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destino turístico: PETAR Parque estadual

 

PARQUE ESTADUAL TURÍSTICO DO VALE DO RIBEIRA

ESTADO(s):

SP

 

CRIAÇÃO:

19/05/1958

 

ÁREA:

36.000 ha

 

PERÍMETRO:

117,250 km

 

 

O PETAR é um dos Parques mais antigos do Estado de São Paulo, criado através do Decreto nº 32.283 de 19/05/1958. O PETAR conta com uma área de 35.712há, visando resguardar e proteger o rico patrimônio natural da região do Alto Ribeira, representado pela importante biodiversidade dos remanescentes de Mata Atlântica, pelos sítios paleontológicos, arqueológicos, históricos e por abrigar uma das províncias espeleológicas mais importantes do Brasil com mais de 250 cavernas cadastradas.

 

Localização / Como Chegar:

PETAR situa-se na região do Alto Ribeira, Bacia Hidrográfica do Vale do Ribeira, sudoeste do Estado de São Paulo, há cerca de 320 KM da Capital, nos municípios de Iporanga (75%) e Apiaí (25%), podendo ser acessado pelas rodovias Castelo Branco ou Régis Bittencourt.

 

Atrações ao Visitar:

O PETAR abriga uma das maiores concentrações de cavernas do Brasil, com mais de 300 já cadastradas em sua área. A ação da água nas rochas meta-calcárias, num período de milhares de anos, propicia a formação de cavernas de diferentes tipos e dimensões, com piso, paredes e tetos ornamentados por inúmeros espeleotemas (estalactites, estalagmites, colunas, cortinas, etc.). Entretanto suas atrações são inúmeras, e vão além das cavernas. Podemos citar, cachoeiras, cachoeiras dentro de cavernas, trilhas na Mata Atlântica, rios de águas transparentes, boia-cross, rapel, etc.

As atrações podem ser acessadas partindo-se de um de seus quatro núcleos. Santana, Ouro Grosso, Casa de Pedra e Caboclos. O Núcleo Santana é o que possui melhor infra-estrutura para o turismo, sua proximidade com o Núcleo Ouro Grosso faz do conjunto o principal pólo turístico da região. Grande parte dos turistas ficam hospedados no Bairro da Serra (Iporanga) e deslocam-se para conhecer as principais atrações.

 

CAVERNAS:

Confira as canernas do PETAR no menu a esquerda.
 

Generalidades:

FAUNA

A contiguidade de outras Unidades de Conservação vizinhas, como o Parque Estadual Intervales – PEI, Parque Estadual Carlos Botelho – PECB e Estação Ecológica de Xitué – EEX, aliado à existência de uma área de entorno ainda conservada, assegura à região um contínuo de mata íntegra (>200.000 ha) que permite a existência de espécies faunísticas de amplo território, como a onça-pintada (Panthera onca), o mono-carvoeiro ou muriqui (Brachyteles arachnoides) e gavião-real ou harpia (Harpia harpya). Cerca de 30 outras espécies de vertebrados encontram-se na lista de ameaçados de extinção, como a rara ave marialeque (Onychorhyncus coronatus), a ágil lontra (Lutra longicaudis) e curioso cágado (Hydromedusa maximiliani), entre outros.

FLORA

Em relação à flora, o contínuo ecológico da região permite a sobrevivência de espécies típicas de matas íntegras, como canelas (Ocotea ssp. e Nectandra spp.), cedros (Cedrela fissilis), figueiras (Ficus spp.), jatobás (Hymenaea courbaril), bucúvas (Virola oleifera), etc. Ainda, resultante do om estado de conservação das matas, encontram-se nestas Unidades de Conservação remanescentes de palmito-juçara (Euterpe edulis), considerada espécie-chave na cadeia alimentar da Mata Atlântica, responsável, através de sua grande quantidade de frutos, pela alimentação de vário animais na floresta. Grande parte de sua extração é ilegal, e esta espécie tem desaparecido das matas não protegidas. Importante também no equilíbrio desta floresta, é a rica variedade de Epífitas (bromélias, orquídeas, lianas), que colonizam os troncos e copas de árvores frondosas, sendo lar para vários tipos de invertebrados e anfíbios, que alimentam grande parte da fauna regional.

CAVERNAS DO PETAR

A existência de matas bem conservadas, aliada à característica de relevo escarpado e cárstico, que faz frente aos ventos do Atlântico Sul, resulta em grandes quantidades de chuva, cuja água é armazenada e escoada por densa drenagem superficial e subterrânea. A região funciona como um enorme reservatório de água para o futuro. Deslumbrantes cachoeiras, formadas por rios cristalinos, lançam-se rumo às planícies, através de altitudes que variam de 200 a mais de 1.000 metros.

Correndo rápido pela acentuada declividade desta porção da Serra de Paranapiacaba, as águas pluviais, saturadas de ácidocarbônico proveniente de solos altamente húmicos dos seus arredores, penetram nas fissuras rochosas e desgastam continuamente o calcário, abrindo dutos e galerias, originando um dos espetáculos mais incríveis da natureza: as cavidades naturais ou cavernas calcárias. Seus impressionantes e magníficos espeleotemas (estalactites, estalagmites, cortinas, colunas, flores, etc.) atestam esta contínua e lenta evolução.

Todo um mundo à parte, condicionado pela ausência de luz, encerra-se nestas cavernas, com espécies adaptadas a viverem apenas nestes ambientes, os troglóbios como o bagre-cego (Pimelodella kronei) ou o grilo cavernícola, entre outros, ou dependentes dela, os troglófilos como algumas espécies de morcegos. O alimento para pequenos insetos, aracnídeos, crustáceos, peixes, entre outros, é trazido tanto pelo rio que corta a caverna, como pelas fezes dos morcegos. Esta característica aumenta ainda mais a complexidade da biodiversidade local.

PRESERVAÇÃO

Minerações ilegais, extração de palmito, caça e pesca, contaminação de rios, desmatamentos, são algumas formas de agressão que ameaçam o PETAR. Além dos trabalhos de fiscalização, os esforços de preservação têm envolvido as comunidades tradicionais que vivem na Unidade e na região de entorno do Parque, criando alternativas econômicas como o ecoturismo, com formação de monitores locais. Sob a responsabilidade do Instituto Florestal, órgão da Secretaria do Meio Ambiente, a implantação do PETAR é realizada por equipe técnico-administrativa e de guardas-parque (vigias e guias), contando com a participação do instituto Geológico, Fundação Florestal, Prefeituras Municipais de Iporanga e Apiaí, Polícia Florestal e de Mananciais, Organizações Não Governamentais (espeleológicas e ecológicas), pesquisadores científicos e um grupo voluntariado de apoio, além de outras instituições.

 

NORMAS GERAIS DO PETAR:

 

Horário de visita aos Núcleos: todos os dias, das 8h às 17h; Para acesso às áreas de visitação restrita é necessária uma solicitação prévia junto à Administração do PETAR; Antes de sair para seu passeio, preencha a Ficha de Visitação junto ao Posto de Guias e oriente-se com os funcionários. A visitação somente é permitida nos roteiros turísticos pré-determinados. É fundamental que um guia do Parque ou monitor credenciado faça o acompanhamento; São cobradas dos visitantes, taxa de ingresso, uso da área de acampamento e serviço de monitoria para áreas de visitação extensiva (solicitação prévia); Reservas de acampamento e de grupos organizados de excursão superiores a 15 pessoas, devem ser feitas com devida antecedência; É obrigatória a utilização de vestuário adequado e equipamentos de segurança de acordo com o tipo de atividade pretendida; Dentro da área do Parque não é permitido o porte de qualquer espécie de arma ou de materiais destinados à caça e pesca. DICAS E RECOMENDAÇÕES GERAIS

O respeito para com o ambiente, outros visitantes e funcionários do parque, assegura um passeio agradável e proveitoso; Muitos acidentes podem ser evitados pelo uso de equipamentos básicos e adequados (capacete, lanterna, calçado anti-derrapante, vestimentas confortáveis e outros); Traga de volta todo lixo que produzir (orgânico e inorgânico), guardado-o em sacos plásticos que deverão ser depositados nos latões de lixo existentes; Evite o uso de sabonete, shampoo ou derivados nos rios e cachoeiras; Não retire ou colete sementes, plantas e materiais rochosos; Evite consumir bebidas alcóolicas no Parque; Siga pela trilha principal e não abra trilhas variantes (atalhos); Nas cavernas não retire absolutamente nada, nem mesmo pedras soltas e não toque nos espeleotemas (estalactites e estalagmites) para não alterar sua formação e não sujá-los; Não fume no interior da caverna, pois a fumaça é prejudicial a este delicado ambiente.

 

 

Artigo escrito por Marcos Pivari

  

 

 

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