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museu do futebol

(Pacaembú - São Paulo - O Primeiro Museu do Futebol Brasileiro)

 

A inauguração do Museu do Futebol, localizado no Estádio do Pacaembu, aconteceu nesta segunda-feira, com a presença de autoridades e jogadores que fizeram a história do esporte no Brasil. Na cerimônia, estiveram presentes o governador José Serra, o ministro do Esporte Orlando Silva, além dos ex-jogadores Roberto Rivellino, tricampeão pela seleção em 1970, Mauro Silva, titular no tetra, e o Rei Pelé.

O espaço conta a história do esporte mais popular do País por meio de elementos audiovisuais e buscando a interatividade com o visitante. O museu foi construído embaixo da arquibancada próxima à entrada principal do Pacaembu, em uma área de 6,9 mil m². A obra custou R$ 32,5 milhões, e o investimento veio dos governos estadual, municipal, e da iniciativa privada. O local da construção abrigava antes alojamentos e um restaurante.

Além de 1.400 imagens e seis horas de vídeos, o visitante do novo museu terá a oportunidade de conferir atrações no Auditório Armando Nogueira e na sala de exposições temporárias Osmar Santos. Nesta última, a primeira mostra escolhida foi a de Pelé, na qual estão expostas mais de 100 peças do acervo do ex-jogador, além de itens de colecionadores, como a camisa utilizada na final da Copa do Mundo de 1970.

O Museu do Futebol conta a trajetória do esporte em três setores: emoção, momentos históricos e diversão. Para quem quiser levar uma lembrança do local, há também uma loja com artigos esportivos e souvenirs. O bar O Torcedor é mais uma atração. O museu abre as portas para o público nesta quarta-feira, a partir das 10 horas, e funcionará de terça a domingo, com exceção dos dias em que o Pacaembu receber jogos. Os ingressos custam R$ 6,00 e estudantes têm direito à meia-entrada.

 

Serviço:

Museu do Futebol

Local: Estádio do Pacaembu, Zona Oeste de SP

Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h, exceto em dias de jogos.

Preço: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (para estudante).

            Crianças até 7 anos e idosos, a partir de 65 anos, não pagam.

                                                         (confirme as informações aqui)

 

 

A missão é investigar, divulgar e preservar o futebol como manifestação cultural brasileira.

Trabalhamos com a inserção histórica e cultural desse esporte no Brasil por meio de exposições, ações educativo-culturais, pesquisas e procedimentos de salvaguarda, valorizando a prática do futebol que atravessa o cotidiano do país desde fins do século XIX.

O futebol - seus números, regras, símbolos, representações e estórias - é o nosso principal foco de apreciação. A partir dele pretendemos estimular reflexões críticas sobre dimensões da sociedade associadas ao tema como: comportamento, evolução da preparação física do atleta, vocabulário, religiosidade, entre outras, sempre entrelaçando o futebol com a história do país.

 

 

 

* Sala dos Clubes: será uma grande sala de visitas que vai reunir diversos objetos que são utilizados pelos torcedores: é a memorabilia da torcida. Tratados como ex-votos e símbolos dos sonhos e da angústia da cada torcedor, os chaveiros, cinzeiros, flâmulas, broches, bandeiras etc. vão formar cantinhos de cada clube no grande salão.

 

*Pé na bola: durante o percurso das escadas rolantes o visitante poderá acompanhar a evolução da bola. Os primeiros chutes dados nos campinhos de várzea, em bolas improvisadas, feitas com barbante, meias, plástico ou couro.

 

*Sala das Torcidas: o visitante vai ser tratado, ao mesmo tempo, como jogador e torcedor. No meio de uma espécie de praça cujo piso reproduz um gramado, tendo em frente telões em multivisão, que projetam imagens de torcida, o visitante vai alternar as sensações de quem está em campo, pressionado ou estimulado pelos torcedores com as de quem está na arquibancada, vibrando ou sofrendo com o desempenho do time. É uma sala barulhenta, com a reprodução de gritos reais das maiores torcidas brasileiras.

 

*Sala dos Jogadores: depois de passar um tempo numa sala bastante barulhenta, o visitante é convidado a um momento de silêncio. Em painéis de vidro que caem do alto do pé direito da sala, ele vai ver imagens em tamanho natural de jogadores famosos em jogadas antológicas. Elas vão ser projetadas nestas placas de vidro por uma tecnologia moderna, que vai transformar craques como Pelé, Garrincha, Leônidas, Didi, Zico, Rivelino em uma espécie de holografia. A imagem vai ser posta em movimento lentamente, projetada na transparência. “Todos juntos, os jogadores serão como anjos barrocos, no teto desta espécie de Capela Sistina do futebol”, explica Leonel Kaz.

 

*Sala dos Gols: uma construção em elipse no centro da sala, mostra grandes gols de todos os tempos. Nas extremidades destas elipses, cabines de áudio trazem o comentário de grandes críticos do esporte sobre estes gols, estas jogadas. O visitante-torcedor poderá escolher o que quer ouvir. O objetivo desta sala é destacar o poder da palavra no futebol.

 

*Sala das Origens: um filme ao centro e uma seqüência de montagens gráficas nas paredes laterais contam, em imagens e textos, a origem do futebol no Brasil. Trata-se aí de explicar o que era o Brasil Império e como a República se estruturava. Como o futebol surge em meio a esta sociedade que começa a se tornar mais urbana. Como os primeiros times de elite realizam os seus jogos, com roupas de seda e rigorosos parâmetros de disputa. Como surgem, a partir das competições de remo, os primeiros clubes populares e as primeiras torcidas.

 

*Sala dos Heróis: são apresentadas algumas das personalidades que marcaram a história e, sobretudo, a cultura do Brasil. Entre elas, Villa-Lobos, Carlos Drummond de Andrade, Oscar Niemeyer, Mário de Andrade, Ary Barroso, Cândido Portinari, Jorge Amado além de Leônidas da Silva e Domingos da Guia. Mostra como o futebol se inseriu como um instrumento de afirmação nacional em plenos anos 1930/40, quando a força do rádio divulgava a arte, a música e a política. Hoje conhecido como a “Era das multidões”, este período vai ser o momento perfeito para o esporte se firmar como prática cotidiana e paixão dos brasileiros.

 

*Rito de passagem, a Copa de 50: este é o momento em que o visitante-torcedor irá sentir o impacto da derrota do Brasil na Copa de 1950. Dentro de um túnel fechado vai experimentar o silêncio que tomou conta do Maracanã ao mesmo tempo em que vê as imagens da partida contra o Uruguai. A partir daí o Brasil começa a viver os seus grandes triunfos no futebol mundial.

 

*Sala das Copas do Mundo: uma grande homenagem à seleção brasileira. Gigantescas taças formadas por telas vão mostrar, a partir do período histórico correspondente a cada Copa do Mundo, como o futebol acompanhou e ainda acompanha a evolução da cultura e dos costumes da sociedade. Em cada taça, quatro telas de cristal líquido, com imagens em movimento, vão se alternar com painéis de fotos e ilustração. Juntos, estes retângulos de imagens mostrarão a moda, a música, os acontecimentos políticos e as transformações sociais de cada tempo.

 

*Sala dos Altares: é a sala dedicada a Garrincha e Pelé. Estes dois grandes ídolos merecem homenagens especiais, com a afirmação de seu talento e uma seleção de seus dribles e gols memoráveis.

 

*Salão da Dança do Futebol: estruturas hexagonais apresentam, cada uma, um tema: os dribles geniais; os gols inusitados, os olímpicos, os gols-contra, aqueles feitos com a mão; as faltas, as contusões, os lances de batalha, as expulsões; os goleiros e suas defesas ou “frangos” memoráveis; as comemorações; as malandragens e os pênaltis; e a arbitragem.

 

*Labirinto das Curiosidades: a interatividade é levada ao extremo. Além de uma galeria e da linha do tempo dos clubes, os games vão ser todos voltados para o futebol brasileiro. Para esta sala, estão sendo criados jogos nos quais haja, de fato, a participação física do visitante. Entre elas, o momento em que o visitante poderá cobrar um pênalti na imagem em movimento de um goleiro, que vai reagir à cobrança como se fosse de carne e osso.

 

*Sala das Ciências: aqui, o museu recorre à biogenética e às neurociências para ajudar o visitante a entender fenômenos como o das pernas tortas de Garrincha ou o joelho de Ronaldo Fenômeno. A matemática também está presente, com os números que são uma obsessão da maioria dos torcedores: táticas, datas, efemérides, campeonatos, tudo vai ser apresentado como uma espécie de “rádio-relógio” de curiosidades sobre o futebol. Estes conteúdos exatos, aparentemente pesados, vão ser tratadas com muita leveza e interatividade. As táticas que podem ser o céu ou o inferno de um técnico, por exemplo, vão ser explicadas em uma mesa pimbolim (ou totó).

 

*Sala Pacaembu: última parada do percurso, este é o espaço dedicado ao estádio do Pacaembu. A proposta é celebrar o patrimônio histórico e explicar a história de um dos estádios mais antigos do país.

 

O Museu do Futebol vai ter ainda uma série de espaços que interligam suas várias salas. No meio do percurso – entre a Sala das Copas do Mundo e a Sala dos Altares – uma passarela de vidro conecta duas alas do Museu: leste e oeste. Ali, o visitante poderá fazer uma pausa para o descanso e também admirar a vista da praça Charles Miller. O fluxo de pessoas também é visível para quem está do lado de fora do museu. Suspensa por tirantes, a passarela parece flutuar por trás do pórtico monumental. Além disso, ao sair do Labirinto das Curiosidades, o visitante-torcedor terá a possibilidade de visitar a arquibancada e ver o campo, através de uma grande panorâmica de vidro.

 

Classificado como museu de terceira geração, o espaço combina diversas mídias

para contar como o Brasil transformou o futebol.

“Este não é um museu que olha o futebol dentro das quatro linhas do campo. Ele vai mostrar a história de uma grande conquista do Brasil para o mundo”, disse Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, responsável pela concepção e realização do museu.

A idéia do projeto, criado pelo arquiteto Mauro Munhoz, com museografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara, é fazer com que o visitante “viva” o futebol brasileiro por meio de três eixos: emoção, história e diversão, distribuídos em uma área de 6,9 mil metros quadrados.

Logo na entrada, as paredes do saguão são decoradas com dezenas de quadros com fotos de objetos pessoais de torcedores e pessoas diretamente ligadas ao futebol. A técnica utilizada para fotografar e imprimir as imagens dá a impressão de 3D. Em seguida, ao subir para o primeiro andar, o visitante é recebido por uma imagem de Pelé que dá as boas-vindas em três idiomas.

O espaço seguinte é chamado de Grande Área, onde o museu procura mostrar a poesia do futebol em uma curta sucessão de imagens em vídeo de pés jogando bola. “Como algo trazido pelo inglês branco de elite, se transformou em algo do povo pobre e mestiço brasileiro. O futebol arte”, argumenta Barreto.

Rádio e TV

Mais à frente, em outra sala, pode-se escolher escutar uma entre várias narrações de gols por grandes locutores esportivos nacionais, desde Ary Barroso. Ou, se o visitante preferir, ver alguma pessoa famosa falar sobre o gol que mais a emocionou.

Também fazem parte do “acervo” do museu outros recursos como áudio de gritos de torcida, jogos de futebol com bolas interativas, espaços para cobrança virtual de pênaltis e até um equipamento que irá mostrar como funcionam os músculos e toda a parte interna do corpo de um jogador – no caso, Ronaldinho Gaúcho.

Silêncio e luz

Contando a história do futebol em paralelo com a história do país de forma linear, uma das passagens que prometem encantar o torcedor é a da sala da Copa de 50 - onde o torcedor poderá escutar o “silêncio da derrota" - para a Sala das Copas, com vários totens em forma de taça com fotos do futebol e do Brasil - um para cada copa conquistada pela seleção canarinha.

O museu inclui ainda uma loja de suvenir, o café “O torcedor” e a Sala de Exposições Temporárias Osmar Santos que, na inauguração do museu, contará com uma parte do acervo pessoal de Pelé. As exposições temporárias neste ambiente devem durar em média três meses.

Acessibilidade

O museu será ainda o primeiro do país com programa especialmente desenvolvido para portadores de deficiência. “Não são apenas rampas e elevadores. Vamos ter espaços em que o portador de deficiência vai poder realmente ter uma síntese do que é o museu”, afirmou Barreto.

Para os deficientes visuais, por exemplo, as salas contarão com piso “podotátil”, semelhante ao da calçada da Avenida Paulista após a reforma. Já na sala com as bolas de futebol gigantes, haverá uma diferenciação de temperatura quando o visitante estiver dentro da bola. Além disso, os ambientes terão guias de áudio escritos por deficientes visuais. Todo o trabalho de acessibilidade foi desenvolvido por uma equipe de 12 profissionais.

O museu foi orçado em R$ 37,5 milhões.

Objetivos
Nossos objetivos são:

Salvaguardar e aprofundar conteúdos relacionados ao futebol, mapeando indicadores de memória, atualizando a pesquisa histórica de seu desenvolvimento, bem como sua manifestação contemporânea. Valorizamos diversos registros da prática do esporte nos âmbitos profissional e amador, e enfocamos a sua manifestação no cotidiano, ou seja, no vocabulário, na corporalidade, nos ritos, nas maneiras de ver, torcer, se emocionar e de classificar pessoas, ações e objetos;

Comunicar ao público os conteúdos sob a forma de exposições, palestras, cursos, oficinas, eventos, publicações, ações educativas intra e extra-muros. A partir desse leque de atividades comunicativas, almejamos tornar públicas e acessíveis, as reflexões acerca do tema futebol.

O Museu do Futebol é dirigido pelo Instituto da Arte do Futebol Brasileiro, uma organização social sem fins lucrativos em parceira com a Secretaria Estadual da Cultura de São Paulo.

O Instituto tem como objetivo administrar e apoiar as ações do Museu, promovendo a realização de parcerias, captação de recursos e, principalmente, zelando pelo seu patrimônio, funcionamento e equipe de trabalho.

Por que o Pacaembu?
Inaugurado por Getúlio Vargas em 1940, o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – o Pacaembu – foi orgulhosamente saudado como o maior e mais moderno da América Latina. Sua construção refletia os anseios de grandeza e uma inabalável fé no destino da nação que marcaram o espírito da época, sendo marco de um Brasil que se projetava com euforia no futuro.

Tendo sido palco de diversas comemorações de títulos e fatos históricos, como o gol “de bicicleta” de Leônidas da Silva, o Pacaembu tornou-se ideal para sediar o Museu do Futebol.

Entre colunas e fundações, nos interstícios da arquibancada do estádio – como um sítio arqueológico em busca da alma profunda do Brasil – conta-se de forma agradável e contagiante a epopéia do país que se uniu em torno de uma bola.

São Paulo terá o primeiro Museu do Futebol do país. Instalado no Estádio do Pacaembu, na Praça Charles Miller, na zona oeste da capital, o Museu do Futebol será inaugurado no dia 29 de setembro. Na última quinta-feira, 18, o governador José Serra visitou suas instalações. Idealizador do projeto quando ainda era prefeito, Serra considerava absurdo o Brasil, país do futebol, não ter sequer um museu sobre o esporte que é a paixão nacional.

“É uma goleada. Nunca imaginei, a partir da idéia que tive, que chegássemos a uma obra desse porte. Um museu lúdico, aconchegante, que conta a história do futebol, que mostra o futebol também como um fruto da criação brasileira”, destacou Serra, lembrando que foi aqui que se inventou jogadas como a ‘folha seca’, o ‘chapéu’, a ‘pedalada’ e a ‘bicicleta’.

O novo espaço será aberto ao público no início de outubro e permitirá que os visitantes entendam como o futebol, um esporte inglês, de elite e branco, aos poucos ganhou novos traços e se tornou brasileiro, popular e mestiço, como a própria cultura brasileira.

A partir de três eixos - emoção, história e diversão, o museu vai contar a história do futebol. Vai mostrar, por exemplo, o que futebol tem a ver com arte, o impacto do esporte na vida das pessoas, a história das Copas do Mundo, além de garantir a interatividade com o público. Os visitantes terão acesso a uma seqüência de experiências visuais e sonoras que relacionam o esporte e a vida brasileira no século XX. Ao todo, são seis horas de imagens exibidas em vídeos no Museu.

“A história do futebol se confunde com a história de cada um. Todo mundo tem a sua memória do futebol. Aquilo que viveu, as emoções que sentiu. E vai poder, aqui, reconstituir a própria história. Isto é que é interessante. Não é um museu que conta a história. É um museu que também permite que as pessoas reconstituam sua história”, observou Serra durante a visita.

O Museu ocupa uma área de 6,9 mil metros quadrados, no chamado ‘avesso’ das arquibancadas, ou seja, dentro de um espaço que fica embaixo das arquibancadas, na entrada principal do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o nome oficial do Pacaembu. Ele ocupa o espaço que antes compunha os alojamentos e restaurante, que já não eram utilizados.

Orçado em R$ 32,5 milhões, o Museu é uma iniciativa do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, com a parceria da Fundação Roberto Marinho, que captou recursos com a iniciativa privada, pela Lei Rouanet. Depois de inaugurado fará parte da rede estadual de museus. Será administrado por uma Organização Social criada exclusivamente para a gestão do espaço, vinculada à Secretaria Estadual da Cultura.

Serra destacou que o principal objetivo é multiplicar a idéia pelo Brasil, para que outras cidades e estados também organizem espaços semelhantes. “Todos os museus poderão tomar como referência o que foi feito aqui e fazer até melhor porque já terão uma base, uma referência”, argumentou. Segundo o governador, o surgimento de outros museus do esporte favorecerá o intercâmbio. “Em Santos teremos o Museu Pelé, para o qual o Governo do Estado cedeu o prédio e está ajudando. O Museu Pelé vai enriquecer este e vice-versa”, exemplificou.

Durante a visita, o governador participou da gravação de um quadro que fará parte da exposição do museu. Diversas pessoas serão convidadas a contar qual foi o gol que marcou sua vida e o gol será mostrado em vídeo ou fotografia, no caso daqueles que não tiverem sido televisionados. De tempos em tempos, novos depoimentos serão colhidos e apresentados na mostra. Para Serra, o gol mais marcante foi o de Pelé, numa partida da Seleção Brasileira contra a Seleção Francesa, na disputa das semifinais da Copa do Mundo de 1958. A partida terminou em 5 a 2 para o Brasil. “Eu não assisti, só ouvi a radiação do Pedro Luiz”, recordou.

Museu do Futebol emociona campeões mundiais


Marcelo Pereira/Terra

Campeões em 1994, Mauro Silva e Zetti prestigiam inauguração



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Inaugurado oficialmente nesta segunda-feira, o Museu do Futebol já conseguiu logo em sua primeira noite o seu objetivo: sensibilizou jogadores que fizeram a história do esporte brasileiro. Vários campeões mundiais, com passagens por importantes centros da Europa, mostraram-se impressionados com o espaço que apresentou um arrojado investimento do governo em conjunto com empresas privadas: R$ 32 milhões.

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» Pelé inaugura Museu do
Futebol no Pacaembu
» Em gafe, Serra parabeniza
"aniversariante" Corinthians

"É emocionante, chego até a me arrepiar de ver que estou neste museu. Curti bastante esse momento, é marcante", afirmou o lateral-direito Cafu, capitão da conquista do pentacampeonato mundial na Coréia do Sul e no Japão. "Já passava da hora de ter um local como esse, nós merecíamos", emendou o atleta, que pretende retornar aos gramados em 2009.

Integrante da equipe tetracampeã mundial em 1994, o ex-volante Mauro Silva também demonstrou o agradecimento pela iniciativa viabilizada no Estádio do Pacaembu. "Quando você é garoto, o maior sonho é defender a Seleção Brasileira. É incrível ficar imortalizado em um espaço como esse", disse o antigo camisa cinco da equipe verde e amarela.

Até os mais antigos, como o ex-meia Roberto Rivellino, que fez parte da inesquecível Seleção do tri do México, também não conseguiu esconder a comoção pela homenagem realizada na capital paulista. "Estou feliz e orgulhoso de ver esse museu, todos estão de parabéns", disse o antigo camisa dez do Corinthians.

Os visitantes poderão constatar a partir de quarta-feira, dia de abertura ao público, que Pelé, maior jogador de futebol de todos os tempos, conta com uma área exclusiva dentro dos 6,9 mil metros quadrados do museu. Nesta segunda-feira, o grande ídolo santista evitou o contato com a imprensa, mas mostrou o carinho por uma peça em especial: a camisa que utilizou na final da Copa do Mundo de 1970.

"É uma grande alegria estar aqui e encontrar uma camisa que significa muito para mim e que usei até o intervalo do jogo contra a Itália. Eu tinha dado esse objeto ao Zagallo", recordou Pelé.

Mais elogios

Cartolas e personalidades importantes da política e do futebol também marcaram presença na inauguração do Museu do Futebol. O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira evitou o contato com a imprensa, mas, em seu discurso, valorizou o trabalho feito na capital paulista para manter viva a memória do futebol.

"Este local é simplesmente fantástico para a história do futebol brasileiro. São Paulo está de parabéns por uma conquista como essa", afirmou Ricardo Teixeira.

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, considerou a abertura do museu como um momento histórico para o País. "É um lugar que representa a memória do futebol, um fator de identidade com o nosso povo. É parte da cultura", lembrou.

A noite de festa no Pacaembu teve até a ilustre presença de um representante da Fifa, através do secretário-geral, o francês Jerome Valcke. A partir de quarta-feira, o público poderá conhecer todas as instalações do museu adquirindo um ingresso ao custo de R$ 6.


Gazeta Press

 

O Museu do Futebol, que será inaugurado na próxima semana em São Paulo, terá ingressos populares. Os apaixonados pelo esporte pagarão R$ 6 (a meia-entrada custará R$ 3) para conhecer o espaço instalado sob as arquibancadas do estádio do Pacaembu.

A poucos dias de abrir as portas, o museu ainda tem alguns retoques a serem feitos. Mas os organizadores acreditam que tudo estará pronto até a próxima segunda-feira – a inauguração será no dia 29, mas o público só terá acesso a partir de 1º de outubro . Nesta terça-feira, durante uma visita monitorada da imprensa, operários trabalhavam em diversos pontos.

O Museu do Futebol é uma iniciativa do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, com concepção e realização da Fundação Roberto Marinho. Todo o projeto e a execução custaram R$ 32,5 milhões, sendo que R$ 13 milhões foram investimentos do poder público. A obra contou com 680 profissionais e demorou um ano e meio para ficar pronta.

VEJA GALERIA DE FOTOS DO MUSEU DO FUTEBOL

Um dos destaques do museu a Sala das Copas do Mundo. Curiosamente, ela aparece na frente do visitante logo após o “Rito da Passagem”, um corredor que mostra a final da Copa do Mundo de 1950 ao som dos batimentos cardíacos e da narração de Arnaldo Antunes. Quando Ghiggia faz o segundo gol uruguaio, o coração do brasileiro “pára” e, como num túnel do tempo, o torcedor é transportado para a tristeza da arquibancada do Maracanã.

Zé Gonzalez/GLOBOESPORTE.COM
Destaque: Mané Garrincha toca violão Logo em seguida, enfim, a Sala das Copas. Os Mundiais são representados por totens. Em cada um deles, recordações do torneio e do que o Brasil e o mundo viviam à época. Na conquista do tetra, em 1994, uma foto de Ayrton Senna, morto naquele ano, contrasta os dois sentimentos dos brasileiros naquele ano. Filmes, artistas, escritores, novelas, músicas... Cada ano de Copa tem a sua respectiva história relembrada.

Outro destaque é a Sala das Origens, com 431 fotos antigas. Com um ar de nostalgia, pelas molduras e pela própria iluminação do ambiente, o visitante é resgatado para os tempos da chegada do futebol ao Brasil, quando Charles Miller desembarcou com uma bola debaixo do braço.

O museu ainda terá espaços interativos. Em mesas, que misturam botão e pebolim (ou totó), será possível confrontar esquemas táticos: 4-4-2, 3-5-2, W-M, carrossel... Na sala dos números, as 17 regras do futebol são contadas de forma bastante lúdica.

Zé Gonzalez/GLOBOESPORTE.COM
Pelé dá bicicleta em foto no Museu do Futebol Durante as obras no estádio do Pacaembu, que é tombado pelo patrimônio histórico, uma área chamou a atenção dos responsáveis pelo museu. Um trecho do terreno, com terra e pedras da época da inauguração - em 1940 -, estava intacto. É quase um sítio arqueológico do futebol. Ali foi instalada a Sala da Exaltação. Entre vigas e pilares do avesso da arquibancada são projetadas imagens e sons das principais torcidas brasileiras.

A partir de 1º de outubro, os apaixonados pelo esporte que nasceu bretão e virou o mais brasileiro de todos poderão conhecer um pouco mais da história dessa paixão. O museu, com entrada pela praça Charles Miller, funcionará diariamente, das 10h às 18h, com exceção das segundas-feiras e dos dias de jogos. Futuramente, quando, segundo os organizadores, a “cultura de paz” estiver presente na maioria dos torcedores, o local também abrirá durante as partidas.

 

SÃO PAULO - A cidade de São Paulo ganha nesta segunda-feira o Museu do Futebol, montado sob as arquibancadas da entrada principal do estádio do Pacaembu, na zona oeste da cidade. O museu é interativo e promete levar os visitantes a uma viagem inesquecível que conta a história do esporte mais popular do país. A abertura para o público acontece nesta quarta, às 10h, com ingressos a R$ 6,00. (Veja imagens do museu) O Museu do Futebol funcionará apenas nos dias em que não houver jogos no estádio, para evitar qualquer tipo de confusão.

O local tem 6.900 m² e abrigará tanto a história do futebol brasileiro como a evolução do país em outros aspectos. São mais de 1.400 imagens e seis horas de vídeo mostrando fatos marcantes do esporte. O investimento foi de R$ 32,5 milhões e a diretora de cinema e cenógrafa Daniela Thomas e o arquiteto Felipe Tassara são os responsáveis pela museografia.

- O museu não se restringirá aos acontecimentos dentro das quatro linhas. Mostrará também o que aconteceu na cultura e na política do Brasil e do mundo - diz o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto.

A instituição foi a principal parceira do projeto, que teve a iniciativa da prefeitura paulistana e do governo do estado.

Dentro do museu, que deve virar atração turística na cidade, haverá ainda o Auditório Armando Nogueira, com capacidade para 180 lugares, a sala de exposições temporárias Osmar Santos, o bar O Torcedor, uma loja com artigos esportivos e lembranças do local.

O museu será dividido em três setores principais. O torcedor começa a viagem pela área da emoção, passeia por momentos históricos e finaliza a trajetória no eixo da diversão. Em todos eles, há a fusão entre a modernidade e a nostalgia. Logo na entrada, os visitantes vão se deparar com imensos painéis com fotos ampliadas de objetos de torcedores que remetem ao futebol, como bonecos, flâmulas, chaveiros, botões de equipes e ingressos.

Outra parte do museu que chama a atenção é a sala dos Anjos Barrocos, com imagens de craques projetadas em telas, como se eles estivessem voando. No segundo andar, o torcedor revê a história do futebol desde o final do século XIX até a Copa da Alemanha, em 2006. Na última seção, todos poderão viver um dia de craque participando de jogos interativos.

Depois de conhecer a história do futebol brasileiro, o torcedor poderá mostrar suas habilidades e até medir a potência do seu chute. Nesse último setor estarão disponíveis diversos tipos de jogos e brincadeiras.

Em um deles, que se chama Chute a Gol, o visitante fará uma cobrança de pênalti. Sensores medirão a velocidade do chute. Além disso, o torcedor será fotografado e poderá ver sua imagem no site do museu. Os que não quiserem se arriscar com a bola nos pés, mas acham que entendem tudo de tática, poderão testar diversas formações nas mesas de pebolim instaladas no primeiro andar.

No mesmo local haverá uma pequena arquibancada onde os torcedores poderão ver um filme em terceira dimensão de seis minutos com Ronaldinho Gaúcho. A primeira imagem do jogador é apenas um esqueleto virtual que, aos poucos, vai se transformando no atacante.

Enquanto São Paulo e Palmeiras disputam para incluírem o Morumbi e a Arena Palestra Itália, respectivamente, no programa da Copa do Mundo de 2014, a prefeitura paulistana trabalha nos bastidores para colocar também o Pacaembu nesta disputa. Um dos trunfos para isso é a inauguração do Museu do Futebol, fato que acontecerá na próxima segunda-feira, após um mês de atraso.

HISTÓRIA DO FUTEBOL EM SP

Orçado em R$ 32 milhões, o novo museu
é um espaço construído no Pacaembu

Museu do Futebol terá um espaço para mostras itinerantes. Pelé será o primeiro
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Para Walter Feldman, secretário municipal de Esportes, o Morumbi já está garantido na Copa de 2014, caso São Paulo venha a ser escolhida como uma das sedes para o Mundial, restando ao Pacaembu uma disputa com a futura arena do Palmeiras pela possível segunda indicação.

"O estádio oficial é o Morumbi. Já tenho conversado com o presidente Juvenal Juvêncio [do São Paulo] e as tratativas estão muito avançadas com os investimentos privados que serão feitos. Mesmo assim, o Pacaembu pode ser o segundo estádio", afirmou Feldman.

Para isso, no entanto, a prefeitura, que atualmente é dona do Pacaembu, trabalha com a hipótese de fechar uma parceria com algum clube. O mais próximo a isso, de acordo com o secretário, é o Corinthians, time que tradicionalmente realiza as suas partidas no local.

"Trabalhamos na linha de uma concessão, e com o Museu do Futebol e uma reforma do estádio, o Pacaembu ficará muito atraente para ser a casa de um grande time, possivelmente o Corinthians, e com isso ficará apto a sediar algum jogo da Copa do Mundo de 2014", completou Feldman.

Orçado em R$ 32 milhões, o novo museu é um espaço construído em frente à praça Charles Miller e que mostra, não só aspectos ligados a inúmeros times brasileiros, mas também fatos históricos do Brasil relacionados a momentos marcantes do futebol, como as conquistas dos cinco títulos Mundiais.

Além disso, o Museu do Futebol terá um espaço para mostras itinerantes. A primeira escolhida é a de Pelé, e serão mostradas mais de 100 peças do acervo do ex-jogador, além de itens de colecionadores, como a camisa utilizada na final da Copa do Mundo de 1970, que pertence ao cineasta João Moreira Salles.

A concepção inicial do Museu do Futebol reuniu de forma integrada as três dimensões que constituem um museu: arquitetura, museografia e conteúdo. Interligados, cada conceito teve um papel fundamental no projeto.

Arquitetura

Assinada por Mauro Munhoz, a arquitetura visou transformar um espaço sub-utilizado no mais moderno museu do Brasil. E o desafio foi maior ainda quando se optou por preservar e expor a arquitetura original do estádio, fruto do perfil arquitetônico da década de 30, período em que foi construído o prédio.

O projeto arquitetônico revela as estruturas do estádio, seu avesso, seus interiores. Cada sala deixa aparente a estrutura de concreto do teto, e mostra seu conteúdo por entre o ziguezague das escadarias: a cobertura do Museu é a arquibancada!

Lajes foram retiradas, criando um pé-direito triplo no hall da entrada monumental do prédio e uma melhor visibilidade de sua arquitetura interna. Construiu-se também uma passarela de vidro que une as alas leste e oeste e possibilita ao visitante, dentro do Museu, contemplar a Praça Charles Miller e os arredores do bairro.

A fachada principal, janelas e letreiro foram restaurados e têm nova iluminação. As intervenções (cabos da rede elétrica, tubos de ar condicionado, elevadores e escadas rolantes) estão aparentes, permitindo ao visitante conhecer os itens adicionados à estrutura original do prédio.

Por se tratar de um prédio tombado, todas as intervenções foram discutidas e aprovadas pelas equipes dos órgãos de patrimônio municipal e estadual (COMPRESP e CONDEPHAAT). O resultado foi uma obra belíssima, que respeitou e valorizou a construção original do estádio.

Conteúdo

O Museu do Futebol é um museu do terceiro milênio e propõe uma narrativa linear, obtida com o uso de multimeios. São mais de seis horas de vídeos, centenas de fotografias e muita interatividade!

A história do futebol é contada com base nos eixos temáticos Emoção, História e Diversão. A curadoria de Leonel Kaz revela uma seqüência de experiências visuais e sonoras que relacionam o esporte e a vida brasileira no século XX.

O time contou ainda, com uma equipe de consultores liderada por João Máximo e que inclui os jornalistas Celso Unzelte e Marcelo Duarte.

Museografia

A diretora de cinema e cenógrafa Daniela Thomas e o arquiteto Felipe Tassara são os responsáveis pela museografia. Eles procuraram trazer o conceito do mobiliário urbano, simples, rústico e prático para dentro do Museu.

As instalações são feitas de materiais brutos como ferro, metais, aços, madeiras - como os que sustentam a estrutura de um edifício em construção e depois são descartados. No Museu, contudo, elas dão sentido ao conteúdo das salas e existem para fixar as realidades vividas durante o século do futebol no Brasil.

 

Envolvendo uma área com cerca de 4.000 m², incluindo loja, bar-café e auditório, a visita começa e termina num percurso seqüencial que perpassa a história do futebol brasileiro nos séculos XX e XXI.