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caxias do sul - rs

Dados:

  

  

Fundação: 1890

Habitantes: 399.878

Altitude: 817m

CEP: 95000-000

DDD:  

  

Foto: Prefeitura

Conhecer vinícolas, castelos, cachoeiras, rios, museus, grutas, santuários ecológicos, cânions, igrejas, vila de presépios, tradicionalismo gaúcho e italiano, unidos nas mais lindas paisagens do sul, saborear comidas típicas e passear pelas mesmas trilhas feitas há 130 anos quando os primeiros imigrantes italianos chegaram a Caxias do Sul. Admirar um dos mais belos espetáculos (SOM & LUZ) criados em homenagem a esses bravos homens que cruzaram o oceano em busca de terra e liberdade. Tudo isso você encontra em Caxias do Sul! Localizada no coração da Serra Gaúcha, a 130 Km de Porto Alegre, Caxias do Sul, a segunda cidade mais importante do estado, guarda na memória a herança cultural e costumes deixados por seus colonizadores inserindo este legado no ambiente tradicionalista gaúcho.  

 

HISTÓRICO

Numa clareira da mata, conhecida como Campo dos Bugres, desenvolveu-se Caxias do Sul que em 1877, recebeu os primeiros imigrantes italianos. Hospitaleira e progressista, Caxias do Sul possui largas avenidas, modernos edifícios, praças e parques. Na cidade e nos arredores pode-se saborear a tradicional comida italiana e um bom churrasco. O monumento ao imigrante é uma homenagem aos pioneiros. A História desses homens e mulheres está resgatada no Museu Municipal, no Museu da Casa da Pedra e no Parque Centenário. Nesse parque de 40 halqueres realizam-se eventos como a Festa da Uva.  

 

  

 

  

LOCALIZAÇÃO

ACESSOS E DISTÂNCIAS RODOVIÁRIAS

 

Porto Alegre

125  km

Florianópolis

349  km

Brasília

1.900  km

Curitiba

584  km

São Paulo

983  km

O acesso se dá pelas rodovias:

BR-116   RS-122   BR-453

Caxias do Sul localiza-se na encosta superior do Nordeste do Rio Grande do Sul, parte na extremidade leste da microrregião vitivinícola e parte no planalto dos Campos de Cima da Serra. Essa região também é conhecida como "Roteiro da Uva e do Vinho".

• Latitude: 29º 10' 05" S • Longitude: 51º 10' 06" W.

Limites: • Norte: São Marcos, Campestre da Serra e Monte Alegre dos Campos • Sul: Vale Realo, Nova Petrópolis, Gramado e Canela • Leste: São Francisco de Paula • Oeste: Flores da Cunha e Farroupilha.

 

 

Acesse também nosso Guia de Estradas

 

  

UTILIDADE PÚBLICA

informações úteis para você

 

Telefones de Emergência - DDD 54
Polícia Militar
190
Bombeiros
223-6555
Defesa Civil
193
Pronto Socorro
220-8071
Telefones Úteis - DDD 54
Água e Esgoto
195 / 220-8600
Delegacia
214-8876
Energia Elétrica
0800-900900
Hospitais
220-8000
IML
212-3007
Prefeitura
218-6000

 

 

 

  

  

  

 

 

 

  

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REFERENCIAS

 

A história de Caxias do Sul começa antes dos italianos, ainda quando a região era percorrida por tropeiros, ocupada por índios e chamada "Campo dos Bugres". A ocupação por imigrantes italianos, em sua maioria camponeses da região do Vêneto ( Itália ), deu-se a partir de 1875, localizando-se em Nova Milano. Estes, por sua vez, buscavam um lugar melhor para viver. No entanto, encontraram lombardos, trentinos e outros. Embora tivessem ganho auxílio do governo, ferramentas, alimentação e sementes, esse mesmo auxílio teve que ser reembolsado aos cofres públicos.

Dois anos após, a sede da colônia do Campo dos Bugres recebeu a denominação de Colônia de Caxias. No dia 20 de junho de 1890 foi então criado o Município, e a 24 de agosto do mesmo ano, foi efetivada a sua instalação. Vários ciclos econômicos marcaram a evolução do Município ao longo deste século. O primeiro deles está ligado ao traço mais forte da sua identidade: o Cultivo da Videira e a Produção de Vinho. Num primeiro momento, para consumo próprio e, mais adiante, para comercialização.

No dia 1º de junho de 1910 Caxias foi elevada à categoria de cidade e, neste mesmo dia, chegava o primeiro trem, ligando a região à capital do Estado. Os imigrantes eram agricultores, porém, muitos deles possuíam outras profissões. Instalaram-se na região, urbanizando-a e dando início a um acelerado processo industrial.

Na zona rural instala-se a agricultura de subsistência, que se concentra na produção de uva, trigo e milho, começando a industrialização em nível doméstico. Todo o excedente era comercializado. No início, a uva e o trigo. Com o correr do tempo, há diversificação da indústria caseira para, juntamente com o processo humano da colônia, acontecer a ampliação do leque de manufaturados. Das pequenas oficinas caseiras às grandes indústrias hoje, internacionalmente conhecidas.

Em 1967 é criada a Universidade de Caxias do Sul, núcleo da cultura sistematizada.

Caxias do Sul é hoje, o pólo centralizador da região mais diversificada do Brasil, com seus laboriosos colonos, seus vastos parreirais, suas vinícolas, seu variado parque industrial e um comércio rico e dinâmico, o que dá a essa terra uma dimensão ainda maior, razão pela qual "Caxias do Sul", a "Capital da Montanha", a "Pérola das Colônias", a "Colméia do Trabalho" é, por si só, o pólo centralizador da marca italiana no sul do Brasil.

Junto com os imigrantes, outras etnias partilharam desse caminho. Aconteceram a miscigenação e a aculturação. Cantos e linguagem, hábitos e tradições se aproximaram. Ao lado do lastro cultural itálico, convive a bela tradição gaúcha. O churrasco e o vinho, a polenta, o galeto e as macarronadas, ao som de belas letras trazidas da longínqua Itália e de outras, já produzidas na terra de cá dão matizes, sonorização e sabores especiais à culinária típica desta Metrópole. É a fartura do Sul aliada ao sabor especial do tempero italiano.

É, através da uva e do vinho, que Caxias se notabilizou, sendo o berço do turismo do Estado quando, em 1931, lançava a maior festa do sul: a Festa da Uva. Vinhos, uvas, frio e neve, aliados ao clima europeu das montanhas, com muita gente bonita, comida farta, hospitalidade e muitos atrativos reiteram o convite: Venha e comprove. Tome conosco um gostoso vinho e se delicie com as mais saborosas uvas.

Nome Embora o povoamento efetivo da região fosse iniciado em 1876, já dois séculos antes os jesuítas tinham tentado cristianizar esta zona. Por vários motivos as reduções fracassaram e os índios continuaram sua vida semi-nômade, daí o nome original de Campo dos Bugres, porque encontraram ali vestígios de antigo acampamento.

Após as lutas da unificação italiana (1870) os colonos daquele país necessitavam terras para agricultura, pois os prejuízos foram enormes. Paralelamente, o Imperador D. Pedro II resolveu trazer para o Sul imigrantes italianos. Em 1875 chegaram à Porto Alegre as primeiras famílias vindas da Itália; foram levados para o antigo Porto Guimarães, hoje cidade de São Sebastião do Caí; subindo o rio Caí, chegaram ao chamado "Campo dos Bugres".

O Governo Imperial era responsável pelo transporte oceânico, divisão e distribuição dos lotes com 63 hectares de área para cada família, abertura de estradas para as novas colônias, ferramentas e sementes.

Como os lotes de 63 hectares eram muito grandes, gradativamente foram reduzidos para 44, 30 e 25 hectares. Estes lotes eram pagos no prazo de 5 e 15 anos.

Um ano depois, no local onde hoje está localizada a sede, estavam instalados dois mil colonos. Em 1877, como homenagem a Duque de Caxias, foi denominada "Colônia de Caxias". Embora as condições geográficas fossem favoráveis, os materiais eram deficientes; mas a vontade de vencer dos colonos era superior a tudo.

Em 1884 a colônia foi anexada ao Município de São Sebastião do Caí. Posteriormente, foi denominada Santa Tereza de Caxias; mais tarde, a denominação de Santa Tereza foi retirada, ficando somente como Padroeira.

O Ato nº 257 de 20 de junho de 1890 criou o novo município sob a denominação de Caxias. A origem da indústria caxiense deu-se em 1895 com a atuação de um jovem italiano, com apenas 16 anos. Abramo Eberle inicia com uma pequena funilaria.

Devido ao grande desenvolvimento em 1910, recebeu ligação por via férrea e a sede foi elevada à categoria de cidade.

Caxias do Sul recebeu três títulos pelo destaque que vem tendo em nosso Estado. Capital do Planalto, Metrópole do Vinho e Pérola das Colônias, o último é o que se tornou mais popular. Três municípios emanciparam-se das terras de Caxias: Flores da Cunha, Farroupilha e São Marcos.

Colonização A expansão do capitalismo, no final do século XIX, foi o contexto sobre o qual desenrolou-se a história da imigração européia para o Brasil e, mais especificamente, para o Rio Grande do Sul. Em território brasileiro, especialmente nas lavouras cafeeiras, os imigrantes europeus gradativamente substituíam a mão-de-obra escrava que vinha tornando-se escassa e cara desde a abolição do tráfico com a África em 1850.

Em solo gaúcho, a política imigratória justificava-se pela necessidade de colonização e povoamento. A experiência positiva com a imigração teuta possibilitou o surgimento de novos núcleos coloniais que seriam ocupados por imigrantes italianos. Estes núcleos foram organizados na Encosta Superior do Nordeste, região formada por terras devolutas, delimitadas pelos Campos de Cima da Serra e pela região dos vales, de colonização alemã. A opção por esta área coube ao governo da província que, em 1869, decidiu pela ocupação do território mais tarde denominado Região Colonial Italiana.

A organização dos trabalhos coube a órgãos governamentais responsáveis pela identificação e exploração das terras, medição, demarcação e recepção dos imigrantes nas colônias. Nas sedes das colônias a responsabilidade pelos trabalhos ficava a cargo da Diretoria da Colônia, subordinada à Inspetoria Especial de Terras e Colonização e, no caso do Rio Grande do Sul, sediada em Porto Alegre e esta, por sua vez, subordinada à Inspetoria Geral de Terras e Colonização do Rio de Janeiro.

A estrutura administrativa, prevista pela Lei de Terras de 1850 e legislação posterior, era mantida pelo trabalho de engenheiros, agrimensores, desenhistas, topógrafos, tradutores e escriturários e sustentou a criação na região da Serra Gaúcha, entre 1872 e 1875, de três colônias: Colônia Caxias, Colônia Dona Izabel (Bento Gonçalves) e Colônia Conde D'Eu (Garibaldi). A área compreendida por cada uma das colônias continha quatro léguas quadradas ou 174.200.000 metros, dividindo-se em lotes rústicos e lotes urbanos.

Estes lotes situavam-se dentro das denominadas Linhas ou Travessões conhecidas como caminhos traçados no meio da mata, com seis a 13 quilômetros de extensão, que serviam como divisores dos lotes. Os travessões agrupados formavam as léguas. Contudo, nem todas as léguas possuíam o mesmo tamanho e a mesma quantidade de travessões, já que diferenciavam-se em decorrência da topografia dos terrenos.

Dentro dessas linhas e travessões, surgiam os lotes. Os denominados lotes rústicos ou rurais possuíam uma extensão, conforme a legislação, entre 22 e 25 hectares. Na prática, seu tamanho era ainda mais variado, tendo alguns lotes até 80 hectares. Mesmo assim, eram lotes pequenos se comparados àqueles destinados aos imigrantes alemães e às extensas sesmarias do período colonial brasileiro. Valorizava-se, dessa forma, a formação da pequena propriedade rural, cuja principal força de trabalho era a familiar, destinada à produção de bens para subsistência e abastecimento do mercado interno.

A Terra A longa e dura viagem dos imigrantes italianos começava pela travessia do Atlântico, realizada em navios sobrecarregados e em jornadas com duração de quase um mês. No Rio de Janeiro, após a quarentena na Casa dos Imigrantes, os imigrantes, em barcos a vapor, rumavam até Porto Alegre. De Porto Alegre, seguiam até Montenegro, São Sebastião do Caí ou Rio Pardo. A subida em direção à serra gaúcha demorava de dois a três dias, a pé, no lombo de animais ou em carretas. Nas colônias, os imigrantes eram abrigados em barracões, onde, com suas famílias, aguardavam, normalmente por muito tempo, até seu destino final e principal objetivo: a terra, sua terra para plantar.

A conquista do sonho de far la Mérica exigia muito esforço. A mata virgem tinha de ser desbravada, a casa para morar tinha de ser construída e a terra preparada para receber as primeiras sementes. Nessa fase, enquanto esperavam o resultado das primeiras colheitas, o pinhão, a caça e a coleta, a comercialização da madeira e eventualmente, o trabalho assalariado e periódico na abertura de estradas e caminhos ajudaram a afastar a fome.

Era preciso conquistar a terra pelo trabalho. Trabalhar para viver e trabalhar para pagar a terra. Nos depoimentos de imigrantes, o sonho de colheitas abundantes e as facilidades de plantio que a “velha Itália” não podia mais oferecer seria concretizado na Serra Gaúcha, através de muito trabalho. Um trabalho estafante, recompensado por colheitas fartas em uma terra ainda virgem. Plantava-se de tudo: trigo, milho, arroz, feijão, batata, cebola... Desenvolviam-se pomares, criavam-se suínos e gado pasteiro para retirar o leite. A mesa tornou-se menos pobre, a casa mais confortável, mantinha-se, com austeridade, a prole que se tornava numerosa.

Na Mérica, o imigrante italiano venceu o medo da fome, dos baixos salários, do alto aluguel da terra e as tristes lembranças da pátria mãe. Apesar de todas as dificuldades iniciais, a América era, de fato, uma terra farta e generosa.

Industrialização Em 1878, a Colônia Caxias possuía 3.849 habitantes, a maioria deles agricultores. Apesar deste perfil, na sede, agrupavam-se algumas casas comerciais e pequenas fábricas como funilarias, carpintarias, marcenarias, olarias, ourivesarias, ferrarias, moinhos, seleiros, sapatarias e alfaiatarias, responsáveis pela produção de bens de consumo que caracterizavam a auto-suficiência da colônia.

Contudo, nos primórdios da colonização italiana, prósperas foram as casas comerciais, conhecidas como armazéns de secos e molhados, locais onde encontrava-se de tudo: desde tecidos e artigos de perfumaria até ferragens e produtos provenientes da colônia. O crescimento econômico da colônia foi rápido e pode ser medido pelo expressivo número de casas de negócios. Em 1883, existiam na Colônia Caxias 93 estabelecimentos comerciais para uma população de 7.359 habitantes. Um número impressionante se considerarmos que, em 1878, existiam somente três casas deste gênero.

As casas de negócios e os pequenos artesãos, na zonas urbanas e no interior dos travessões, assumiam relativa importância na vida da Colônia, como centros de informações e de trocas. Eram os lugares para onde dirigiam-se os colonos com suas mercadorias e de onde saíam com insumos para sua produção e gêneros para seu consumo. Gradativamente, os produtos da Colônia passaram a ser vistos como possibilidades de negócio.

Existiam imigrantes e descendentes em outros locais do Estado e do país. Portanto, existia mercado para produtos como vinho, graspa, banha, queijos e embutidos. Assim, coube ao comércio a tarefa de colocar a produção colonial em mercados consumidores potenciais. Os mesmos tropeiros e cargueiros, condutores de tropas de animais e de cargas que abasteciam a colônia com gêneros e bens de consumo mais sofisticados do que aqueles assegurados pela produção local, levavam em suas bruacas e canastras o produto do trabalho do colono.

Paralelamente, a policultura de subsistência logo seria superada em área de plantio pela monocultura mercantil. A indústria da transformação dos produtos agrícolas, entre eles, o trigo, a uva, o linho e a seda cresceria significativamente, sendo que grande parte do capital investido nestas atividades seria gerado pelas trocas comerciais.

 

Denominação Os diferentes nomes de um mesmo local

Diferentes foram as denominações de Caxias do Sul, sejam elas oficiais ou aquelas, surgidas informalmente e mantidas pela tradição. A primeira denominação surge nos primórdios da imigração italiana. Em 1875, Caxias aparece nos documentos oficiais como Fundos de Nova Palmira. A denominação devia-se a sua localização, ao sul das localidades de Nova Petrópolis, Picada Feliz e Nova Palmira, antigas colônias alemãs.

Com a concentração inicial dos imigrantes recém chegados à Colônia na área que atualmente corresponde a Nova Milano - distrito do município de Farroupilha - Caxias ficou conhecida como Nova Milano ou Barracão. Esta última denominação devido à existência, no local, de uma edificação destinada ao abrigo provisório dos imigrantes.

Colônia Caxias e Campo dos Bugres

Em 11 de abril de 1877, por determinação da Inspetoria Especial de Terras e Colonização da Província do Rio Grande do Sul, a denominação oficial passava a ser Colônia Caxias. Esta alteração coincidia com a instalação da sede da Colônia, no núcleo correspondente à 5ª légua, composta pelos Travessões Santa Tereza e Solferino, hoje subscrevendo as regiões sul e centro da cidade de Caxias do Sul.

Apesar da denominação oficial, a Colônia Caxias era também conhecida por Campo dos Bugres, remetendo aos antigos habitantes da região: os índios caigangues. A denominação foi utilizada pelo diretor da Colônia de Feliz, Dr. Mabilde, em 1850, e por Antônio Machado de Souza que, em1864, resolveu abrir uma estrada entre os municípios de São João de Montenegro e São Francisco de Paula.

De Sede Dante à Freguesia de Santa Tereza de Caxias

A partir de 1880, quando da divisão da colônia em três diferentes sedes: Caxias , Nova Milano e Nova Trento -, o povoado que abrigava a Diretoria da Colônia e a Comissão de Terras e Colonização passa a denominar-se Sede Dante ou Sede Principal. O nome Dante era também o nome da única praça existente na época: a Praça Dante, atualmente Praça Dante Alighieri. Aliás, a homenagem ao famoso poeta italiano parece ter sido, também naquela época, o motivo que levou à adoção do nome Sede Dante.

Em 12 de abril de 1884, com a anexação da Colônia Caxias ao município de São Sebastião do Caí como seu 5º distrito, seu nome mudava para Freguesia de Santa Tereza de Caxias. A categoria de Freguesia designava a menor divisão administrativa das províncias e cidades portuguesas (e como tal foi adotada também no Brasil Imperial) e, ao mesmo tempo, denunciava que aquela localidade sediava uma paróquia. O que de fato acontecia era que Caxias, naquela época, desligava-se da Paróquia de São João do Hortêncio de Feliz e sediava a sua própria, a Paróquia de Santa Tereza.

A emancipação municipal

Em 20 de junho de 1890, por ato do governo estadual, o então distrito de São Sebastião do Caí foi emancipado, ou seja, tornou-se município e passou a denominar-se Vila de Santa Tereza de Caxias. Naquele mesmo ano, em 06 de novembro, tornou-se Comarca Judicial. Dessa forma, o Termo de Santa Tereza de Caxias ficaria, então, dividido em três distritos: a sede na Vila de Santa Tereza de Caxias, o distrito de Nova Trento e o de Nova Milano.

Em 1895, as linhas do telégrafo cruzavam a Vila de Caxias, retirando-a de seu isolamento. Alguns anos depois, em 1906, era inaugurada a primeira rede telefônica e, em 1910, Santa Tereza de Caxias integrava-se ao número significativo de municípios riograndenses ligados pela viação férrea. Em 1º de junho de 1910, Caxias festivamente inaugurava sua estação ferroviária. Na mesma data, o Decreto nº 1607 elevava a vila à condição de cidade, simplificando seu nome para Caxias.

Em 1913, a iluminação elétrica chegava a Caxias, em suas casas e ruas ,oferecendo à cidade, a energia que movimentava o progresso. Outra modificação na denominação da cidade seria realizada através do Decreto nº 720 de 29 de dezembro de 1944 que, além de fixar nova divisão territorial, acrescentou ao nome da cidade, um elemento indicador de sua posição geográfica. Dessa forma, adota a denominação de Caxias do Sul.

 

Antecedentes Antes da chegada dos imigrantes italianos a região era habitada por índios Caingangues, e daí vem sua denominação antiga de Campo dos Bugres, empregada registradamente até 1864. Por ali também passavam tropeiros em seus deslocamentos entre o sul do estado e o centro do país, e os jesuítas também tentaram fundar algumas reduções, embora sem sucesso.

[editar] Colonização Ver artigos principais: Imigração italiana no Brasil, Imigração italiana no Rio Grande do Sul. Na segunda metade do século XIX, em virtude da guerra de unificação italiana, aquele país europeu se encontrava em grave crise social e econômica, e os agricultores empobrecidos já não conseguiam garantir a subsistência. Nesta época o governo imperial do Brasil decidiu empreender a colonização de áreas desabitadas do sul do país, e resolveu-se incentivar a vinda de imigrantes da Itália, após o bom sucesso da iniciativa semelhante com o elemento germânico.

Assim, ao governo da Província coube definir as terras que seriam ocupadas, e em 1869 a escolha recaiu sobre a Encosta Superior do Nordeste, mais especificamente na área então conhecida como Fundos de Nova Palmira, região formada por terras devolutas, delimitadas pelos Campos de Cima da Serra ao norte e pela região dos vales, ao sul, de colonização alemã.

Em 1875 chegam os primeiros colonos, em sua grande parte oriundos da região do Vêneto, após enfrentarem a árdua travessia do Atlântico, que durava cerca de um mês, em navios superlotados e onde as mortes por doenças e más condições gerais eram comuns. Inicialmente os imigrantes aportavam no Rio de Janeiro, onde permaneciam em quarentena na Casa dos Imigrantes. Dali embarcavam em um vapor até o sul. Chegando em Porto Alegre eram encaminhados ao antigo Porto Guimarães, hoje o município de São Sebastião do Caí, ou para Montenegro e Rio Pardo, e dali subiam a serra a pé, em lombo de burros ou em carretas, atravessando a região ainda praticamente selvagem, até chegarem ao Campo dos Bugres.

Antes de receberem as terras prometidas pelo governo, o que geralmente demorava muito, as famílias eram instaladas em barracões, donde o epíteto Barracão também atribuído à pequena sede colonizadora. O Governo Imperial era responsável pelo transporte dos colonos e pela divisão e distribuição dos lotes com 63 hectares de área para cada família, pela abertura de estradas e concessão de ferramentas e sementes. Como os lotes de 63 hectares eram muito grandes, gradativamente foram reduzidos para 44, 30 e 25 hectares. Estes lotes eram reembolsados ao governo em prazos de 5 e 15 anos. Um ano depois já se encontravam no local cerca de dois mil colonos. Em 11 de abril de 1877, por determinação da Inspetoria Especial de Terras e Colonização da Província do Rio Grande do Sul, a denominação oficial passava a ser Colônia Caxias, em homenagem ao Duque de Caxias.

[editar] Desenvolvimento

Praça Dante Alighieri com a Catedral em 1899. Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami Comemorações de Ano Novo, 1899-1900. Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami Casa de pedra e madeira do fim do século XIX, um exemplar típico da arquitetura italiana da zona rural de Caxias do SulEm 1878 a Colônia Caxias já possuía 3.849 habitantes, a maioria deles agricultores. Apesar deste perfil, na sede concentravam-se algumas casas comerciais, especialmente as de secos e molhados, e pequenas fábricas como funilarias, carpintarias, marcenarias, olarias, ourivesarias, ferrarias, moinhos, selarias, sapatarias e alfaiatarias, que conferiam auto-suficiência à colônia emergente.

A partir de 1880 a colônia foi seccionada em três diferentes sedes: Caxias, Nova Milano e Nova Trento, e o povoado que abrigava a Diretoria da Colônia e a Comissão de Terras e Colonização passou a denominar-se Sede Dante ou Sede Principal. O crescimento econômico da colônia foi rápido e pode ser medido pelo expressivo número de casas de negócios: em 1878 se contavam apenas três estabelecimentos comerciais, mas em 1883 o número saltara para 93, com uma população já de 7.359 habitantes.

Em 12 de abril de 1884 a colônia foi anexada ao Município de São Sebastião do Caí como seu 5º distrito, e seu nome mudou para Freguesia de Santa Tereza de Caxias, definindo-a como unidade administrativa e como possuidora de uma paróquia própria, tendo-se desligado neste ato da paróquia de São João do Hortêncio, de Feliz.

[editar] Emancipação No dia 20 de junho de 1890 o então distrito de São Sebastião do Caí foi emancipado, e passou a denominar-se Vila de Santa Tereza de Caxias, sendo instalada em 24 de agosto e, em 6 de novembro, tornando-se Comarca Judicial. Em 1895 as linhas do telégrafo já cruzavam a vila, retirando-a de seu isolamento, e em 1906 era inaugurada a primeira rede telefônica.

No dia 1 de junho de 1910 Caxias recebeu foros de cidade e neste mesmo dia chegava o primeiro trem, ligando a região à capital do Estado. Em 1913 foi instalada a iluminação elétrica.

[editar] Século XX Vários ciclos econômicos marcaram a evolução do Município ao longo deste século. O primeiro deles foi a agricultura de subsistência, que se concentrou na produção de uva, vinho, trigo e milho, começando uma industrialização em nível doméstico. Todo o excedente era comercializado. Com o correr do tempo a indústria caseira se diversificou, acompanhando o crescimento da população, ampliando o leque de manufaturados até chegar ao vasto parque industrial que possui hoje. Mas foi através da uva e do vinho que Caxias se projetou no estado e no país, tornando-se o berço do turismo do estado quando, em 1931, lançou a maior festa municipal do sul: a Festa da Uva. Em 29 de dezembro de 1944 o nome do município recebeu o elemento indicador geográfico, conformando o apelativo Caxias do Sul que perdura até a atualidade.

Outras etnias, posteriormente aos italianos, também colaboraram, embora em menor grau, para a sua diversificação sócio-cultural e econômica, como os poloneses e alemães, e com o progresso econômico o município passou a atrair migrantes de outros pontos do estado e mesmo do restante do Brasil, tornando-se o principal centro urbano da região, sede da Aglomeração Urbana do Nordeste. Essa população serviu como mão-de-obra para o desenvolvimento da indústria do município, que então se tornou uma das mais dinâmicas do país, mas também foi o detonador do aparecimento de novos desafios para a administração pública, especialmente nas áreas de habitação, educação, segurança, transporte e emprego, meio ambiente e cultura, que caracterizam todas as grandes cidades do Brasil moderno.

Da fragmentação da antiga Colônia Caxias nasceram os atuais municípios Flores da Cunha, Farroupilha e São Marcos. O município é também conhecida como a Pérola das Colônias, e recebeu o título de Capital da Cultura 2008.

Panorâmica de Caxias do Sul vista a partir do morro da Festa da Uva.

[editar] Geografia

[editar] Clima O clima de Caxias do Sul é temperado (Cfb), com verões amenos e invernos relativamente frios, com geadas freqüentes, muitas de forte intensidade, e nevadas ocasionais. Em quase todos os anos a neve se faz presente, embora em quantidades geralmente muito pequenas. Porém, precipitações abundantes de neve, com acumulações consideráveis no solo, já foram vistas em várias ocasiões.

A temperatura média anual do município é de 16,5°C. O mês mais quente é janeiro, com média de 21°C, enquanto o mês mais frio é julho, com média de 12°C. Quanto às precipitações, a média climatológica anual é de 1.915mm, estando o município na área mais chuvosa do estado do Rio Grande do Sul. As precipitações são regularmente distribuídas durante o ano. O mês mais chuvoso é março, com média de 206mm, e o mês menos chuvoso é o de maio, com média de 109mm[5].

Em anos recentes, as nevadas mais significativas em Caxias do Sul, ocorreram em 1990, 1994, 1999, 2000, e 2006. No ano 2000, a temperatura mínima chegou a -4,4°C, sendo uma das mais baixas dos últimos anos. Entretanto, temperaturas ainda mais baixas do que essa foram registradas diversas vezes no passado, sendo que em todos os anos, a cidade, registra nos meses de outono e inverno, numerosas geadas e vários dias com temperaturas mínimas negativas ou próximas de zero, e máximas que, muitas vezes, podem ser menores que 10°C.

[editar] Relevo Localizada na região fisiográfica do Rio Grande do Sul denominada Encosta Superior do Nordeste, Caxias do Sul se caracteriza por um terreno alto e acidentado, recortado por diversos rios e arroios que formam estreitos vales. As altitudes variam de 300 a 600 m nos vales, chegando até a 800 m no limite com o planalto dos Campos de Cima da Serra. A sede do município está assentada no divisor de águas entre as bacias dos rios Caí e Taquari-Antas.

[editar] Vegetação

Mata de araucária no interior de Caxias do SulO município de Caxias do Sul está situado dentro do Bioma da Mata Atlântica, sua vegetação predominante[6], ocorrente nos locais com altitude superior a 500 metros, era a floresta ombrófila mista, conhecida como mata de araucárias, intercalada pela floresta estacional decidual, sem ocorrência de araucárias, nos locais de menor altitude. A leste, devido aos solos de pouca profundidade, predomina a vegetação rasteira, no que se denomina Campos de Cima da Serra. Atualmente, a paisagem encontra-se alterada, devido ao avanço das fronteiras agrícolas, à urbanização e à industrialização, havendo grande redução da presença da araucária (pinheiro brasileiro). Os principais remanescentes de vegetação nativa em Caxias do Sul encontram-se nas escostas dos vales.

[editar] Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande A Lei Complementar Estadual 10.335/94 criou a Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul, uma vez que a área se caracteriza como o embrião de uma futura região metropolitana. A Aglomeração Urbana do Nordeste (ou de Caxias do Sul) é composta pelos municípios de Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Nova Pádua, Santa Tereza e São Marcos. Perfaz uma população aproximada de 715 mil habitantes.

[editar] Meio ambiente A Prefeitura Municipal mantém uma Secretaria do Meio Ambiente, responsável por ações de preservação e manejo dos recursos naturais. Dentre suas atividades se contam programas de licenciamento, fiscalização e educação ambiental. Nestes últimos se incluem os programas Plante uma Árvore, Repovoamento da Araucária, Balneários e Campings e uma série de Conferências do Meio Ambiente. Além disso o poder público organiza promoções como o Calendário Ecológico, a Olimpíada Ambiental, a Semana do Meio Ambiente e outras, para desenvolver a consciência ecológica nos cidadãos, e mantém um Jardim Botânico, além de diversos parques e praças no perímetro urbano[12].

[editar] Divisão Administrativa Ver artigo principal: Distritos e Regiões Administrativas de Caxias do Sul

Mapa dos Distritos de Caxias do SulCaxias do Sul, além de sua sede, possui seis distritos: Criúva, Fazenda Souza, Santa Lúcia da Piaí, Vila Cristina, Vila Seca e Vila Oliva, o 1º Distrito, com comunidades agrupadas perto da sede, e mais as quatro Regiões Administrativas de Ana Rech, Desvio Rizzo, Forqueta e Galópolis.

A Prefeitura Municipal se divide no Gabinete do Prefeito, o Gabinete do Vice-Prefeito, 19 Secretarias, a Coordenação de Comunicação, a Coordenadoria Distrital e 23 Conselhos Municipais.

[editar] Tradições Apesar do crescimento populacional e industrial, o passado da imigração não foi esquecido. Há festividades e passeios tradicionais que apresentam a colonização italiana, o processo de produção do vinho, os parreirais e todos os detalhes de uma história.

[editar] Culinária O galeto al primo canto, prato típico regional, é o frango assado acompanhado de massa com molho de miúdos, polenta frita, saladas de batata com maionese e de radicci com bacon, e a tradicional e única sopa de agnolini. Outros pratos tradicionais do município são o tortéi, trouxinhas de massa recheadas com abóbora temperada com noz-moscada, cozidas na água e servidas com molho de tomate e miúdos; o codeguim (espécie de morcela) e o salame, embutidos feitos respectivamente de sangue e de carne de porco, e o gnocchi, bolinhos pequenos de massa de batata e farinha de trigo cozidos na água e servidos com molho de tomate. Queijos, massas, pães e vinhos de vários tipos ainda são muito consumidos e antigamente, quando a caça ainda era uma prática comum, era muito apreciada a passarinhada, só com aves selvagens pequenas de várias espécies.

[editar] Festa da Uva Ver artigo principal: Festa da Uva Importante também é a Festa da Uva, realizada de dois em dois anos em um parque próprio onde são expostos os produtos da região, desde manufaturas e alimentos até maquinaria pesada e automotores, com desfiles de carros alegóricos pelas ruas do município e diversas outras atrações paralelas em diversos locais. No parque existe uma réplica de uma pequena parte da antiga colônia italiana, com suas rústicas casas de madeira e uma igrejinha, de grande interesse histórico e turístico. A Festa da Uva foi o tema da primeira transmissão em cores da TV brasileira, em reportagem de 19 de fevereiro de 1972.

[editar] Língua Em Caxias do Sul, além do português também ainda se fala, especialmente entre os mais velhos, um dialeto derivado da língua vêneta ou seja, o dialeto vêneto rio-grandense, chamado por muitos de talian. Este dialeto é encontrado no sul do Brasil e na serra espírito-santense (compare-se com o dialeto hunsrückisch do idioma alemão, falado em regiões vizinhas e outras partes do sul do Brasil).

[editar] Infraestrutura O município é uma das mais desenvolvidas do estado do RS e também do Brasil, com um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,857 [7].

[editar] Serviços

Praça Dante Alighieri, no centro do município, vendo-se a Catedral ao fundoA rede de iluminação pública do município é proporcionalmente a melhor do Brasil, com 37 mil pontos; possui várias agências postais; 99,3% da malha urbana tem água encanada e tratada e rede de esgoto; a limpeza urbana é organizada num sistema de coleta seletiva de lixo, com usinas de reciclagem, sendo a única no Brasil a utilizar containers de armazenagem. Com isso Caxias do Sul tem a melhor reciclagem do país, a melhor coleta de lixo e o 2º melhor aterro sanitário perdendo apenas para a cidade de Santos, a cidade pretende ainda nos próximos anos construir um aterro sanitário, com tecnologia ultra moderna, com capacidade para no mínimo 50 anos [8].

A cidade conta com uma grande rede hoteleira composta de 43 estabelecimentos, além de mais de 250 restaurantes e mais de 500 bares/lancherias e similares. Todos os Clubes de Serviço estão representados no município [9].

A frota urbana tem cerca de um veículo para cada três pessoas, assim distribuídos: 1.048 ônibus, 109.050 automóveis, 6.195 caminhões, 11.138 motocicletas, totalizando 127.431 unidades. A imprensa local compreende um jornal diário, três semanários, um quinzenal, cinco mensais e diversas outras publicações segmentadas com periodicidade variada, cinco emissoras de rádio AM e cinco FM, dois canais abertos de TV e três TVs a cabo [10].

A rede bancária tem agências de diversos bancos de porte, o comércio é diversificado e atende a demandas de qualquer natureza, e a telefonia dispõe de todos os recursos mais avançados no setor [11].

[editar] Saúde O município é bem servida de entidades assistenciais. A Saúde Pública é o primeiro orçamento do município, e atende a 39 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), uma unidade do SAMU (duas ambulâncias de remoção e uma UTI móvel), um Centro Especializado de Saúde (CES), um Hemocentro (Hemocs), três Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), uma unidade do Cais Mental e um Residencial Terapêutico [12].

Há oito hospitais: Pompéia, Geral e Paulo Guedes, (conveniados com o SUS), Saúde, Medianeira, Unimed, Fátima e Del Mese, e inúmeros laboratórios, ambulatórios, contando com 1.419 leitos no total. A expectativa de vida é de 74,1 anos e a mortalidade infantil ronda os 12,89 óbitos por mil habitantes [13].

Sede da Faculdade dos Imigrantes, no edifício da antiga Metalúrgica Abramo Eberle [editar] Educação A Educação é o segundo maior orçamento do município, e contam-se 184 escolas, com uma taxa de analfabetismo de apenas 3,6% da população. Existem também duas universidades e diversas faculdades, escolas técnicas e profissionalizantes autônomas, citando-se em primeiro lugar a Universidade de Caxias do Sul (UCS), com aproximadamente 37 mil alunos (a maior do RS em número de alunos), dispondo de modernas instalações em um grande campus, a Faculdade da Serra Gaúcha, a Faculdade de Tecnologia TecBrasil (FTEC), a Universidade Estadual do RS (UERGS), a Faculdade Fátima, ligada ao grupo de saúde homônimo, a Faculdade dos Imigrantes, várias escolas do SENAI, escolas estaduais, escolas particulares e muitas outras instituições de ensino [14].

[editar] Economia A Economia de Caxias do Sul desenvolveu-se a partir da cultura da uva, que para ser transformada em vinho necessitava ser processada na própria região, isso propiciou que as industrias madeireiras e metal-mecanica (que fornecem tecnolocia para esse processamento e armazenamento), se instalassem rapidamente na região. Hoje Caxias do Sul é o segundo Pólo Metal-mecânico do Brasil e está situada em situação privilegiada, no centro do MERCOSUL, distante 120Km da capital do estado. Pode-se dizer que a metrópole serrana tem, num raio de 50 km, um dos parques industriais mais diversificados do mundo, fabricando do talher ao ônibus, da luminária ao caminhão. O município tem um total de 29.032 empresas, com 127.182 empregos formais. Caxias do Sul, entre 2000 e 2004, foi a sexta colocada em geração de empregos no país. Em 2006 foram criados 7.700 novos empregos formais. Já entre maio de 2007 e abril de 2008, esse crescimento foi de 9,64%, que corresponde um valor nominal de 12.828 novas vagas [15].

Onibus Paradiso GVI 1800 Double-Decker produzido pela Marcopolo, uma das maiores empresas caxiensesA Administração Pública também investe pesadamente em uma multipliciade de programas de fomento econômico, dentre eles os Programas de Economia Solidária, os Arranjos Produtivos Locais (APLs), as Associações de Recicladores, o Pólo da Informática, o Pólo da Moda, o Pólo Metal-mecânico, a Certificadora de Gás Natural, a Associação de Garantia de Crédito da Serra Gaúcha (AGC), a Instituição Comunitária de Crédito (ICC – Banco do Povo) e um sem número de Projetos, Convênios, Programas e Termos de Parceria com as mais variadas entidades públicas e privadas. O PIB per capita em 2005 foi de R$ 20.838,00, e o PIB total do município neste ano alcançou os R$ 8.422.381.000,0,[4], estando então incluida na lista das cinquenta cidades com maior PIB do Brasil.

Apesar de o setor agropecuário contar com apenas 7,5% da população economicamente ativa, a prefeitura mantém programas para incentivo à produção rural e à fixação do trabalhador no campo, e o município pode se orgulhar de ser o maior centro de produção de horti-fruti-granjeiros e o maior PIB agrícola do estado [16].

No final do 1º semetre de 2008, a CIC [13] (Câmara de Indústria, Comércio e Serviços) de Caxias do Sul, divulgou números do desempenho da economia. Esses mostram o crescimento econômico gerado pelo aquecimento do mercado interno.

Ano Desempenho 2004 14,7 2005 0,8 2006 4,5 2007 10,9 2008 11,7 (janeiro a abril)

[editar] Segurança pública Em termos de proteção contra incêndios, conta o município com quatro postos de Bombeiros, com efetivo de 93 homens e 5 mulheres.

Há uma Delegacia Regional de Polícia, 03 Delegacias Distritais, 01 Delegacia para a Mulher, 01 Delegacia para a Criança e o Adolescente, 01 Delegacia de Trânsito, 01 Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas e 02 Delegacias de Pronto Atendimento, totalizando 10 Delegacias com aproximadamente 141 policiais.

Há, também, uma bem equipada e eficiente Guarda Municipal, com aproximadamente 180 membros. A Regional da Delegacia de Polícia Federal, que atende 54 municípios da região, conta com efetivo de 35 funcionários.

Paisagem típica do roteiro turístico Caminhos da Colônia, com um parreiral ainda cultivado na forma tradicionalA Polícia Rodoviária Federal está presente através de sua 5ª Delegacia, com efetivo de 41 patrulheiros, e as Forças Armadas são representadas pelo 3º Grupo de Artilharia Antiaérea, com efetivo de 350 militares [17].

[editar] Turismo, esporte e lazer O turismo em Caxias do Sul, à parte a tradicional Festa da Uva, que atrai milhares de visitantes, foi relativamente pouco explorado, mas nos últimos tempos está ocorrendo um crescimento na atenção a este setor, explorando as belezas naturais da região, a culinária típica local e principalmente os lugares e edificações ligados à história da colonização, como os roteiros Caminhos da Colônia, Estrada do Imigrante e Ana Rech, onde o visitante conhece a história enquanto tem a oportunidade de saborear quitutes tradicionais e apreciar paisagens características.

No esporte destacam-se os dois clubes de futebol profissional, que dividem a preferência dos torcedores e levam o nome de Caxias do Sul pelo Brasil e até pelo exterior: a Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul, sediada no Estádio Francisco Stédile, e o Esporte Clube Juventude, com seu Estádio Alfredo Jaconi. Infelizmente essas equipes não contam com muito apoio dos caxienses, que preferem torcer pela dupla Gre-Nal. Na última pesquisa realizada em 2008 na cidade, foi constatado que 89% dos caxienses torcem pela dupla, apenas 5% torcem por Caxias ou Juventude. 6% não torcem para nenhum time. O lazer também é bem servido, com diversos cinemas, parques, clubes e associações para convívio social, museus e centros culturais.

[editar] Transporte público Caxias do Sul possui uma extensa rede de linhas urbanas de ônibus, operadas pela Viação Santa Tereza (VISATE) com 300 veículos. O preço atual da tarifa é de R$ 2,20 e conta com bilhetagem eletrônica, onde o usuário pode tomar duas conduções pagando apenas uma passagem.

A cidade também possui linhas interurbanas gerenciadas pelo METROPLAN, órgão do governo gaúcho. Estas linhas são operadas pela Danytur (para Flores da Cunha e Farroupilha), Ozelame (para Farroupilha, Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa), Di Trento (para Flores da Cunha, Nova Pádua e Otávio Rocha) e São Marcos (para São Marcos)

A Estação Rodoviária localiza-se no centro da cidade e recebe linhas que interligam Caxias do Sul a Porto Alegre, às principais cidades gaúchas, Curitiba, Blumenau, Florianópolis, São Paulo e outras cidades do Brasil.

[editar] Arte e Cultura

Pietro Stangherlin: Santa Teresa. Catedral de Caxias do Sul Santa Ceia, de Aldo Locatelli, interior da Igreja de São PelegrinoMais preocupados em conquistar um melhor nível de vida, após um início de urbanização cheio de sacrifícios e privações materiais, e em manter uma coesão social, baseada na sua etnia, que fortalecesse seu senso de identidade e valor próprio, os descendentes dos italianos conseguiram construir na inóspita serra gaúcha um município notavelmente próspero materialmente, mas até há pouco tempo não eram, com raras exceções, especialmente interessados pela cultura, salvo em seus aspectos mais folclóricos, ligados à sua ancestralidade e à família, preservando de seus antepassados entre outras coisas a língua, músicas tradicionais e hábitos culinários e religiosos, mas com escassa produção cultural nova.

Altar-mor esculpido por Francisco Meneguzzo no interior da CatedralMesmo com tais limitações, registrou-se algum florescimento artístico em especial na arte sacra, com uns poucos santeiros, decoradores e artífices dignos de nota (como a família Zambelli, Francisco Meneguzzo e Pietro Stangherlin), e uma produção poética e literária elementar, mas praticamente nada de música erudita, dança e outras expressões artísticas. Uma menção especial deve ser feita aos fotógrafos Julio Calegari, Giacomo Geremia e Ulysses Geremia, que produziram magnífica obra no campo da retratística de estúdio, por vezes adicionando cores manualmente a aquarela ou óleo sobre as imagens em preto e branco, e uma vasta documentação da evolução da paisagem urbana e dos principais acontecimentos desde o início até meados do século XX. Ulysses Geremia teria um carreira longa, falecendo em 2001 e fotografando até o final da vida.

Momento extraordinário na vida artística de Caxias foi a decoração da Igreja de São Pelegrino pelo insigne pintor ítalo-brasileiro Aldo Locatelli, ocorrida na metade do século XX, formando um conjunto de características monumentais e que representa um dos pontos altos de sua carreira e da pintura mural em todo o país, sendo parada obrigatória para todo interessado em arte.

Na arquitetura encontramos no início do século XX belos exemplares de templos e edifícios religiosos, como a Catedral e a Casa Canônica, de residências aristocráticas para a elite local, como o Palacete Eberle, e de prédios públicos ou semi-públicos como o Clube Juvenil e o antigo Cine Central. Grande parte das edificações antigas desapareceu ao longo do século passado numa duradoura onda de modernizações e demolições irrefletidas, perdendo a cidade as casas de pedra dos imigrantes, suas cantinas e moinhos tradicionais e as típicas residências de madeira, muitas com lambrequins e outras ornamentações na fachada. O mesmo ocorreu com prédios tão únicos quanto inestimáveis como o Cine Teatro Ópera, uma casa de espetáculos com platéia e galerias totalmente construídas em madeira, notável por sua beleza e excelente acústica, que "casualmente" foi consumido por um incêndio quando se estava em pleno debate acerca de seu tombamento. Até 1981 o município só tinha um único prédio tombado, a Livraria Saldanha, sendo que a entrada seguinte na lista municipal de bens imóveis protegidos só se deu em 2001.

Tarquinio Zambelli: Nossa Senhora da Misericórdia, 1885. Museu Municipal Pietro Stangherlin: São Marcos, 1890. Museu Municipal Julio Calegari: Foto nupcial, 1921 Michelangelo Zambelli: Santa Teresa de Lisieux, início do século XX. Museu Municipal

Afortunadamente essa situação vem mudando, e hoje Caxias do Sul pode se orgulhar por dar oficialmente um apoio bastante substancial à cultura em seus vários aspectos, e por mostrar, em seus cidadãos, um interesse mais profundo por ela. A Prefeitura Municipal mantém diretamente ou apóia de várias formas uma ampla gama de programas, grupos e instituições culturais, dentre eles:

Museu Municipal Casa de Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima, que inclui o Teatro Municipal, a Biblioteca Pública e a Galeria Municipal de Arte Centro Cultural Henrique Ordovás Filho Orquestra de Sopros Coral Municipal de Caxias do Sul Companhia Municipal de Dança Unidade de Teatro Departamento de Arte e Cultura Popular Departamento de Memória e Patrimônio Cultural, já com dezenas de prédios e sítios tombados Além destes existem diversos outros centros comunitários, programas especiais e instituições que fazem parte do sistema oficial da cultura caxiense. A Prefeitura também participa com uma Lei de Incentivo à Cultura, o Fundoprocultura, e concede anualmente diversos prêmios e troféus em várias áreas culturais.

Exposição de arte na Casa de CulturaMas não é apenas de patrocínio oficial que a cultura caxiense vive hoje em dia. Atua no município grande número de artistas plásticos, poetas, escritores, músicos e atores, e diversas outras entidades, instituições e empresas privadas contribuem sensivelmente para o fomento à área cultural no município, e dentre estes são presenças marcantes o Núcleo de Artes Visuais de Caxias do Sul (NAVI), que agrega muitos artistas plásticos e oferece cursos práticos e teóricos de arte, e a Universidade de Caxias do Sul (UCS), que além do seu curso regular de artes mantém ainda uma Orquestra Sinfônica, museus, uma editora, uma galeria de exposições e uma multiplicidade de atividades de extensão voltadas para a comunidade.

Também a literatura em Caxias do Sul vem ganhando reconhecimento, possuindo uma Academia de Letras e alguns autores, críticos e articulistas nascidos ou atuantes em Caxias, que já conquistaram projeção nacional, como José Clemente Pozenato, autor de O Quatrilho, que ganhou até mesmo uma versão cinematográfica dirigida por Bruno Barreto e foi indicada ao Oscar de Filme Estrangeiro.

A música caxiense se destaca por sua pluralidade de ritmos, contando com diversas bandas que vão desde o Rock ao Samba, além da Orquestra Municipal de Sopros, Orquestra Sinfonica da UCS e das Bandas Marciais tais como a Banda Marcial da Escola Santa Catarina e a Banda Marcial Cristóvão de Mendoza.

[editar] Patrimônio Histórico Espelhando o crescente interesse da população pela cultura e pela preservação dos testemunhos materiais de sua história, a Prefeitura de Caxias do Sul já conta com um Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural e um bem organizado e atuante Departamento de Memória e Patrimônio Cultural, administrado pela Secretaria de Cultura [14]. Diversas instituições a ela subordinadas se dedicam a resgatar, estudar, sistematizar, preservar e divulgar relíquias do passado sob várias formas. Dentre elas se destacam:

A Casa de Pedra Capela do Santo SepulcroO Museu Municipal de Caxias do Sul, voltado para a preservação dos registros materiais do processo imigratório e civilizatório na região. Instalado na antiga residência Otolini, possui um grande acervo de utensílios dos antigos agricultores, outros ligados a ofícios urbanos variados, uma bela seção de arte sacra e uma multiplicidade de outras peças. O Museu é bem estruturado e oferece uma série de atividades voltadas para a comunidade. O Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, criado em 1976, estando hoje instalado no prédio do antigo Hospital Carbone. Estuda e conserva documentação escrita e visual variada, de origem pública e privada. O Memorial Atelier Zambelli, que preserva e expõe os remanescentes do estúdio de escultura da importante família de santeiros e decoradores, que atuou não só no município mas em toda a região de colonização italiana. O Museu Ambiência Casa de Pedra, instalado em uma antiga casa dos imigrantes, integralmente construída com pedras rústicas assentadas e rejuntadas com barro, com aberturas em pinho falquejado e janelas afixadas em tijolos artesanais, que resistiu ao tempo e à urbanização acelerada. Foi erguida no fim do século XIX por Giuseppe Lucchesi, e aberta ao público como museu em 1974, mantendo em seu interior o mobiliário que reconstitui o modo vida doméstico do final do século XIX. O Museu da Uva e do Vinho Primo Slomp. Enfocando uma das atividades produtivas mais características do município, o Museu foi criado em 2002 no prédio histórico da Cooperativa Vitivinícola Forqueta, com um variado acervo de objetos utilizados na produção da uva e no fabrico do vinho, incluindo objetos empregados em atividades correlatas como a tanoaria e a cestaria. O Museu dos Ex-Combatentes da II Guerra Mundial, dedicado à preservação da memória e de objetos relativos à atuação do corpo de voluntários caxienses que lutou naquele conflito. Seu acervo conta com cerca de mil itens entre fotografias, documentos, objetos de uso pessoal, armas, uniformes e equipamentos doados pelos ex-combatentes. Também integra o Museu um espaço de convivência para ex-pracinhas. O Monumento Nacional ao Imigrante, construído entre 1950 e 1954 e instalado na entrada de Caxias do Sul, na rodovia BR-116. Inicialmente concebido para comemorar a imigração italiana, tornou-se, pela Lei nº.1801 de 2 de janeiro de 1953, uma homenagem a todas etnias que contribuíram para a formação do Brasil. Inclui um enorme grupo escultórico representando um casal com uma criança, erguido defronte a um obelisco com baixos-relevos, e sobre uma cripta onde funciona o Espaço Cultural Antonio Caringi, assim denominado em homenagem ao autor da escultura, realizando exposições temáticas. Paralelamente a estas instituições, a Secretaria de Cultura mantém um importante programa de preservação do Patrimônio Histórico dividido nas seguintes seções:

Patrimônio Histórico Rural, realizando um inventário de bens de interesse histórico-cultural participantes do processo de civilização baseado na propriedade rural, um levantamento da arquitetura de cunho religioso, a identificação da arquitetura civil de relevância e de elementos da cultura material e imaterial. Patrimônio Edificado Urbano, dedicado a elencar os exemplares de arquitetura urbana merecedores de preservação. Atua desde 2003 e tem cerca de uma centena de itens arrolados, já tombados ou em processo de tombamento, dentre eles a Livraria Saldanha, a Metalúrgica Abramo Eberle, o Palacete Eberle, a Casa Scotti, o Banco Mercantil, o Hospital Carbone, a Casa de Pedra, a Capela São Roque e a Capela do Santo Sepulcro. Projetos de Restauração, concretizando ações de preservação e recuperação de bens listados nas duas seções anteriores, de forma autônoma ou em parceria com empresas e particulares. Dentre suas recentes intervenções constam os sítios da Capela São Roque no distrito de Fazenda Souza, de uma rara edificação em enxaimel na Vila Cristina, e da Capela Nossa Senhora do Rosário, localizada no Loteamento Rosário. Sede Social do Clube Juvenil Casa Canônica Arquivo Histórico Antigo Cinema Central

[editar] Caxienses ilustres Adenor Leonardo Bacchi (Tite) Britto Júnior Carlos Henrique Iotti Celso Roth Eliseu Paglioli Euclides Triches Fabrício Carpinejar Germano Rigotto Guilherme Piva Ítala Nandi Mário Andreazza Nei Lisboa Nelson Luiz Barro Olinda Alessandrini Paulo Paim Pedro Simon Thaisa Storchi Bergmann