O Município de Torres possui este nome
devido à existência de três grandes
rochedos de origem vulcânica, formados
por rochas basálticas, do período
Jurássico/Cretácio (Era dos
Dinossauros), com aproximadamente 140
milhões de anos, que afloram à
beira-mar, um aspecto único do Litoral
Brasileiro. São as seguintes as torres:
Torre do Norte (Morro do Farol); Torre
do Centro (Morro das Furnas) e Torre do
Sul (onde está a Praia da Guarita).
Torres é um dos núcleos mais antigos do
Estado. Era utilizado pelos índios
carijós de Santa Catarina e Arachanes,
do Rio Grande do Sul, que em seu
comércio de trocas usavam uma picada,
costeando os banhados dos sopés internos
das Torres, começando na Praia Grande e
indo até a de Itapeva. Os índios
Carijós, de Santa Catarina, e Arachanes
do Rio Grande do Sul, que viviam da caça
e da pesca e se dedicavam a uma
agricultura rudimentar. Em seu comércio
de trocas usavam uma picada, costeando
os banhados dos sopés internos,
começando na Praia Grande e indo até a
Itapeva. Em 1500, estas trilhas, abertas
em meio a matagais começaram a ser
usadas também por paulistas, compradores
de índios, que os levavam a São Paulo
como escravos. Entre os anos de 1600 a
1640, estima-se que viviam, no Sul do
Brasil, cerca de quinhentos mil índios,
que aos poucos foram desaparecendo por
causa da escravidão, lutas tribais e
doenças introduzidas pelo contato com o
branco. Estes caminhos transformaram-se
no principal elo de ligação entre o
resto do Brasil e os núcleos avançados
do povoamento português, na Colônia do
Sacramento (1679) e no Presídio de Rio
Grande (1737). Assim, Torres assumiu a
importante função de controlar a
estratégica passagem, na qual foi
instalado um posto fiscal que logo se
transformou em Guarita Militar da
Itapeva e Torres (entre 1774 e 1776).
Colonos e açorianos, vindos do Desterro
(atual Florianópolis) e de Laguna,
começaram a instalar-se na região.