tem pessoas, como todo lugar, mas é
diferente.
Seja na
natureza ou em uma das mais de trinta terapias e
vivências existentes em Alto Paraíso de Goiás, um dos
municípios ao qual a Chapada pertence, é impossível não
encontrar paz e mergulhar no clima zen da exótica
Chapada dos Veadeiros. No meio do cerrado goiano há um
lugar de muita energia. Ponto de encontro dos místicos,
a Chapada dos Veadeiros tem como característica especial
a sua localização sobre uma imensa placa de cristal de
quartzo. Crenças à parte, o que qualquer um pode
constatar é a extrema beleza protegida pelo Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros. Água é o que não
falta por lá. Inúmeras trilhas levam à cachoeiras e
poços de águas cristalinas e de cor castanha devido à
alta concentração de óxido de ferro, entre cânions
rochosos. Não só as cachoeiras encantam quem passa pela
chapada. Campos de flores, mirantes, mamíferos em
extinção e até um curioso vale rochoso com piscinas
naturais e minigrutas, o Vale da Lua, incrementam a
paisagem característica do cerrado.
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