Beirando a margem esquerda do rio Tietê, árvores
frondosas e floridas descansavam à sombra de um alto paredão, onde araras em
festa bicavam suas areias salitrosas.
Os índios guaianases
chamavam a este lugar de Araritaguaba.
(arara + ita + guaba =
arara - pedra - comer).
Mais abaixo o rio piscoso e limpo formava numa
curva um lugar ideal para um porto. Era daí que os bandeirantes, valentes,
corajosos e ambiciosos saíam enfrentando o perigo à procura de ouro e
alargando a fronteira da Pátria (Em Porto Feliz esse tipo de expedição fluvial
denominava-se Monções). Por volta de 1700, Antonio Cardoso Pimentel construiu
no alto do paredão salitroso que servia o rio Tietê, uma capela dedicada à Nossa Senhora da Penha de Araritaguaba.
Com o desenvolvimento do lugarejo, em 1745, iniciou-se a construção da nova
Igreja Matriz, sob a invocação de Nossa Senhora Mãe dos Homens. A lei de 13
de outubro de 1797, eleva o povoado à categoria de
vila, mudando o nome de Araritaguaba para o Porto
Feliz. Na segunda metade do século XVIII as monções perderam a importância
dos primeiros tempos e uma nova atividade econômica arrancou a cidade da
estagnação: a produção de açúcar. A lavoura canavieira ocupou as férteis
terras da região. Na década de 1870, o governo Imperial começou a desenvolver
o projeto dos Engenhos Centrais.
Porto Feliz constrói o primeiro estabelecimento
para a produção de açúcar em terras paulistas, sendo o terceiro do Brasil e
inaugurado em 28 de outubro de 1878. O Engenho Central participou ativamente
da vida econômica do município até 1991, quando encerrou suas atividades.
Atualmente fábricas de pequeno e médio porte
sustentam a economia de Porto Feliz. Na zona rural, junto com a cana de
açúcar, plantações de laranja, uva, goiaba, pêssego, criação de aves,
eqüinos, bovinos e pecuária leiteria mudaram o paisagem
das terras do município.
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