museu do futebol
(Pacaembú -
São Paulo - O Primeiro Museu do Futebol Brasileiro)
A
inauguração do Museu do Futebol, localizado no Estádio
do Pacaembu, aconteceu nesta segunda-feira, com a
presença de autoridades e jogadores que fizeram a
história do esporte no Brasil. Na cerimônia, estiveram
presentes o governador José Serra, o ministro do Esporte
Orlando Silva, além dos ex-jogadores Roberto Rivellino,
tricampeão pela seleção em 1970, Mauro Silva, titular no
tetra, e o Rei Pelé.
O espaço
conta a história do esporte mais popular do País por
meio de elementos audiovisuais e buscando a
interatividade com o visitante. O museu foi construído
embaixo da arquibancada próxima à entrada principal do
Pacaembu, em uma área de 6,9 mil m². A obra custou R$
32,5 milhões, e o investimento veio dos governos
estadual, municipal, e da iniciativa privada. O local da
construção abrigava antes alojamentos e um restaurante.
Além de
1.400 imagens e seis horas de vídeos, o visitante do
novo museu terá a oportunidade de conferir atrações no
Auditório Armando Nogueira e na sala de exposições
temporárias Osmar Santos. Nesta última, a primeira
mostra escolhida foi a de Pelé, na qual estão expostas
mais de 100 peças do acervo do ex-jogador, além de itens
de colecionadores, como a camisa utilizada na final da
Copa do Mundo de 1970.
O Museu do
Futebol conta a trajetória do esporte em três setores:
emoção, momentos históricos e diversão. Para quem quiser
levar uma lembrança do local, há também uma loja com
artigos esportivos e souvenirs. O bar O Torcedor é mais
uma atração. O museu abre as portas para o público nesta
quarta-feira, a partir das 10 horas, e funcionará de
terça a domingo, com exceção dos dias em que o Pacaembu
receber jogos. Os ingressos custam R$ 6,00 e estudantes
têm direito à meia-entrada.
Serviço:
Museu do Futebol
Local: Estádio do Pacaembu, Zona Oeste de SP
Funcionamento:
de terça a domingo, das 10h às 18h,
exceto em dias de jogos.
Preço: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (para estudante).
Crianças
até 7 anos e idosos, a partir de 65 anos, não pagam.
(confirme as informações
aqui)
A missão é
investigar, divulgar e preservar o futebol como
manifestação cultural brasileira.
Trabalhamos
com a inserção histórica e cultural desse esporte no
Brasil por meio de exposições, ações
educativo-culturais, pesquisas e procedimentos de
salvaguarda, valorizando a prática do futebol que
atravessa o cotidiano do país desde fins do século XIX.
O futebol -
seus números, regras, símbolos, representações e
estórias - é o nosso principal foco de apreciação. A
partir dele pretendemos estimular reflexões críticas
sobre dimensões da sociedade associadas ao tema como:
comportamento, evolução da preparação física do atleta,
vocabulário, religiosidade, entre outras, sempre
entrelaçando o futebol com a história do país.
* Sala
dos Clubes: será uma grande sala de visitas que vai
reunir diversos objetos que são utilizados pelos
torcedores: é a memorabilia da torcida. Tratados como
ex-votos e símbolos dos sonhos e da angústia da cada
torcedor, os chaveiros, cinzeiros, flâmulas, broches,
bandeiras etc. vão formar cantinhos de cada clube no
grande salão.
*Pé na
bola: durante o percurso das escadas rolantes o
visitante poderá acompanhar a evolução da bola. Os
primeiros
chutes dados nos campinhos de várzea, em bolas
improvisadas, feitas com barbante, meias, plástico ou
couro.
*Sala das
Torcidas: o visitante vai ser tratado, ao mesmo
tempo, como jogador e torcedor. No meio de uma espécie
de praça cujo piso reproduz um gramado, tendo em frente
telões em multivisão, que projetam imagens de torcida, o
visitante vai alternar as sensações de quem está em
campo, pressionado ou estimulado pelos torcedores com as
de quem está na arquibancada, vibrando ou sofrendo com o
desempenho do time. É uma sala barulhenta, com a
reprodução de gritos reais das maiores torcidas
brasileiras.
*Sala dos
Jogadores: depois de passar um tempo numa sala
bastante barulhenta, o visitante é convidado a um
momento de silêncio. Em painéis de vidro que caem do
alto do pé direito da sala, ele vai ver imagens em
tamanho natural de jogadores famosos em jogadas
antológicas. Elas vão ser projetadas nestas placas de
vidro por uma tecnologia moderna, que vai transformar
craques como Pelé, Garrincha, Leônidas, Didi, Zico,
Rivelino em uma espécie de holografia. A imagem vai ser
posta em movimento lentamente, projetada na
transparência. “Todos juntos, os jogadores serão como
anjos barrocos, no teto desta espécie de Capela Sistina
do futebol”, explica Leonel Kaz.
*Sala dos
Gols: uma construção em elipse no centro da sala,
mostra grandes gols de todos os tempos. Nas extremidades
destas elipses, cabines de áudio trazem o comentário de
grandes críticos do esporte sobre estes gols, estas
jogadas. O visitante-torcedor poderá escolher o que quer
ouvir. O objetivo desta sala é destacar o poder da
palavra no futebol.
*Sala das
Origens: um filme ao centro e uma seqüência de
montagens gráficas nas paredes laterais contam, em
imagens e textos, a origem do futebol no Brasil.
Trata-se aí de explicar o que era o Brasil Império e
como a República se estruturava. Como o futebol surge em
meio a esta sociedade que começa a se tornar mais
urbana. Como os primeiros times de elite realizam os
seus jogos, com roupas de seda e rigorosos parâmetros de
disputa. Como surgem, a partir das competições de remo,
os primeiros clubes populares e as primeiras torcidas.
*Sala dos
Heróis: são apresentadas algumas das personalidades
que marcaram a história e, sobretudo, a cultura do
Brasil. Entre elas, Villa-Lobos, Carlos Drummond de
Andrade, Oscar Niemeyer, Mário de Andrade, Ary Barroso,
Cândido Portinari, Jorge Amado além de Leônidas da Silva
e Domingos da Guia. Mostra como o futebol se inseriu
como um instrumento de afirmação nacional em plenos anos
1930/40, quando a força do rádio divulgava a arte, a
música e a política. Hoje conhecido como a “Era das
multidões”, este período vai ser o momento perfeito para
o esporte se firmar como prática cotidiana e paixão dos
brasileiros.
*Rito de
passagem, a Copa de 50: este é o momento em que o
visitante-torcedor irá sentir o impacto da derrota do
Brasil na Copa de 1950. Dentro de um túnel fechado vai
experimentar o silêncio que tomou conta do Maracanã ao
mesmo tempo em que vê as imagens da partida contra o
Uruguai. A partir daí o Brasil começa a viver os seus
grandes triunfos no futebol mundial.
*Sala das
Copas do Mundo: uma grande homenagem à seleção
brasileira. Gigantescas taças formadas por telas vão
mostrar, a partir do período histórico correspondente a
cada Copa do Mundo, como o futebol acompanhou e ainda
acompanha a evolução da cultura e dos costumes da
sociedade. Em cada taça, quatro telas de cristal
líquido, com imagens em movimento, vão se alternar com
painéis de fotos e ilustração. Juntos, estes retângulos
de imagens mostrarão a moda, a música, os acontecimentos
políticos e as transformações sociais de cada tempo.
*Sala dos
Altares: é a sala dedicada a Garrincha e Pelé. Estes
dois grandes ídolos merecem homenagens especiais, com a
afirmação de seu talento e uma seleção de seus dribles e
gols memoráveis.
*Salão da
Dança do Futebol: estruturas hexagonais apresentam,
cada uma, um tema: os dribles geniais; os gols
inusitados, os olímpicos, os gols-contra, aqueles feitos
com a mão; as faltas, as contusões, os lances de
batalha, as expulsões; os goleiros e suas defesas ou
“frangos” memoráveis; as comemorações; as malandragens e
os pênaltis; e a arbitragem.
*Labirinto das Curiosidades: a interatividade é
levada ao extremo. Além de uma galeria e da linha do
tempo dos clubes, os games vão ser todos voltados para o
futebol brasileiro. Para esta sala, estão sendo criados
jogos nos quais haja, de fato, a participação física do
visitante. Entre elas, o momento em que o visitante
poderá cobrar um pênalti na imagem em movimento de um
goleiro, que vai reagir à cobrança como se fosse de
carne e osso.
*Sala das
Ciências: aqui, o museu recorre à biogenética e às
neurociências para ajudar o visitante a entender
fenômenos como o das pernas tortas de Garrincha ou o
joelho de Ronaldo Fenômeno. A matemática também está
presente, com os números que são uma obsessão da maioria
dos torcedores: táticas, datas, efemérides, campeonatos,
tudo vai ser apresentado como uma espécie de
“rádio-relógio” de curiosidades sobre o futebol. Estes
conteúdos exatos, aparentemente pesados, vão ser
tratadas com muita leveza e interatividade. As táticas
que podem ser o céu ou o inferno de um técnico, por
exemplo, vão ser explicadas em uma mesa pimbolim (ou
totó).
*Sala
Pacaembu: última parada do percurso, este é o espaço
dedicado ao estádio do Pacaembu. A proposta é celebrar o
patrimônio histórico e explicar a história de um dos
estádios mais antigos do país.
O Museu do
Futebol vai ter ainda uma série de espaços que
interligam suas várias salas. No meio do percurso –
entre a Sala das Copas do Mundo e a Sala dos Altares –
uma passarela de vidro conecta duas alas do Museu: leste
e oeste. Ali, o visitante poderá fazer uma pausa para o
descanso e também admirar a vista da praça Charles
Miller. O fluxo de pessoas também é visível para quem
está do lado de fora do museu. Suspensa por tirantes, a
passarela parece flutuar por trás do pórtico monumental.
Além disso, ao sair do Labirinto das Curiosidades, o
visitante-torcedor terá a possibilidade de visitar a
arquibancada e ver o campo, através de uma grande
panorâmica de vidro.
Classificado
como museu de terceira geração, o espaço combina
diversas mídias
para contar
como o Brasil transformou o futebol.
“Este não é
um museu que olha o futebol dentro das quatro linhas do
campo. Ele vai mostrar a história de uma grande
conquista do Brasil para o mundo”, disse Hugo Barreto,
secretário-geral da Fundação Roberto Marinho,
responsável pela concepção e realização do museu.
A idéia do
projeto, criado pelo arquiteto Mauro Munhoz, com
museografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara, é fazer
com que o visitante “viva” o futebol brasileiro por meio
de três eixos: emoção, história e diversão, distribuídos
em uma área de 6,9 mil metros quadrados.
Logo na
entrada, as paredes do saguão são decoradas com dezenas
de quadros com fotos de objetos pessoais de torcedores e
pessoas diretamente ligadas ao futebol. A técnica
utilizada para fotografar e imprimir as imagens dá a
impressão de 3D. Em seguida, ao subir para o primeiro
andar, o visitante é recebido por uma imagem de Pelé que
dá as boas-vindas em três idiomas.
O espaço
seguinte é chamado de Grande Área, onde o museu procura
mostrar a poesia do futebol em uma curta sucessão de
imagens em vídeo de pés jogando bola. “Como algo trazido
pelo inglês branco de elite, se transformou em algo do
povo pobre e mestiço brasileiro. O futebol arte”,
argumenta Barreto.
Rádio e TV
Mais à
frente, em outra sala, pode-se escolher escutar uma
entre várias narrações de gols por grandes locutores
esportivos nacionais, desde Ary Barroso. Ou, se o
visitante preferir, ver alguma pessoa famosa falar sobre
o gol que mais a emocionou.
Também fazem
parte do “acervo” do museu outros recursos como áudio de
gritos de torcida, jogos de futebol com bolas
interativas, espaços para cobrança virtual de pênaltis e
até um equipamento que irá mostrar como funcionam os
músculos e toda a parte interna do corpo de um jogador –
no caso, Ronaldinho Gaúcho.
Silêncio e
luz
Contando a
história do futebol em paralelo com a história do país
de forma linear, uma das passagens que prometem encantar
o torcedor é a da sala da Copa de 50 - onde o torcedor
poderá escutar o “silêncio da derrota" - para a Sala das
Copas, com vários totens em forma de taça com fotos do
futebol e do Brasil - um para cada copa conquistada pela
seleção canarinha.
O museu
inclui ainda uma loja de suvenir, o café “O torcedor” e
a Sala de Exposições Temporárias Osmar Santos que, na
inauguração do museu, contará com uma parte do acervo
pessoal de Pelé. As exposições temporárias neste
ambiente devem durar em média três meses.
Acessibilidade
O museu será
ainda o primeiro do país com programa especialmente
desenvolvido para portadores de deficiência. “Não são
apenas rampas e elevadores. Vamos ter espaços em que o
portador de deficiência vai poder realmente ter uma
síntese do que é o museu”, afirmou Barreto.
Para os
deficientes visuais, por exemplo, as salas contarão com
piso “podotátil”, semelhante ao da calçada da Avenida
Paulista após a reforma. Já na sala com as bolas de
futebol gigantes, haverá uma diferenciação de
temperatura quando o visitante estiver dentro da bola.
Além disso, os ambientes terão guias de áudio escritos
por deficientes visuais. Todo o trabalho de
acessibilidade foi desenvolvido por uma equipe de 12
profissionais.
O museu foi
orçado em R$ 37,5 milhões.
Objetivos
Nossos objetivos são:
Salvaguardar
e aprofundar conteúdos relacionados ao futebol, mapeando
indicadores de memória, atualizando a pesquisa histórica
de seu desenvolvimento, bem como sua manifestação
contemporânea. Valorizamos diversos registros da prática
do esporte nos âmbitos profissional e amador, e
enfocamos a sua manifestação no cotidiano, ou seja, no
vocabulário, na corporalidade, nos ritos, nas maneiras
de ver, torcer, se emocionar e de classificar pessoas,
ações e objetos;
Comunicar ao
público os conteúdos sob a forma de exposições,
palestras, cursos, oficinas, eventos, publicações, ações
educativas intra e extra-muros. A partir desse leque de
atividades comunicativas, almejamos tornar públicas e
acessíveis, as reflexões acerca do tema futebol.
O Museu do
Futebol é dirigido pelo Instituto da Arte do Futebol
Brasileiro, uma organização social sem fins lucrativos
em parceira com a Secretaria Estadual da Cultura de São
Paulo.
O Instituto
tem como objetivo administrar e apoiar as ações do
Museu, promovendo a realização de parcerias, captação de
recursos e, principalmente, zelando pelo seu patrimônio,
funcionamento e equipe de trabalho.
Por que o
Pacaembu?
Inaugurado por Getúlio Vargas em 1940, o Estádio
Municipal Paulo Machado de Carvalho – o Pacaembu – foi
orgulhosamente saudado como o maior e mais moderno da
América Latina. Sua construção refletia os anseios de
grandeza e uma inabalável fé no destino da nação que
marcaram o espírito da época, sendo marco de um Brasil
que se projetava com euforia no futuro.
Tendo sido
palco de diversas comemorações de títulos e fatos
históricos, como o gol “de bicicleta” de Leônidas da
Silva, o Pacaembu tornou-se ideal para sediar o Museu do
Futebol.
Entre
colunas e fundações, nos interstícios da arquibancada do
estádio – como um sítio arqueológico em busca da alma
profunda do Brasil – conta-se de forma agradável e
contagiante a epopéia do país que se uniu em torno de
uma bola.
São Paulo
terá o primeiro Museu do Futebol do país. Instalado no
Estádio do Pacaembu, na Praça Charles Miller, na zona
oeste da capital, o Museu do Futebol será inaugurado no
dia 29 de setembro. Na última quinta-feira, 18, o
governador José Serra visitou suas instalações.
Idealizador do projeto quando ainda era prefeito, Serra
considerava absurdo o Brasil, país do futebol, não ter
sequer um museu sobre o esporte que é a paixão nacional.
“É uma
goleada. Nunca imaginei, a partir da idéia que tive, que
chegássemos a uma obra desse porte. Um museu lúdico,
aconchegante, que conta a história do futebol, que
mostra o futebol também como um fruto da criação
brasileira”, destacou Serra, lembrando que foi aqui que
se inventou jogadas como a ‘folha seca’, o ‘chapéu’, a
‘pedalada’ e a ‘bicicleta’.
O novo
espaço será aberto ao público no início de outubro e
permitirá que os visitantes entendam como o futebol, um
esporte inglês, de elite e branco, aos poucos ganhou
novos traços e se tornou brasileiro, popular e mestiço,
como a própria cultura brasileira.
A partir de
três eixos - emoção, história e diversão, o museu vai
contar a história do futebol. Vai mostrar, por exemplo,
o que futebol tem a ver com arte, o impacto do esporte
na vida das pessoas, a história das Copas do Mundo, além
de garantir a interatividade com o público. Os
visitantes terão acesso a uma seqüência de experiências
visuais e sonoras que relacionam o esporte e a vida
brasileira no século XX. Ao todo, são seis horas de
imagens exibidas em vídeos no Museu.
“A história
do futebol se confunde com a história de cada um. Todo
mundo tem a sua memória do futebol. Aquilo que viveu, as
emoções que sentiu. E vai poder, aqui, reconstituir a
própria história. Isto é que é interessante. Não é um
museu que conta a história. É um museu que também
permite que as pessoas reconstituam sua história”,
observou Serra durante a visita.
O Museu
ocupa uma área de 6,9 mil metros quadrados, no chamado
‘avesso’ das arquibancadas, ou seja, dentro de um espaço
que fica embaixo das arquibancadas, na entrada principal
do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o nome
oficial do Pacaembu. Ele ocupa o espaço que antes
compunha os alojamentos e restaurante, que já não eram
utilizados.
Orçado em R$
32,5 milhões, o Museu é uma iniciativa do Governo do
Estado e da Prefeitura de São Paulo, com a parceria da
Fundação Roberto Marinho, que captou recursos com a
iniciativa privada, pela Lei Rouanet. Depois de
inaugurado fará parte da rede estadual de museus. Será
administrado por uma Organização Social criada
exclusivamente para a gestão do espaço, vinculada à
Secretaria Estadual da Cultura.
Serra
destacou que o principal objetivo é multiplicar a idéia
pelo Brasil, para que outras cidades e estados também
organizem espaços semelhantes. “Todos os museus poderão
tomar como referência o que foi feito aqui e fazer até
melhor porque já terão uma base, uma referência”,
argumentou. Segundo o governador, o surgimento de outros
museus do esporte favorecerá o intercâmbio. “Em Santos
teremos o Museu Pelé, para o qual o Governo do Estado
cedeu o prédio e está ajudando. O Museu Pelé vai
enriquecer este e vice-versa”, exemplificou.
Durante a
visita, o governador participou da gravação de um quadro
que fará parte da exposição do museu. Diversas pessoas
serão convidadas a contar qual foi o gol que marcou sua
vida e o gol será mostrado em vídeo ou fotografia, no
caso daqueles que não tiverem sido televisionados. De
tempos em tempos, novos depoimentos serão colhidos e
apresentados na mostra. Para Serra, o gol mais marcante
foi o de Pelé, numa partida da Seleção Brasileira contra
a Seleção Francesa, na disputa das semifinais da Copa do
Mundo de 1958. A partida terminou em 5 a 2 para o
Brasil. “Eu não assisti, só ouvi a radiação do Pedro
Luiz”, recordou.
Museu do
Futebol emociona campeões mundiais
Marcelo Pereira/Terra
Campeões em
1994, Mauro Silva e Zetti prestigiam inauguração
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Inaugurado
oficialmente nesta segunda-feira, o Museu do Futebol já
conseguiu logo em sua primeira noite o seu objetivo:
sensibilizou jogadores que fizeram a história do esporte
brasileiro. Vários campeões mundiais, com passagens por
importantes centros da Europa, mostraram-se
impressionados com o espaço que apresentou um arrojado
investimento do governo em conjunto com empresas
privadas: R$ 32 milhões.
» Fotos da
inauguração
» Assista ao vídeo
» Pelé inaugura Museu do
Futebol no Pacaembu
» Em gafe, Serra parabeniza
"aniversariante" Corinthians
"É
emocionante, chego até a me arrepiar de ver que estou
neste museu. Curti bastante esse momento, é marcante",
afirmou o lateral-direito Cafu, capitão da conquista do
pentacampeonato mundial na Coréia do Sul e no Japão. "Já
passava da hora de ter um local como esse, nós
merecíamos", emendou o atleta, que pretende retornar aos
gramados em 2009.
Integrante
da equipe tetracampeã mundial em 1994, o ex-volante
Mauro Silva também demonstrou o agradecimento pela
iniciativa viabilizada no Estádio do Pacaembu. "Quando
você é garoto, o maior sonho é defender a Seleção
Brasileira. É incrível ficar imortalizado em um espaço
como esse", disse o antigo camisa cinco da equipe verde
e amarela.
Até os mais
antigos, como o ex-meia Roberto Rivellino, que fez parte
da inesquecível Seleção do tri do México, também não
conseguiu esconder a comoção pela homenagem realizada na
capital paulista. "Estou feliz e orgulhoso de ver esse
museu, todos estão de parabéns", disse o antigo camisa
dez do Corinthians.
Os
visitantes poderão constatar a partir de quarta-feira,
dia de abertura ao público, que Pelé, maior jogador de
futebol de todos os tempos, conta com uma área exclusiva
dentro dos 6,9 mil metros quadrados do museu. Nesta
segunda-feira, o grande ídolo santista evitou o contato
com a imprensa, mas mostrou o carinho por uma peça em
especial: a camisa que utilizou na final da Copa do
Mundo de 1970.
"É uma
grande alegria estar aqui e encontrar uma camisa que
significa muito para mim e que usei até o intervalo do
jogo contra a Itália. Eu tinha dado esse objeto ao
Zagallo", recordou Pelé.
Mais elogios
Cartolas e
personalidades importantes da política e do futebol
também marcaram presença na inauguração do Museu do
Futebol. O presidente da CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) Ricardo Teixeira evitou o contato com a
imprensa, mas, em seu discurso, valorizou o trabalho
feito na capital paulista para manter viva a memória do
futebol.
"Este local
é simplesmente fantástico para a história do futebol
brasileiro. São Paulo está de parabéns por uma conquista
como essa", afirmou Ricardo Teixeira.
O ministro
dos Esportes, Orlando Silva, considerou a abertura do
museu como um momento histórico para o País. "É um lugar
que representa a memória do futebol, um fator de
identidade com o nosso povo. É parte da cultura",
lembrou.
A noite de
festa no Pacaembu teve até a ilustre presença de um
representante da Fifa, através do secretário-geral, o
francês Jerome Valcke. A partir de quarta-feira, o
público poderá conhecer todas as instalações do museu
adquirindo um ingresso ao custo de R$ 6.
Gazeta Press
O Museu do
Futebol, que será inaugurado na próxima semana em São
Paulo, terá ingressos populares. Os apaixonados pelo
esporte pagarão R$ 6 (a meia-entrada custará R$ 3) para
conhecer o espaço instalado sob as arquibancadas do
estádio do Pacaembu.
A poucos
dias de abrir as portas, o museu ainda tem alguns
retoques a serem feitos. Mas os organizadores acreditam
que tudo estará pronto até a próxima segunda-feira – a
inauguração será no dia 29, mas o público só terá acesso
a partir de 1º de outubro . Nesta terça-feira, durante
uma visita monitorada da imprensa, operários trabalhavam
em diversos pontos.
O Museu do
Futebol é uma iniciativa do Governo do Estado e da
Prefeitura de São Paulo, com concepção e realização da
Fundação Roberto Marinho. Todo o projeto e a execução
custaram R$ 32,5 milhões, sendo que R$ 13 milhões foram
investimentos do poder público. A obra contou com 680
profissionais e demorou um ano e meio para ficar pronta.
VEJA GALERIA
DE FOTOS DO MUSEU DO FUTEBOL
Um dos
destaques do museu a Sala das Copas do Mundo.
Curiosamente, ela aparece na frente do visitante logo
após o “Rito da Passagem”, um corredor que mostra a
final da Copa do Mundo de 1950 ao som dos batimentos
cardíacos e da narração de Arnaldo Antunes. Quando
Ghiggia faz o segundo gol uruguaio, o coração do
brasileiro “pára” e, como num túnel do tempo, o torcedor
é transportado para a tristeza da arquibancada do
Maracanã.
Zé
Gonzalez/GLOBOESPORTE.COM
Destaque: Mané Garrincha toca violão Logo em seguida,
enfim, a Sala das Copas. Os Mundiais são representados
por totens. Em cada um deles, recordações do torneio e
do que o Brasil e o mundo viviam à época. Na conquista
do tetra, em 1994, uma foto de Ayrton Senna, morto
naquele ano, contrasta os dois sentimentos dos
brasileiros naquele ano. Filmes, artistas, escritores,
novelas, músicas... Cada ano de Copa tem a sua
respectiva história relembrada.
Outro
destaque é a Sala das Origens, com 431 fotos antigas.
Com um ar de nostalgia, pelas molduras e pela própria
iluminação do ambiente, o visitante é resgatado para os
tempos da chegada do futebol ao Brasil, quando Charles
Miller desembarcou com uma bola debaixo do braço.
O museu
ainda terá espaços interativos. Em mesas, que misturam
botão e pebolim (ou totó), será possível confrontar
esquemas táticos: 4-4-2, 3-5-2, W-M, carrossel... Na
sala dos números, as 17 regras do futebol são contadas
de forma bastante lúdica.
Zé
Gonzalez/GLOBOESPORTE.COM
Pelé dá bicicleta em foto no Museu do Futebol Durante as
obras no estádio do Pacaembu, que é tombado pelo
patrimônio histórico, uma área chamou a atenção dos
responsáveis pelo museu. Um trecho do terreno, com terra
e pedras da época da inauguração - em 1940 -, estava
intacto. É quase um sítio arqueológico do futebol. Ali
foi instalada a Sala da Exaltação. Entre vigas e pilares
do avesso da arquibancada são projetadas imagens e sons
das principais torcidas brasileiras.
A partir de
1º de outubro, os apaixonados pelo esporte que nasceu
bretão e virou o mais brasileiro de todos poderão
conhecer um pouco mais da história dessa paixão. O
museu, com entrada pela praça Charles Miller, funcionará
diariamente, das 10h às 18h, com exceção das
segundas-feiras e dos dias de jogos. Futuramente,
quando, segundo os organizadores, a “cultura de paz”
estiver presente na maioria dos torcedores, o local
também abrirá durante as partidas.
SÃO PAULO -
A cidade de São Paulo ganha nesta segunda-feira o Museu
do Futebol, montado sob as arquibancadas da entrada
principal do estádio do Pacaembu, na zona oeste da
cidade. O museu é interativo e promete levar os
visitantes a uma viagem inesquecível que conta a
história do esporte mais popular do país. A abertura
para o público acontece nesta quarta, às 10h, com
ingressos a R$ 6,00. (Veja imagens do museu) O Museu do
Futebol funcionará apenas nos dias em que não houver
jogos no estádio, para evitar qualquer tipo de confusão.
O local tem
6.900 m² e abrigará tanto a história do futebol
brasileiro como a evolução do país em outros aspectos.
São mais de 1.400 imagens e seis horas de vídeo
mostrando fatos marcantes do esporte. O investimento foi
de R$ 32,5 milhões e a diretora de cinema e cenógrafa
Daniela Thomas e o arquiteto Felipe Tassara são os
responsáveis pela museografia.
- O museu
não se restringirá aos acontecimentos dentro das quatro
linhas. Mostrará também o que aconteceu na cultura e na
política do Brasil e do mundo - diz o secretário-geral
da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto.
A
instituição foi a principal parceira do projeto, que
teve a iniciativa da prefeitura paulistana e do governo
do estado.
Dentro do
museu, que deve virar atração turística na cidade,
haverá ainda o Auditório Armando Nogueira, com
capacidade para 180 lugares, a sala de exposições
temporárias Osmar Santos, o bar O Torcedor, uma loja com
artigos esportivos e lembranças do local.
O museu será
dividido em três setores principais. O torcedor começa a
viagem pela área da emoção, passeia por momentos
históricos e finaliza a trajetória no eixo da diversão.
Em todos eles, há a fusão entre a modernidade e a
nostalgia. Logo na entrada, os visitantes vão se deparar
com imensos painéis com fotos ampliadas de objetos de
torcedores que remetem ao futebol, como bonecos,
flâmulas, chaveiros, botões de equipes e ingressos.
Outra parte
do museu que chama a atenção é a sala dos Anjos
Barrocos, com imagens de craques projetadas em telas,
como se eles estivessem voando. No segundo andar, o
torcedor revê a história do futebol desde o final do
século XIX até a Copa da Alemanha, em 2006. Na última
seção, todos poderão viver um dia de craque participando
de jogos interativos.
Depois de
conhecer a história do futebol brasileiro, o torcedor
poderá mostrar suas habilidades e até medir a potência
do seu chute. Nesse último setor estarão disponíveis
diversos tipos de jogos e brincadeiras.
Em um deles,
que se chama Chute a Gol, o visitante fará uma cobrança
de pênalti. Sensores medirão a velocidade do chute. Além
disso, o torcedor será fotografado e poderá ver sua
imagem no site do museu. Os que não quiserem se arriscar
com a bola nos pés, mas acham que entendem tudo de
tática, poderão testar diversas formações nas mesas de
pebolim instaladas no primeiro andar.
No mesmo
local haverá uma pequena arquibancada onde os torcedores
poderão ver um filme em terceira dimensão de seis
minutos com Ronaldinho Gaúcho. A primeira imagem do
jogador é apenas um esqueleto virtual que, aos poucos,
vai se transformando no atacante.
Enquanto São
Paulo e Palmeiras disputam para incluírem o Morumbi e a
Arena Palestra Itália, respectivamente, no programa da
Copa do Mundo de 2014, a prefeitura paulistana trabalha
nos bastidores para colocar também o Pacaembu nesta
disputa. Um dos trunfos para isso é a inauguração do
Museu do Futebol, fato que acontecerá na próxima
segunda-feira, após um mês de atraso.
HISTÓRIA DO
FUTEBOL EM SP
Orçado em R$
32 milhões, o novo museu
é um espaço construído no Pacaembu
Museu do
Futebol terá um espaço para mostras itinerantes. Pelé
será o primeiro
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Para Walter Feldman, secretário municipal de Esportes, o
Morumbi já está garantido na Copa de 2014, caso São
Paulo venha a ser escolhida como uma das sedes para o
Mundial, restando ao Pacaembu uma disputa com a futura
arena do Palmeiras pela possível segunda indicação.
"O estádio
oficial é o Morumbi. Já tenho conversado com o
presidente Juvenal Juvêncio [do São Paulo] e as
tratativas estão muito avançadas com os investimentos
privados que serão feitos. Mesmo assim, o Pacaembu pode
ser o segundo estádio", afirmou Feldman.
Para isso,
no entanto, a prefeitura, que atualmente é dona do
Pacaembu, trabalha com a hipótese de fechar uma parceria
com algum clube. O mais próximo a isso, de acordo com o
secretário, é o Corinthians, time que tradicionalmente
realiza as suas partidas no local.
"Trabalhamos
na linha de uma concessão, e com o Museu do Futebol e
uma reforma do estádio, o Pacaembu ficará muito atraente
para ser a casa de um grande time, possivelmente o
Corinthians, e com isso ficará apto a sediar algum jogo
da Copa do Mundo de 2014", completou Feldman.
Orçado em R$
32 milhões, o novo museu é um espaço construído em
frente à praça Charles Miller e que mostra, não só
aspectos ligados a inúmeros times brasileiros, mas
também fatos históricos do Brasil relacionados a
momentos marcantes do futebol, como as conquistas dos
cinco títulos Mundiais.
Além disso,
o Museu do Futebol terá um espaço para mostras
itinerantes. A primeira escolhida é a de Pelé, e serão
mostradas mais de 100 peças do acervo do ex-jogador,
além de itens de colecionadores, como a camisa utilizada
na final da Copa do Mundo de 1970, que pertence ao
cineasta João Moreira Salles.
A concepção
inicial do Museu do Futebol reuniu de forma integrada as
três dimensões que constituem um museu: arquitetura,
museografia e conteúdo. Interligados, cada conceito teve
um papel fundamental no projeto.
Arquitetura
Assinada por
Mauro Munhoz, a arquitetura visou transformar um espaço
sub-utilizado no mais moderno museu do Brasil. E o
desafio foi maior ainda quando se optou por preservar e
expor a arquitetura original do estádio, fruto do perfil
arquitetônico da década de 30, período em que foi
construído o prédio.
O projeto
arquitetônico revela as estruturas do estádio, seu
avesso, seus interiores. Cada sala deixa aparente a
estrutura de concreto do teto, e mostra seu conteúdo por
entre o ziguezague das escadarias: a cobertura do Museu
é a arquibancada!
Lajes foram
retiradas, criando um pé-direito triplo no hall da
entrada monumental do prédio e uma melhor visibilidade
de sua arquitetura interna. Construiu-se também uma
passarela de vidro que une as alas leste e oeste e
possibilita ao visitante, dentro do Museu, contemplar a
Praça Charles Miller e os arredores do bairro.
A fachada
principal, janelas e letreiro foram restaurados e têm
nova iluminação. As intervenções (cabos da rede
elétrica, tubos de ar condicionado, elevadores e escadas
rolantes) estão aparentes, permitindo ao visitante
conhecer os itens adicionados à estrutura original do
prédio.
Por se
tratar de um prédio tombado, todas as intervenções foram
discutidas e aprovadas pelas equipes dos órgãos de
patrimônio municipal e estadual (COMPRESP e CONDEPHAAT).
O resultado foi uma obra belíssima, que respeitou e
valorizou a construção original do estádio.
Conteúdo
O Museu do
Futebol é um museu do terceiro milênio e propõe uma
narrativa linear, obtida com o uso de multimeios. São
mais de seis horas de vídeos, centenas de fotografias e
muita interatividade!
A história
do futebol é contada com base nos eixos temáticos
Emoção, História e Diversão. A curadoria de Leonel Kaz
revela uma seqüência de experiências visuais e sonoras
que relacionam o esporte e a vida brasileira no século
XX.
O time
contou ainda, com uma equipe de consultores liderada por
João Máximo e que inclui os jornalistas Celso Unzelte e
Marcelo Duarte.
Museografia
A diretora
de cinema e cenógrafa Daniela Thomas e o arquiteto
Felipe Tassara são os responsáveis pela museografia.
Eles procuraram trazer o conceito do mobiliário urbano,
simples, rústico e prático para dentro do Museu.
As
instalações são feitas de materiais brutos como ferro,
metais, aços, madeiras - como os que sustentam a
estrutura de um edifício em construção e depois são
descartados. No Museu, contudo, elas dão sentido ao
conteúdo das salas e existem para fixar as realidades
vividas durante o século do futebol no Brasil.
Envolvendo
uma área com cerca de 4.000 m², incluindo loja,
bar-café e auditório, a visita começa e termina num
percurso seqüencial que perpassa a história do futebol
brasileiro nos séculos XX e XXI. |