A cidade foi colonizada por açorianos e ainda hoje conserva
as características de uma típica vila de pescadores. Foi
fundada em 3 de dezembro de 1856. Possui 18 mil habitantes.
Mas, na alta temporada a população flutuante do perímetro
urbano chega a ultrapassar 100 mil pessoas. De um imenso
esplendor, as nove praias de Barra Velha possuem 20km de um
visual fascinante. Além de uma linda lagoa de água doce
própria para a prática de esportes náuticos.
A origem do nome Barra Velha está ligada à mudança da
saída do rio Itapocu no oceano Atlântico. De acordo com os
historiadores, tudo começou em 1504, quando o navegador
Binot de Godville observou que havia uma barra que recebia
águas de dois rios que desembocavam junto às pedras de um
costão. Assim se formou uma barra de boa profundidade. Com o
tempo a ação dos ventos na areia foi assoreando até fechar
completamente. Isto causou uma inundação na região que
provocou a abertura de uma nova barra, atualmente chamada de
Boca da Barra. E foi assim que a região passou a ser
conhecida como Barra Velha.
A ocupação da região ocorreu a milhares de anos
com a presença de grupos coletores, caçadores e seminômades.
Mas uma vez o rio Itapocu teve grande influência a região
facilitando, como caminho natural, uma ligação com o
interior. Como testemunha ficaram as inscrições rupestres
dos povos pré-colombianos, a oficina lítica, e o sambaqui. A
ocupação efetiva pelo homem branco se deu nos fins do século
XVIII, início do século XIX, quando foi concedida sesmaria
na região. Em 1806 foram concedidas as primeiras sesmarias
de 150 braças de frente no Itapocu. Alguns destes moradores
tiveram a missão de fundar um estabelecimento para derreter
o óleo da baleia. Em função disto sua colonização foi
intensificada. Na época, o óleo desse mamífero era
largamente utilizado como combustível na iluminação publica
da Capital do Império (Rio de Janeiro), tal fato contribui
para seu desenvolvimento. Uns dos principais personagens
desta História foi o navegador, Joaquim Alves da Silva, um
Português que se destacou pelo grande volume de óleo que
enviava ao Rio de Janeiro. Sendo assim, recebeu como prêmio
de Dom Pedro I, as terras onde se localiza hoje a cidade.
Barra Velha apresenta traços culturais de origem
luso-açoriana e portuguesa continental como a Festa do
Espírito Santo, farra do boi, o boi-de-mamão, o terno de
reis, a cantoria do Divino. Na Praia das Canoas podemos
observar canoas de borda alta e proas salientes,
secularmente utilizadas pela comunidade de Barra Velha. Elas
são parecidas com os barcos dos rios de Aveiro, norte de
Portugal.
O principal evento cultural do município é a Festa
Nacional do Pirão criada em 1997, que se solidificou como um
grande evento turístico-cultural. Este ano serão 10 dias de
festa, que acontecerá entre 2 e 11 de setembro. Em outubro
acontecerá o 12º AÇOR. A cidade foi escolhida entre 45
municípios para sediar o evento, típico da cultura açoriana,
criada pelo NEA - Núcleo de Estudo da Cultura Açoriana da
Universidade Federal de Santa Catarina.
Em 2001, o Prefeito Valter Marino Zimmermann,
preocupado com o desenvolvimento sustentável do município,
criou a FUNDEMA (Fundação do Meio Ambiente do Município),
para que assim a cidade possa desenvolver um bom trabalho na
preservação ambiental. Em 2005, Barra Velha recebe o “Prêmio
Perfil Ambientalista” como reconhecimento pelo trabalho
desenvolvido. Atualmente, o Município é considerado um dos
mais belos Balneários do Sul do País, já tendo recebido da
Embratur o título de “MUNICÍPIO TURÍSTICO”. |