Já os perigosos fungicidas –
Maneb, Zineb e Dithane –
embora proibidos em vários
países, são usados aqui. Os
dois primeiros podem
provocar doença de
Parkinson. O Dithane pode
causar câncer, mutação e
malformações no feto.O
Gramoxone (mata rato)
,também proibido em vários
países, é usado largamente
no combate a ervas daninhas.
A contaminação pode provocar
fibrose pulmonar, lesões no
fígado e intoxicação em
crianças.
Vários estudos feitos com
trabalhadores demonstram que
há relação entre a exposição
crônica a agrotóxicos e
doença. E os riscos não se
limitam ao homem do campo.Os
resíduos das aplicações
atingem os mananciais de
água e o solo.Além disso, os
alimentos comercializados
nas cidades podem apresentar
resíduos tóxicos.
A questão da
Contaminação ambiental e
Biomagnificação dos
agrotóxicos
Quando os agrotóxicos são
aplicados nos
agroecossistemas, eles
sofrem uma séria de reações
e redistribuem-se nos
diversos componentes deste
ambiente, contaminando-os.
O grupo de agrotóxicos
organoclorados foi o
primeiro que despertou
opinião pública devido a sua
elevada estabilidade química
que lhes confere prolongada
persistência no ambiente.
O termo biomagnificação
expressa o acúmulo dos
agrotóxicos nos diversos
níveis tróficos das cadeias
ecológicas dos
ecossistemas.O homem, por
estar no topo de diversas
cadeias alimentares, assim
como os pássaros predadores,
são os organismos que mais
concentram os compostos
organoclorados, com maiores
riscos de intoxicação e
morte.
A biomagnificação nos
agrotóxicos nos organismos e
a contaminação pode ser
apresentada da seguinte
maneira:
-Resíduos em água;
-Resíduos em ecossistemas
aquáticos;
-Resíduos no solo;
-Resíduos em organismos
terrestres e
-Resíduos na atmosfera.
São dois os processos de
biomagnificação:
-Biomagnificação em certo
nível trófico e
biotransferência de um nível
trófico para outro.
São duas as formas como
ocorre a biomagnificação:
-Absorção direta do meio
através da osmose e
assimilação direta via oral
através de alimentos.
A característica de um
praguicida para sofrer
magnificação biológica é
persistência no meio
ambiente, na forma
disponível e no sistema
biológico.
Manejo de Resíduos Tóxicos
O controle efetivo do
armazenamento, do
tratamento, da reciclagem e
reutilização, do transporte,
da recuperação e do deposito
dos resíduos perigosos é de
extrema importância para a
saúde do homem, a proteção
do meio ambiente, o manejo
dos recursos naturais e o
desenvolvimento sustentável.
Isto requer a cooperação e
participação ativa da
comunidade internacional,
dos Governos e da
indústria..
A prevenção da geração de
resíduos perigosos e a
reabilitação dos locais
contaminados são elementos
essenciais e ambos exigem
conhecimentos, pessoal
qualificado, instalações,
recursos financeiros e
capacidades técnicas e
científicas.
Vários programas
relacionados a manejo têm
como objetivo geral impedir,
tanto quanto possível, e
reduzir a produção de
resíduos perigosos e
submeter esses resíduos a um
manejo que impeça que
provoquem danos ao meio
ambiente e a saúde humana.
1. Objetivos dos
programas
• Promover a prevenção e
a redução ao mínimo dos
resíduos perigosos;
• Promover e fortalecer a
capacidade institucional d
manejo de resíduos
perigosos;
• Prevenir o trafico
ilícito dos resíduos
perigosos;
• Estratégias de
recuperação de resíduos
perigosos para convertê-los
em materiais úteis.
2. Cuidados com
embalagens vazias
- Embalagens e vasilhames
contaminados com agrotóxicos
nunca devem ser queimados,
enterrados, despejados no
solo, jogadas na água ou
deixadas nas beiras de rios
ou estradas. Esse cuidado
evitará a contaminação das
águas, lagos e rios, e
também de animais e pessoas.
- As embalagens de
agrotóxicos vazias devem ser
lavadas três vezes e serem
guardadas em local seguro,
até irem para um centro de
recepção e coleta para
reciclagem e destinação
final sem riscos.
- O usuário de agrotóxicos
deve consultar o fabricante
e o revendedor para saber
quais os centro de recepção
e coleta de embalagens
vazias que existem na sua
região.
- A água da lavagem dos
vasilhames deve ser colocada
no tanque do equipamento de
aplicação para ser
reutilizada nas áreas de
lavoura recém-tratadas.
Para conhecer o grau de
risco dos agrotóxicos,
observar as informações do
rótulo que indicam a classe
toxicológica dos produtos.
3. Regulamentação
do manejo de resíduos
tóxicos
Na seção I da resolução
44/226, de 22 de dezembro de
1989, a Assembléia Geral
solicitou a cada uma das
comissões regionais que,
dentro dos recursos
existentes, contribuíssem
para a prevenção do tráfico
ilícito de produtos e
resíduos tóxicos e
perigosos, por meio de
monitoramento e avaliações
regionais desse tráfico e de
suas repercussões sobre o
meio ambiente e a saúde. A
Assembléia solicitou também
às comissões regionais que
atuassem em conjunto e
cooperassem com o Programa
das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA) tendo
em vista manter o
monitoramento e a avaliação
eficazes e coordenadas do
tráfico ilícito de produtos
e resíduos tóxicos e
perigosos
A saúde humana e a qualidade
do meio ambiente se degradam
constantemente devido a
quantidade cada vez maior de
resíduos tóxicos que são
produzidos.Estão aumentando
os custos diretos e
indiretos que representam
para a sociedade e para os
cidadãos a produção,
manipulação e depósitos
desses resíduos.
Controle de Pragas e
o Uso de Pesticidas
1. Necessidade do
controle de pragas
Produtos químicos como
pesticidas ou praguicidas
são utilizados contra pragas
animais ou vegetais
prejudiciais ao ser humano e
a plantas cultivadas.
Combatem a endemias, como o
controle da dengue, febre
amarela, controle de chagas;
e a pragas na lavoura.
Usualmente se diz que
determinada praga está
controlada, quando se mantém
sua densidade populacional
abaixo do chamado “nível de
dano econômico”, no caso de
pragas agrícolas; ou, abaixo
do “nível de transmissão”,
no caso de doenças
transmitidas por vetores, em
saúde publica.
2. Perdas agrícolas
devido a pragas
Desde tempos mais remotos,
os problemas fitossanitários
têm causado inúmeros
prejuízos à agricultura.
Indubitavelmente, esta
batalha persistirá, pois
homem, pragas, patógenos e
plantas invasoras têm em
comum um princípio básico de
busca: o alimento, sem o
qual não sobrevivem.
A maior expansão demográfica
ocorrida no início deste
século, a maior demanda de
alimentos, o monocultivo, a
abertura de novas fronteiras
agrícolas em áreas tropicais
e sub-tropicais, bem como as
significativas modificações
nos ecossistemas fizeram com
que estes agentes biológicos
e seus subseqüentes danos
abalassem a economia de
diversos países, com enormes
prejuízos.Pragas
introduzidas em novas áreas
estão custando atualmente à
sociedade moderna direta e
indiretamente US$ 6
bilhões/ano em perdas na
produção e produtividade,
adoções de medidas de
controle, desemprego,
citando apenas alguns
fatores.
Em estimativas feitas pelo
governo americano, 43
insetos invasores exóticos,
no período de 1906 a 1991,
causaram prejuízos de US$
925 bilhões aos cofres
públicos. Nos últimos anos,
apenas cinco grupos de
insetos, foram os
responsáveis por US$ 3
bilhões/ano. Para as
associações de cotonicultura
americanas, no sistema
produtivo de algodão, no ano
de 2002, os prejuízos
somaram US$ 1,2 bilhão/ano
provocados por alguns poucos
insetos. As perdas totais
nessa cultura causadas por
esses insetos foram de
4,79%, o que provocou
aumentos de US$ 60,67 por
acre na adoção de medidas de
controle e de US$ 88,80 por
acre, considerando custos e
perdas.
A introdução do bicudo do
algodoeiro, na década de
1980, levou à queda de
produção de algodão,
principalmente na região
nordeste do país, gerando
uma catástrofe social. O
desenvolvimento de
cultivares pela Embrapa
adaptadas a outras condições
climáticas, associado ao
manejo integrado de pragas,
está fazendo com que o país,
ainda que timidamente, volte
a exportar esse produto.
A entrada e dispersão
recente da sigatoka negra da
bananeira, que entrou pela
Venezuela ou pela Colômbia,
a mosca-da-carambola vinda,
provavelmente da Guiana
Francesa, a
mosca-negra-dos-citros
proveniente do Caribe, a
ferrugem asiática da soja,
proveniente do Paraguai,
além de outros exemplos já
ocorridos no Brasil, como a
mosca-branca, nematóide do
cisto da soja, vírus da
tristeza do citros,
cancro-cítrico, ferrugem do
cafeeiro, vespa-da-madeira,
são apenas alguns dos
organismos presentes,
atualmente, nos sistemas
agrícolas de forma
localizada ou dispersos nos
sistemas agrícolas.
Outro exemplo a ser dado e
que não deve ser esquecido
de introdução e conseqüente
estabelecimento da praga, é
o da vassoura-de-bruxa. O
Brasil passou do segundo
produtor mundial de cacau,
em 1985, com uma produção de
500.000 toneladas para um
quarto da produção da Costa
do Marfim, no ano de 2000.
Da mesma forma, o psilídeo
de concha que afeta o setor
florestal e foi introduzido
recentemente poderá ter seu
efeito diminuído pela
descoberta de um inimigo
natural dessa praga, em solo
brasileiro. A criação massal
desse agente de controle por
parte da Embrapa, para
liberação em áreas
infestadas pelo psilídeo já
se iniciou.
Apesar de inúmeras pragas já
terem sido introduzidas no
Brasil, outras centenas,
ainda podem entrar e
estabelecer. Em
levantamentos recentes
realizados pelo Laboratório
de Quarentena Vegetal (LQV),
da Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia,
observou-se que
aproximadamente 1.000
insetos podem colocar em
risco a agricultura
brasileira. Essas e outras
pragas ou espécies invasoras
exóticas podem afetar o
valor agronômico e florestal
de produtos, elevar custos
de controle, diminuir a
qualidade e quantidade de
alimentos disponíveis a
sociedade, contaminar o
meio-ambiente, entre outros
fatores, tirando o país da
competição do comércio
internacional.
3. Promessas e
problemas das soluções
químicas
A utilização de pesticidas
químicos é e continuará a
ser importante para a
redução dos prejuízos das
colheitas causados por
pragas, nos próximos anos. O
mercado de pesticidas
registra, atualmente, um
volume de receitas de US $30
bilhões por ano, sendo 80%
dos pesticidas utilizados
nos países desenvolvidos.
Espera-se que a procura dos
pesticidas aumentará à
medida que os países em
desenvolvimento forem
aumentando a sua produção
agrícola para satisfazer as
necessidades nacionais. Essa
tendência será,
provavelmente, impulsionada
por muitas das forças
responsáveis pela aceleração
do crescimento no passado: a
ênfase sobre soluções
"químicas" para os problemas
agrícolas; a promoção do uso
de pesticidas pelos serviços
de extensão rural, as
campanhas de vendas
agressivas dos
distribuidores de
pesticidas; a quase ausência
de investimento em métodos
alternativos dos pesticidas
para proteger as colheitas,
especialmente nos países em
desenvolvimento; e uma maior
resistência das plantas, o
que leva cada vez mais ao
uso intensivo de pesticidas
com o fim de minorar as
perdas.
Assiste-se a uma contínua
controvérsia acerca da
extensão dos efeitos nocivos
dos pesticidas químicos.
Devido à criação de uma
legislação mais rigorosa
sobre o uso de alguns
pesticidas e a proibição de
outros, as principais
sociedades transnacionais
que dominam o mercado dos
pesticidas estão a investir
em novos produtos de pequeno
espectro, menos tóxicos e de
efeito menos persistentes, a
fim de cumprirem as normas
mais rigorosas nos seus
principais mercados.
Esses novos e melhores
produtos, que são mais caros
enfrentam a concorrência dos
pesticidas mais antigos sem
patentes e sem alvos
definidos, que contêm
compostos perigosos
proibidos, mas a
fiscalização do cumprimento
da legislação é muito pouco
rigorosa.
4. Problemas
originados do uso de
inseticidas
Os inseticidas produzidos
nas décadas de 50 e 60 foram
muito eficientes e baratos,
no entanto trouxeram vários
efeitos indesejáveis:
• A resistência das
pragas;
• Destruição de
organismos não-alvos;
• Ressurgência de pragas
como conseqüências dos
fatores a cima;
• Surgimento de pragas
secundárias;
• Efeitos adversos ao
meio ambiente através da
contaminação do solo e da
água.
Soluções
Alternativas Para o Controle
de Pestes
1. Cultivo sem
agrotóxicos
Núcleos de agricultura
natural ou orgânica (sem o
uso de agrotóxicos) surgem
como alternativa ao modelo
das monoculturas, que
privilegia a produtividade a
custa da saúde dos
lavradores e dos
consumidores. Os produtores
orgânicos estão ganhando
cada vez mais espaço junto
aos consumidores.
Os produtos orgânicos, em
geral, são de menor tamanho
e levam mais tempo para
serem produzidos e colhidos.
O fato é que quanto mais
bonita a fruta ou hortaliça,
mais se deve desconfiar do
uso abusivo de agrotóxicos.
2. Gestão
integrada do controle de
pragas (Integrated Pest
Manegement-IPM)
Promover a Gestão Integrada
do Controlo de Pragas (“IPM")
seria uma forma de reduzir o
uso de pesticidas. Alguns
especialistas vêem a IPM
como uma componente de um
processo mais amplo para uma
agricultura "isenta de
produtos químicos", ao passo
que outros a vêem como um
sistema que proporciona o
uso mais eficiente de
pesticidas químicos. Todos
eles, porém, concordam que
devem ser escolhidas
alternativas de controlo das
pragas sem o uso de produtos
químicos.
Dada a atual situação de
prevalência dos pesticidas
químicos, além das
incertezas quanto aos
resultados de métodos
isentos de produtos
químicos, é pouco provável
que venha a existir uma
agricultura totalmente sem
pesticidas nas próximas
décadas. É sim, muito
provável, que as versões GIP
que serão promovidas adotem
métodos biológicos, mas com
o emprego judicioso de
alguns pesticidas químicos.
Terá o cuidado em aplicar as
quantidades certas de
pesticidas em épocas do ano
adequadas, sem a destruição
dos organismos predadores
naturais das pragas.
Atualmente, varias praticas
e métodos permitem controlar
pragas e doenças sem o uso
de produtos tóxicos, o uso
de variedades de plantas
resistentes a pragas;
rotação de cultura;
distribuição de resíduos de
colheitas; adubação adequada
e outras boas práticas
agrícolas.Os principais
métodos recomendados são,
utilização de inimigos
naturais das pragas
(controle biológico),
controle físico (calor, frio
e umidade) e uso de
armadilhas e barreiras.
3. Aumento da
resistência
O uso abusivo de inseticidas
tem propiciado a seleção de
inúmeras linhagens de
insetos resistentes, alguns
dos quais já estão sendo
chamados de “superinsetos”
devido à grande dificuldade
de sua erradicação por via
química.
A resistência é o resultado
da seleção de indivíduos
geneticamente predispostos a
sobreviver aos efeitos dos
inseticidas.
Tolerância é a habilidade
que um indivíduo tem de
sobreviver aos efeitos dos
inseticidas.
A resistência múltipla
ocorre quando uma população
desenvolve mais de um
mecanismo de resistência
contra determinados
compostos.
4. Controle
biológico
Esse método consiste em
introduzir no ecossistema um
inimigo natural (predador,
parasita ou competidor) da
espécie nociva ao interesse
humano, para manter sua
densidade populacional em
níveis em que os prejuízos
provocados sejam toleráveis.
Quando bem planejado,
acarreta evidentes vantagens
em relação ao uso de agentes
químico, uma vez que não
polui o ambiente e não causa
desequilíbrios ecológicos.
Exemplos de alguns seres
vivos que atuam no controle
biológico no Brasil:
• Metarhizium anisoplive:
Fungo que parasita insetos
diversos como lagartas,
besouros, cigarrinhas etc. O
micélio do fungo envolve o
inseto, mumificando-o.
• Apenteles flavipes;
Pequena vespa, que injeta
ovos em lagartas diversas
(parasitas da
cana-de-açúcar, milho etc).
Dos ovos eclodem larvas que
destroem o inseto
parasitado.
• Coccinella septempunetata:
Inseto conhecido como
joaninha, que atua como
predador de diversas
espécies de pulgões.
• Boculovirus anticorsia:
Vírus utilizado no combate a
largata-da-soja.
5. Biotecnologia
Futuramente a biotecnologia
será utilizada no controle
de pragas, fazendo
modificações genéticas nas
plantas. Essas plantas
receberiam os herbicidas mas
somente as ervas daninhas
seriam destruídas. Já outras
plantas foram criadas para
resistir a pragas sem uso de
pesticidas e outros seriam
resistentes tanto a
herbicidas como a insetos.
Existe porém, uma
preocupação de que as
variedades melhoradas
poderão causar mais
resistência às pragas, e uma
possível transferência das
propriedades genéticas de
plantas modificadas para
ervas daninhas resistentes
aos herbicidas. E não se
sabe os efeitos de longo
prazo do consumo dessas
plantas geneticamente
alteradas, tanto em seres
humanos como em animais.
6. Bioinseticidas para o
controle de insetos
O mosquito urbano, também
conhecido por muriçoca,
carapanã e pernilongo, com
sua picada dolorida e um
barulho incômodo, está
presente em todas as regiões
do Brasil. Algumas raças
transmitem doenças como a
malária e a dengue.
A Embrapa desenvolveu um
inseticida biológico a
partir de uma bactéria
existente no meio ambiente,
que tem se mostrado muito
eficaz no combate ao
mosquito, eliminando
diretamente suas larvas.
Mortal para os insetos, o
bioinseticida é inofensivo
ao homem e aos animais.
As pesquisas avançam e em
breve serão lançados novos
bioinseticidas, a partir de
bactérias específicas, para
combater o mosquito da
dengue, borrachudos e
lagartas.
7. Feromônios
Feromônios são definidos,
como substâncias liberadas
por insetos e ácaros - e,
pelos animais - as quais
exercem influência sobre
indivíduos da mesma espécie.
Ou seja, são substâncias que
possuem ou carregam uma
excitação ou estímulo.
Nos programas de controle de
pragas, os feromônios,
chamados como "atraentes
sexuais", agem atraindo o
sexo oposto. Têm sido
estudados, quanto à sua
eventual aplicação nos
programas de combate às
pragas da lavoura,
diferentes aspectos:
• Como monitor, ou seja,
para determinação do nível
populacional de diferentes
pragas, do que resulta
orientação segura sobre a
ocasião oportuna para a
aplicação dos tratamentos
químicos.
• Poderão ter também
aplicação nos estudos
bio-ecológicos como, por
exemplo: levantamentos,
curvas de flutuações,
alcance e altura de vôo,
hábitos (diurnos e
noturnos), horas de maior
atividade dos insetos, etc.
• Um outro aspecto do
emprego é o de "controle
massal", isto é, controle
direto das populações de
insetos. O feromônio é
colocado em armadilhas,
atraindo as pragas de
maneira específica, sendo
então capturadas em grande
número, promovendo queda de
população e como
conseqüência, de prejuízos.
• Existem, ainda, sistemas
denominados de "confusão dos
machos" , em que doses
maiores de feromônios
sexuais, promovem o
desnorteamento na procura
das fêmeas, pois são
atraídos em todas as
direções, sem detectar o
ponto zero (ausência de
feromônio), permanecendo
então, como que inertes até
sobrevir à morte.
8. Gama-radiação
A energia nuclear já vem
sendo utilizada em diversas
partes do mundo na
desinfestação de larvas em
frutas. O método consiste em
expor as frutas à radiação
em ambiente fechado,
garantindo a conservação e a
qualidade dos produtos.
Outro uso da tecnologia que
começa a ser desenvolvido no
Brasil é a energia nuclear
para a esterilização de
insetos-praga. "Os machos
são irradiados e liberados
no ambiente para competirem
com os reprodutores da
espécie-praga".
Autoria: Flaviana Ernandes