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Dados: |
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Fundação: 1948 |
Habitantes: 3.180 |
Altitude: 685 m |
CEP: 12250-000 |
DDD: |
Foto: Prefeitura
Monteiro Lobato é uma cidade bem próxima a Campos do Jordão,
cravada nas matas de altitude da Serra da Mantiqueira. |
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Monteiro Lobato surgiu como núcleo espontâneo de povoamento,
um bairro rural de Taubaté, durante a fase áurea da
cafeicultura no Vale do Paraíba. Inicialmente, foi chamado
de bairro de Buquira ao redor da capela de Nossa Senhora do
Bonsucesso. Foi considerada freguesia, em 25 de abril de
1857, e incorporada ao município de Taubaté com a
denominação de Nossa Senhora do Bonsucesso de Buquira. Foi
elevada à categoria de vila em 26 de Abril de 1880, como
Buquira, em terras doadas por Francisco Monteiro, Barão e
depois Visconde de Tremembé. Em 19 dezembro 1900 ascendeu à
categoria de cidade. Em 21 de maio de 1934 desceu na
hierarquia urbana e, como distrito de paz, Buquira foi
incorporada a São José dos Campos. Por força de uma lei de
24 de dezembro de 1948, em 1950, com atual denominação,
restabeleceu-se no município. Antes de se chamar Monteiro
Lobato , foram cinco nomes anteriores do município:
Freguesia das Estacas, citada na ata da primeira sessão de
Câmara dos Vereadores de Taubaté, em 8 de outubro de 1857,
Vila das Palmeiras do Buquira; Vila do Buquira; e, município
de Buquira. Buquira é de etimologia tupi guarani. Para
Plínio Ayrosa, Buquira vem de mboquira, significando broto,
ponta, enfeite, o que é macio. Teodoro Sampaio afirma que a
palavra é curruptela de ybiquir ou ubuquir, terra banhada ou
regada, onde chove. Noel Carlos dos Santos afirma que o
significado de Buquira seria "Ribeirão do Pássaros". Na
região de Buquira eram formadas aldeias dos índios
Guaianazes. Mais tarde, foi local de parada de algumas
bandeiras que demandavam os sertões de Minas Gerais, como a
de Amador Bueno da Veiga. A denominação atual de Monteiro
Lobato para o município, a partir de 1950, foi uma homenagem
ao escritor José Bento Monteiro Lobato, neto do Visconde de
Tremembé . Na fazenda Buquira, depois denominada de fazenda
do Visconde e Sítio do Pica-Pau Amarelo, Monteiro Lobato ,
viveu parte de sua vida e iniciou sua carreira literária,
com os "Contos dos Urupês". |
LOCALIZAÇÃO
ACESSOS E DISTÂNCIAS
RODOVIÁRIAS |
São Paulo |
132
km |
São José
dos Campos |
35
km |
Campos do
Jordão |
47
km |
Taubaté |
57
km |
O acesso se dá pelas rodovias:
SP-050 e (municipal S.L.C. 150
- Est. Ver. Pedro David)
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Monteiro Lobato tem sua área
urbana centrada nas coordenadas geográficas de latitude 22º57’30’’ oeste.
Dista 130 Km da capital paulista. O principal acesso à localidade é pela
SP-50, à partir de São José dos Campos, cidade localizada à 32 Km ao sul
deste município, onde há integração com o eixo Rio-São Paulo, através da
Rodovia Presidente Dutra e com o litoral norte do Estado, via SP-90, Rodovia
dos Tamoios. Em direção norte e depois nordeste, a SP-50, que é asfaltada e
de mão dupla, liga a cidade a Campos do Jordão (SP), distante 57 Km. Em
direção ao sul de Minas Gerais, se alcança primeiramente Sapucaí Mirim (MG),
São Bento do Sapucaí (SP), Paraisópolis (MG) e, mais a frente, Pouso Alegre
(MG). Duas estradas secundárias ligam Monteiro Lobato ao distrito de São
Francisco Xavier (São José dos Campos) e a Caçapava.
O território de Monteiro Lobato faz limite ao norte com Sapucaí-Mirim (MG) e
Santo Antônio do Pinhal (SP); ao sul, com São José dos Campos e Caçapava; a
oeste com São Francisco Xavier; a leste com Taubaté e Tremembé. Ocupa uma
área de 327 quilômetros quadrados, dos quais 2 no perímetro urbano. A sede
municipal fica na altitude de 610 metros. Mas, o território abriga elevações
em cotas altimétricas até 1200 metros.
A zona urbana é composta por duas praças, dez ruas e cinco travessas. A zona
suburbana é composta por dezoito bairros: Damião, Descoberto, Ferreira,
Forros, Matinada, Pedra Branca, Ponte Nova, Rio do Braço, Rio Manso, Santa
Maria, Santa Rita dos Souzas, São Benedito, Serrinha, Teixeiras, Trabiju,
Turvo, Vargem Alegre e Visconde. A zona rural está dividida em 216
estabelecimentos, conforme censo agropecuário em 1985.
Foto: Prefeitura
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UTILIDADE PÚBLICA
informações úteis para você |
Órgãos
Governamentais
Prefeitura Municipal (12) 3979-9000
Câmara Municipal (12) 3979-1145
Centro de Saúde (12) 3979-1143
Posto de Saúde (Bairro dos Souzas) (12) 3979-4155
Polícia Civil (12) 3979-1166
Policia Militar (12) 3979-1274
Hidrografia
O município de Monteiro Lobato é banhado, entre outros, pelos rios
Buquira, Ferrão, Braço e Descoberto; pelo córrego do Machado; e,
pelos ribeirões Souzas e Matinada. As formas do relevo definem os
padrões de drenagem e o clima determina o comportamento dos cursos
d’água. A drenagem é de alta densidade e se estabelece com os tipos
paralelo-pinolado, treliça e subdendrítica. A declividade dos rios
tem um índice aproximado de 0,000186 e está em concordância com o
regime pluviométrico, ou seja, altas águas no verão e bayxa no
inverno. O principal rio, o Buquira, tem uma vazão média anual de
9,49 mm3; mensal máxima de 17,5 e mínima de 5,31 mm3.
Clima
O clima da região onde está inserida Monteiro Lobato é tropical,
com comportamento térmico do tipo mesotérmico brando, que engloba as
superfícies mais altas do sul de Minas Gerais, da serra do
Espinhaço, da Serra do Mar e da Mantiqueira. É um clima com
predomínio de temperatura amenas durante todo o ano (a média anual
varia em torno de 18 a 19 ºC), em função, principalmente, da
orografia. É o clima dominante das cotas de 700 m na escarpa da
Mantiqueira. Na consulta à referência dessa classificação há que se
cuidar, entretanto da incongruência entre as coordenadas do
georreferenciamento de Monteiro Lobato e a grade das latitudes, ao
que parece, impressas incorretamente, resultando num equivocado
posicionamento da área de estudo onde seria São José dos Campos,
portanto, com um clima diferente.
O clima de Monteiro Lobato mesotérmico de inverno seco e verão
ameno, na qual a temperatura de todos os meses apresenta valores
entre 10 e 22 ºC. Ele predomina nas áreas mais elevadas no longo do
Vale do Rio Paraíba do Sul.
Em quase todas as áreas, o verão é brando e seu mês mais quente
acusa média inferior a 22 ºC. Em junho e julho, meses mais frios,
são comuns mínimas diárias próximas de 0 ºC, motivando uma média das
mínimas nesses meses em torno de 6 a 8 ºC. O fenômeno das geadas
também é comum. Na região de Monteiro Lobato, portanto, as
temperaturas médias são maiores que as de Campos do Jordão, onde
ocorre o clima mesotérmico médio, em função das altitudes mais
elevadas.
No município de Monteiro Lobato os verões são chuvosos, tendo em
vista que praticamente a cada semana corresponde a uma entrada de
frente fria, e invernos secos, evidenciando o seu caráter tropical,
a temperatura média anual é de 20 ºC. A temperatura máxima absoluta
é de 34 ºC e a mínima absoluta de -4 ºC. As geadas ocorrem em pelo
menos 20 dias do ano. A média das temperaturas mínimas é de 10 ºC. A
média das temperaturas máximas é de 27,5 ºC. A combinação dos
efeitos da continentalidade e da orografia faz com que a região de
Monteiro Lobato seja mais chuvosa que o Vale do Paraíba, porém menos
chuvosa que a Serra do Mar. A topografia local, caracterizada como
escarpa do Escudo Atlântico, favorece as precipitações, tendo em
vista que atua no aumento da turbulência do ar e na ascendência
orográfica, principalmente durante as passagens de corrente de ar
perturbadas, como as frentes polares. A área também fica, na maior
parte do ano, sob o domínio da massa tropical atlântica.
Flora e Fauna
A vegetação do município de Monteiro Lobato é abundante e
rasteira. O clima local condiciona a presença da floresta
subtropical perenifólia, com araucária, bem como a ocorrência de
campos, "esses aspectos restringem a utilização agrícolas dos solos,
sendo recomendado o incentivo à preservação ou plantio de
florestas".
O município contava, em 1880 com uma cobertura vegetal distribuída
na seguinte proporção: reflorestamento 3%; pastagens melhoradas, 7%;
pastagens ou campo antrópico, 48%; mata e capoeira, 33%; vegetação
residual, 9%. A classe denominada de reflorestamento refere-se aos
gêneros pinus e eucalipto.
As pastagens melhoradas significam pasto plantado limpo, manejado. A
categoria pastagem ou campo antrópico abrange áreas de campo
antrópico natural, utilizada ou não para atividade pecuária; são
áreas ocupadas por gramíneas, que contém vegetação de porte
herbáceo, arbustivo e até mesmo arbóreo esparso. A classe mata e
capoeira corresponde a área de vegetação natural, com primitiva,
capoeira densa e capoeira rala. A última categoria, a de vegetação
residual ou em regeneração refere-se às áreas ocupadas por vegetação
arbustiva densa, que corresponde a um tipo de pasto sujo que não
oferece condições favoráveis para o pastoreio.
A fauna é representada por espécies como pica-pau do bico amarelo,
azulão, pintassilgo, sabiá do campo, gralha, melro,
canário-da-terra, andorinha, rolinha, sabiá-laranjeira, pacas,
veados, capivaras, jaguatirica, tatu, onça, entre outros. |
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