DIABETES
(Informações
gerais e fundamentais)
Confira
todas as informações sobre a doença. Cuidados,
diagnósticos e prevenções. Tire todas as suas dúvidas.
O que é Diabetes?
Diabetes é
uma disfunção da glândula chamada pâncreas, que perde a
capacidade de produzir o hormônio chamado insulina de
forma parcial ou total. Também conhecido como Diabetes
Mellitus.
Com isso, ocorre o aumento da glicose no sangue
(hiperglicemia), que acaba prejudicando o metabolismo
dos carboidratos (glicídios), das gorduras (lipídios) e
das proteínas (protídios).
Causada
principalmente por desequilíbrio na quantidade de
insulina produzida pelo pâncreas.
É causada
por fatores hereditários e ambientais.
O Tabagismo e o sedentarismo são fatores que aumentam as
chances de se contrair o diabetes
O Diabetes
apresenta diversas formas clínicas, classificado em:
Diabetes Tipo 1
Diabetes Tipo 2
Diabetes
Gestacional
Outros tipos
de de Diabetes
Diabetes Tipo 1
É aquele que
ocorre na faixa etária de 0 a cerca de 35 anos de idade,
atingindo portanto, crianças, adolescentes e adultos
jovens.
O pâncreas produz pouca ou nenhuma quantidade de
insulina, impossibilitando a absorção satisfatória da
glicose pelo organismo.
A identificação da diabetes nas crianças pressupõe
grande observação dos adultos. Mais do que isso,
conscientizar o público o público infantil sobre a
necessidade de se ter uma dieta equilibrada e trocar
doces e bolos por produtos dietéticos exige atenção e
diálogo.
Existe perda
total da capacidade de produção de Insulina pelas
células beta do pâncreas, devido à fatores auto-imunes e
genéticos (hereditários). Manifesta-se de forma rápida,
geralmente com perda de peso em uma ou poucas semanas,
muita vontade de urinar, sede intensa e muita fome.
Pode ocorrer
desidratação e mesmo quadro de enjôos e vômitos, levando
a criança/adolescente à internação quando o aumento da
glicose no sangue não é logo diagnosticado.
É o que se chama de “cetoacidose diabética”.
Algumas dicas no caso de crianças, são fraldas com
formigas e apresentarem enurese noturna (voltam a urinar
na cama fora da idade para tal).
Manifestações da doença no lactente:
Choro frequente
Irritabilidade
Dificuldade
em ganhar peso
Urina muito
freqüente e excessiva
São sinais
da diabetes na infância:
Emagrecimento, mesmo com apetite normal ou aumentado
Muita sede
Urina
freqüente e em grande volume. Algumas vezes a criança
volta até a urinar na cama
Desinteresse
por brincadeiras e pela escola
A criança
maior pode apresentar:
Dor abdominal
Visão
embaçada
Tonturas
Corrimento
vaginal (meninas)
Balano
postite (meninos)
O tratamento
baseia-se em realização de um programa alimentar
(dieta), atividade física regular, somado ao uso de
Insulina e da automonitorização (realização de testes de
glicemia na ponta de dedo – capilar).
Diabetes
Tipo 2
É o diabetes
que ocorre em pessoas acima de 40 anos de idade. São na
maioria obesas ou têm excesso de peso. O tratamento
baseia-se em dieta, atividade física regular e
comprimidos (antidiabéticos orais).
É o tipo mais freqüente, acometendo 90% das pessoas com
diabetes.
Ocorre pela diminuição da produção de insulina e de seus
efeitos; apresenta sintomas leves, que podem ser
percebidos tardiamente. Geralmente manifesta-se após os
quarenta anos de idade, tendo como causa a obesidade e a
vida sedentária.
O Diabetes
tipo 2 pode levar muitos anos (cerca de 5 ou mais) sem
sinais ou sintomas e, portanto, sem diagnóstico. Uma das
alterações mais precoces no diabetes tipo 2 é a perda da
capacidade do pâncreas de liberar insulina na quantidade
adequada após a alimentação, já que a glicose provinda
dos alimentos é o principal estímulo para a liberação de
insulina.
Isto leva a
um aumento da glicemia após a refeição (pós-prandial)
que passa desapercebido em exames de rotina onde só se
avalia a glicose no sangue em jejum.
Atualmente,
100 milhões de pessoas no mundo inteiro têm diabetes
sendo que em 2010, de acordo com as projeções efetuadas,
haverá mais de 230 milhões.
História do Diabetes
O Diabetes
Mellitus é uma doença tão antiga como a humanidade.
No papiro de Ebers descoberto no Egito, correspondente
ao século XV antes de Cristo, já se descreviam sintomas
que pareciam corresponder ao diabetes. Foi Areteu da
Capadócia quem, no século II da era cristã, deu a esta
afecção o nome de diabetes, que em grego significa
sifão, (correr através de) referindo-se à eliminação
exagerada de água pelo rim.
No próprio
século II, Galeno, contemporâneo de Areteu da Capadócia,
também se referiu ao diabetes, atribuindo-a a
incapacidade dos rins em reter água como deveriam. No
século XI, Avicena descreveu com clara precisão esta
afecção em seu famoso Cânon da Medicina. Em 1679, após
um longo intervalo, Thomas Willis fez uma descrição do
diabetes, ficando desde então reconhecida por seus
sinais e sintomas como entidade clínica. Foi ele quem,
referindo-se ao sabor doce da urina, lhe deu o nome de
Diabetes Mellitus (adoçada como mel), apesar de esse
fato já ter sido registrado cerca de mil anos antes na
Índia, por volta do ano 500 AC.
Deve-se, no
entanto, ao médico e ao estudante de medicina canadenses
Frederic Banting e Charles Best, em 1921, à descoberta
da Insulina, que conseguiram demonstrar seu efeito
hipoglicêmico (efeito de diminuir a glicose no sangue).
Esta descoberta significou uma das maiores conquistas
médicas do século XX, porque transformou a expectativa
de vida dos diabéticos e ampliou horizontes no campo
experimental e biológico para o estudo da diabetes e do
metabolismo dos glicídios.
Diabetes
Gestacional
É o diabetes
que ocorre durante a gestação.
A glicemia
aumenta somente durante a gravidez e, quando a criança
nasce, ela volta ao normal.
É mais freqüente em mulheres que ganham muito peso
durante a gravidez. Os bebês costumam nascer com 4
quilos ou mais (macrossômicos) e pode ocorrer parto
prematuro.
Algumas
mulheres maiores de trinta anos ou com antecedentes da
doença na família apresentam diabetes durante a
gravidez. Também concorrem para esse quadro clínico
natimortos ou abortos anteriores, excessivo aumento de
peso e obesidade.
Neste caso,
o pré-natal deve ser acompanhado também por um
endocrinologista.
Após os 40 anos de idade estas mulheres tornam-se mais
propensas a desenvolverem diabetes do tipo 2.
O tratamento baseia-se em dieta visando a redução de
peso durante a própria gravidez, monitorização das taxas
de glicose no sangue e, quando necessário, uso de
insulina.
Outros
Tipos de Diabetes
Representam
menos de 5% de todos os casos diagnosticados:
Defeito genético nas células Beta.
Resistência
à insulina determinada geneticamente.
Doenças no
pâncreas (pancreatite alcóolica, por ex.).
Causada por
compostos químicos ou fármacos.
Outras
síndromes genéticas algumas vezes associadas com
diabetes (síndrome de Down, síndrome de Klinefelter,
síndrome de Turner, síndrome de Wolfram, ataxia de
Friedreich, coréia de Huntington, síndrome de
Laurence-Moon-Biedl, distrofia miotônica, porfiria,
síndrome de Prader-Willi e outras).
Recém
Diagnosticados
Já vão longe
os tempos em que o diabético vivia em um mundo de
restrições. Hoje, é possível controlar a doença sem
traumas, adotando uma nova postura que inclui
principalmente alimentação adequada, prática esportiva e
orientação médica. Acima de tudo muita informação.
A conscientização sobre a doença e o compromisso com seu
controle são os remédios mais importantes para se levar
uma vida saudável. Isto porque - ao identificar-se como
diabético - a pessoa precisa adotar novos hábitos,
inclusive alimentares. E principalmente seguir
rigorosamente as orientações médicas.
Cada tipo de
Diabetes requer um tratamento específico e algumas vezes
o controle exige até a administração de insulina.
Entretanto, manter uma dieta equilibrada e praticar
exercícios físicos regularmente também são importantes
e, nos casos mais leves, chegam até a amenizar a doença.
Estatísticas sobre Diabetes
Diabetes não
escolhe sexo, raça nem idade. Engloba grande parcela da
população mundial, independentemente do desenvolvimento
econômico, nível social ou grau de escolaridade. Muitas
vezes a doença pode ter causas fisiológicas e ser
agravada pelo desconhecimento do problema e dos hábitos
de vida que auxiliam a manter os níveis de glicose
equilibrados.
A pobreza e a exclusão social aumentam o risco de
desenvolver diabetes.
Países em
desenvolvimento estão enfrentando o fardo duplo da
desnutrição e taxas crescentes de obesidade e diabetes –
causados pela rápida urbanização falta de atividade
física e uma mudança de padrão alimentar.
Países em
desenvolvimento estão enfrentando o fardo duplo da
desnutrição e taxas crescentes de obesidade e diabetes –
causados pela rápida urbanização falta de atividade
física e uma mudança de padrão alimentar.
É uma das
principais causas de mortes no mundo: 3,2 milhões de
mortes/ano.
A cada 10
segundos, 1 pessoa morre em conseqüência do Diabetes.
(Fonte IDF Diabetes Atlas 2003).
O diabetes
tipo 2 é sub-diagnosticado 53,5% de casos desconhecidos
e inadequadamente tratado: 46,5%.
(Fonte: MiS, CNPq, SBD)
De acordo
com a O.M.S (Organização Mundial de Saúde) em 2006 há
cerca de 171 milhões de pessoas portadoras de Diabetes,
e esse índice aumenta rapidamente. É estimado que esse
número dobre em 2030.
O Diabetes é
de ocorrência mundial, sendo mais comum (especialmente o
tipo 2) nos países mais desenvolvidos. Um maior aumento
é esperado atualmente na Ásia e na África, onde
ocorrerão um grande número de diabéticos em 2030. O
aumento do índice de Diabetes em países em
desenvolvimento deve-se à urbanização e mudança de
estilos de vida (sedentarismo).
Há cerca de
20 anos, o número de diabéticos na América do Norte vem
aumentando consideravelmente. Em 2005 eram em torno de
20.8 milhões de pessoas com diabetes somente nos Estados
Unidos. De acordo com a American Diabetes Association
existem cerca de 6.2 milhões de pessoas não
diagnosticadas e cerca de 41 milhões de pessoas que
poderiam ser consideradas "pré"-diabéticas. Os Centros
de Controles de Doenças classificaram o aumento da
doença como epidêmico.
Controlando o Diabetes
A pessoa
diabética desfruta de maior qualidade de vida quando
está atenta para os seguintes cuidados:
Dieta: O açúcar precisar ser substituído por produtos
dietéticos, recomendados pelo médico. A dieta deve ser
balanceada, rica em fibras, evitando-se bebidas
alcoólicas e alimentos gordurosos. É importante que as
refeições sejam feitas em horários regulares.
Tabagismo:
Cigarro não combina com qualidade de vida,
principalmente dos diabéticos.
Medicação:
As orientações médicas devem ser seguidas rigorosamente.
A automedicação é um comportamento de alto risco.
Exercícios
físicos: Melhoram a condição cardíaca e circulatória e
contribuem para a redução do peso. O diabético precisa
alimentar-se 15 minutos antes de iniciar exercícios
físicos.
Exame
oftamológico: Possibilita a identificação e tratamento
precoce de doenças que, negligenciadas, podem até levar
à cegueira.
Auto-exame:
A pessoa diabética precisa estar atenta para a
existência de lesões e ferimentos, principalmente nas
mãos e pés, observando sua cicatrização e evitando
infecções. A pele deve ser hidratada, evitando-se também
banhos muito quentes ou muito frios.
Controlar a
doença é mais fácil quando todo o grupo familiar está
envolvido no tratamento e apóia o diabético na
disciplina quanto aos hábitos alimentares.
Especialmente no caso da diabetes infantil, a família
precisa estar informada e comprometida com o tratamento;
participar integralmente do processo e estar pronta
para, se necessário, também modificar sua postura,
sobretudo em relação a doces, bolos e refrigerantes.
O bom
controle do diabetes pode ser obtido com o
acompanhamento da monitorização da glicose realizada com
a gota de sangue através da punção no dedo (glicemia
capilar) por meio do uso de glicosímetros a nível
domiciliar.
A glicose no sangue só passa para urina quando seu nível
está igual ou maior que 180 mg/dl. Portanto, a dosagem
da glicosúria (glicose na urina) não é tão fidedigna
quanto à avaliação da glicemia capilar.
Os testes
devem ser realizados antes das refeições ou 2 horas
após.
Em jejum é
considerado bom controle quando a glicemia está entre 70
e 100 mg/dl e, 2 horas após a refeição, até no máximo
160 mg/dl.
Perdendo
o controle
Fatores de
risco para o Diabetes:
Obesidade;
Histórico
familiar de diabetes tipo 2;
Vida
sedentária;
Vida
sedentária;
Aumento do
colesterol e/ou triglicerídeos (dislipidemias);
Diabetes
gestacional ou dar à luz a bebês com mais de 4 kg;
Idade acima
de 40 anos;
Grupos
étnicos de alto risco
(exemplo: hispânicos, americanos nativos - índios Pima,
afro-americanos).
Hipoglicemia
A
hipoglicemia, vem acompanhada de uma série de sinais e
sintomas, como:
Suor frio,
fraqueza, tonturas, palidez da pele, palpitações
(aumento da freqüência das batidas do coração), confusão
mental e perda da consciência, chegando até mesmo ao
coma.
O tratamento
para a hipoglicemia consiste em dar açúcar puro ou um
líquido doce (refrigerante comum; suco de frutas com 1
ou 2 colheres de açúcar; água com açúcar) ou uma bala
que dissolva rapidamente na boca, e, evitar que haja
perda da consciência.
Nunca ofereça líquidos para a pessoa desacordada
(inconsciente). Coloque açúcar puro nas bochechas ou,
caso já esteja em coma, deverá ser levada imediatamente
ao hospital.
A
hipoglicemia ocorre mais freqüentemente em diabéticos do
tipo 1 (que fazem uso de insulina), mas pode ocorrer
também em diabéticos do tipo 2.
As situações
mais comuns que podem provocar esta complicação e que
podem ser evitadas são:
Prática ou aumento de atividade física sem a alimentação
adequada;
Esquecimento
de refeições, porém mantendo o uso da medicação para o
controle do diabetes (jejum prolongado);
Uso
excessivo da medicação antidiabética com o objetivo de
compensar um excesso alimentar ou de melhorar o controle
da glicemia de forma mais rápida (isto pode ocorrer
principalmente com o uso dos comprimidos do grupo das
sulfoniluréias, como por exemplo a clorpropamida e a
glibenclamida);
Uso da
medicação antidiabética com bebida alcoólica.
Hiperglicemia
A
hiperglicemia caracteriza-se pelo elevado nível de
glicose no sangue.
A hiperglicemia marcante e a hipoglicemia podem causar o
que se chama de coma diabético.
Hiperglicemia: nível muito alto da glicose no sangue.
Exemplo: acima de 300 mg/dl; pode chegar acima de 800 mg/dl
Hipoglicemia: nível muito baixo da glicose no sangue.
Exemplo: abaixo de 70/ 60 mg/dl
O coma
provocado pela glicose alta (hiperglicemia) deve ser
tratado imediatamente com infusão de muito líquido
(soro) e insulina. Podem ocorrer sintomas como aumento
do volume e vontade de urinar, aumento intenso da sede,
alterações da respiração (rápida) e da pressão arterial.
A Sociedade
Brasileira de Diabetes (SBD) considera que valores acima
de 126 mg/dl em jejum caracterizam indícios de diabetes.
Valores acima de 200 mg/dl, em qualquer ocasião,
confirmam o diagnóstico. Outras fontes consideram que
valores acima de 160 mg/dl já caracterizam a
hiperglicemia.
Produtos
para pacientes com Diabetes
Os
medicamentos tomados por via oral (antidiabéticos orais)
são usados para ajudar no tratamento do diabetes tipo 2
e podem ser divididos em quatro grupos principais:
Medicamentos
que aumentam a liberação de insulina pelo pâncreas:
Estes incluem as sulfoniluréias (clorpropamida,
glibenclamida, gliclazida, glipizida) e as meglitinidas
(repaglinida e nateglinida).
Medicamentos
que diminuem a produção de glicose:
Estes incluem as biguanidas (metformina) que reduzem a
produção de glicose pelo fígado e diminuem a resistência
à ação da insulina, ajudando, com isso, a controlar a
glicose no sangue.
Medicamentos
que diminuem a absorção de glicose:
Estes incluem os inibidores das alfa-glicosidases (acarbose),
que diminuem a velocidade de absorção da glicose
provinda dos alimentos pelo intestino.
Medicamentos
que melhoram a eficácia da insulina:
Estes incluem um novo tipo de remédios conhecidos como
tiazolidinedionas ou glitazonas que são sensibilizadores
da insulina. Agem também diminuindo diretamente a
resistência à ação da insulina e funcionam reforçando a
capacidade do organismo de utilizar sua própria insulina
de forma mais eficiente.
Insulina:
É fundamental no tratamento do diabetes tipo 1 associado
à dieta e atividade física.
Pode ser necessário seu uso nas pessoas com diabetes
tipo 2 quando existem complicações agudas do diabetes
como infecções, cirurgias ou durante a gestação.
Após vários
anos de diabetes pode ocorrer falência do pâncreas mesmo
com o uso dos comprimidos (antidiabéticos orais), em
diversas combinações. Neste caso, torna-se necessário o
uso de insulina em associação com os antidiabéticos
orais ou como forma única de tratamento.
Insulina
e como ela age no organismo
Todos os
alimentos a partir da digestão se transformam em açúcar
(glicose), que é levado pela circulação sanguínea até os
diversos tecidos e células do organismo, para que possa
ser usado como fonte de energia ou para que seja
armazenado (fígado, tecido gorduroso) para uso
posterior.
A Insulina é
um hormônio produzido nas células beta que se localizam
nas chamadas ilhotas de Langerhans do pâncreas. A
Insulina é responsável pela entrada da glicose que vem
do sangue nas células do organismo (musculares, adiposas
- de gordura, hepáticas - do fígado etc).
Para que isso ocorra, ela se liga em receptores
especiais nas células, como se fosse uma chave que se
liga à fechaduras localizadas como “portas” que existem
nas paredes das próprias células.
Após esta
ligação (insulina - receptor / "chave-fechadura") a
glicose entra nas células,”alimentado-as”, o que diminui
seu nível no sangue permitindo um controle adequado do
metabolismo.
No Diabetes
tipo 2 pode existir uma dificuldade na ligação da
insulina com os receptores. Isto é o que se chama
“resistência insulínica”.
Hemoglobina
Glicada
"A educação
é a chave para a prevenção das complicações e para uma
melhor qualidade de vida."
A dosagem no
sangue da hemoglobina glicada (HbA1c) deve ser feita a
cada 3 a 4 meses. É um marcador do controle do diabetes,
já que representa a média das glicemias nos últimos três
meses. Quanto mais tempo ela se mantiver dentro dos
limites da normalidade (no laboratório em que dosar),
melhor o controle do diabetes e menor o risco de
aparecimento de complicações crônicas.
É muito importante também realizar o exame de “fundo de
olho” para a avaliação da retina e/ou da
angiofluoresceinografia anualmente.
O
funcionamento dos rins deve ser avaliado através da
dosagem de microalbuminúria ou proteinúria na urina de
24 horas, também anualmente.
É importante
lembrar:
Uma dieta
balanceada é parte fundamental no tratamento e no
programa alimentar; a perda de peso pode ser necessária
para um bom controle da glicemia, pressão arterial e das
gorduras no sangue (colesterol e triglicerídeos);
A atividade
física deve ser regular (de preferência diária), pois
melhora o condicionamento cardiovascular e ajuda no
controle do diabetes; estabeleça metas e tente
alcançá-las;
É muito
importante fazer testes de glicose no sangue, pois
somente assim você poderá controlar realmente seu
diabetes;
Não pare de
usar os medicamentos por conta própria nem faça uso sem
que tenham sido prescritos pelo seu médico.
Você está em
risco?
Manifestações da Diabetes:
Alterações visuais
Cansaço
físico, desânimo e fraqueza.
Dificuldade
de cicatrização (principalmente nas mãos e pés)
Ganho de
peso (Diabetes Tipo 2)
Infecções
freqüentes (pele, urina e genitais)
De acordo
com a Organização Mundial de Saúde, os fatores de risco
mais importantes relacionada às doenças crônicas
não-transmissíveis (DCNT) são:
Hipertensão arterial sistêmica;
Aumento do
colesterol (hipercolesterolemia);
Ingestão
insuficiente de frutas, verduras e legumes;
Sobrepeso ou
obesidade;
Inatividade
física;
Tabagismo;
Cinco desses
fatores de risco estão relacionados à alimentação e à
atividade física e três deles têm grande importância no
aparecimento da Síndrome Metabólica (SM).
A
alimentação adequada deve:
Permitir a manutenção do balanço energético e do peso
saudável;
Diminuir a
quantidade de calorias sob a forma de gorduras, mudar o
consumo de gorduras saturadas para gorduras insaturadas,
reduzir o consumo de gorduras trans (hidrogenada);
Aumentar a
ingestão de frutas, verduras, legumes e cereais
integrais;
Comer menos
açúcar livre; diminuir a ingestão de sal (sódio) sob
todas as formas.
A atividade
física é determinante no gasto de calorias e fundamental
para o controle do peso.
A atividade física regular ou o exercício físico
diminuem o risco relacionado a cada componente da SM e
trazem benefícios substanciais também para outras
doenças (câncer de cólon e câncer de mama).
O tabagismo
deve ser combatido e eliminado, pois eleva o risco
cardiovascular.
Pré-Diabetes
Definindo o
pré-diabetes:
Pré-diabetes
é quando realizamos a dosagem de glicose no sangue
(glicemia) no laboratório e encontra-se os seguintes
valores:
Glicemia de Jejum entre 100 e 125 mg/dl
(leia-se: miligrama por decilitro)
Glicemia
após sobrecarga com 75 gramas via oral de glicose de 140
a 199 mg/dl.
Os
indivíduos que estão entre estes valores têm mais risco
de desenvolverem o quadro de diabetes e devem tomar uma
série de medidas para evitar contrair a doença.
Isso não
significa que as pessoas que tem Pré-Diabetes terão o
Diabetes, mas é um fator de risco que deve ser levado em
consideração.
Síndrome
Metabólica
A SÍNDROME
METABÓLICA (SM) é representada por um conjunto de
fatores de risco cardiovascular usualmente relacionado à
deposição de gordura central no abdômen e à resistência
à insulina.
É importante destacar a associação da SM com a doença
cardiovascular, aumentando a mortalidade geral em cerca
de 1,5 vezes e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) e o National
Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel
III (NCEP-ATP III) formularam definições para a Síndrome
Metabólica.
Segundo o
NCEP-ATP III, a SM representa a combinação de pelo menos
três componentes dos apresentados no Quadro 1 abaixo.
Pela sua
simplicidade e praticidade é a definição recomendada
pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento
da Síndrome Metabólica (I-DBSM).
Obesidade
COMO
CALCULAR SEU ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
IMC (ÍNDICE
DE MASSA CORPÓREA)
Prático, simples, reprodutível como valor diagnóstico e
prognóstico;
IMC = Peso (kg)
Altura² (metros)
CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE:
IMC RISCO DE COMORBIDADES
PESO NORMAL 18,5 a 24,9
SOBREPESO 25,0 a 29,9 AUMENTADO
OBESO CLASSE I 30,0 a 34,9 MODERADO
OBESO CLASSE II 35,0 a 39,9 SEVERO
OBESO CLASSE III Igual ou Super. a 40 MUITO SEVERO
Pé Diabético
A neuropatia
atinge cerca de 40% das pessoas com diabetes mal
controlado, fazendo com que talvez ela seja uma das
complicações crônicas mais comuns. Os altos níveis de
glicose no sangue mantidos provocam danos nos vasos
sanguíneos e reduzem o fluxo de sangue que vai para as
pernas e pés. Isto pode fazer com que os nervos não
recebam os nutrientes necessários para funcionarem
adequadamente.
A neuropatia pode se manifestar devido a uma alteração
dos nervos chamados sensitivos, o que levaria a
alterações de sensibilidade, como: formigamento, dor ou
perda da sensibilidade, mais comuns nos membros
inferiores.
Como
conseqüência, os pés podem sofrer ulcerações com
qualquer tipo de ferimento (corte, micose, bolha ou
calosidade) e infectar-se antes que a pessoa perceba.
Isto é o que se conhece como "pé diabético".
Se estas
lesões não forem tratadas a tempo, podem levar à
situações como a gangrena e a amputação. A melhor forma
de prevenir qualquer tipo de lesão nos pés é tratá-los
com toda atenção.
CUIDADOS
BÁSICOS COM OS PÉS:
Os portadores de diabetes devem diariamente avaliar seus
pés e pernas, inclusive entre os dedos;
Lavar
diariamente os pés, enxaguando-os muito bem,
principalmente entre os dedos, secando-os
cuidadosamente;
Se a pessoa
não puder inspecionar os pés, alguém deve fazê-lo;
Usar água
com temperatura semelhante a do corpo ( 36 a 37º C);
Calçar
sapatos com meia de algodão;
Trocar as
meias diariamente, mesmo que aparentemente estejam
limpas;
Inspecionar
diariamente e palpar com as mãos o lado interno dos
calçados, a fim de verificar objetos estranhos;
As unhas
devem ser periodicamente aparadas;
Não caminhar
descalço dentro ou fora de casa, na praia e etc;
Não usar
agentes químicos para remover calos, somente
profissional. com experiência está habilitado a tratar
dos calos;
Não passar
creme hidratante por entre os dedos;
Não usar o
mesmo calçado por dias consecutivos;
Não colocar
calor nos pés, tipo bolsa de água quente, “escalda-pés”
e proximidades com o fogo; o fato de você sentir que seu
pé está frio não significa que este esteja, a neuropatia
diminui a sensibilidade protetora;
Não retirar
a cutícula, ela é a proteção de sua unha;
Deixar o
sapato arejar;
Lembrar aos
seus médicos que os seus pés necessitam ser examinados
regularmente;
Nos dias
frios proteja seus pés com meias de lã ou algodão que
não sejam muito folgadas, pois podem fazer pregas de
tecido dentro do calçado ferindo os pés; e nem muito
apertadas por causa da circulação;
Em casos de
feridas nos pés suspenda suas caminhadas diárias;
Se tiver
unhas encravadas procure um profissional especializado;
Atividades
Físicas
A atividade
física é determinante do gasto de calorias e fundamental
para o controle do peso.
A atividade
física regular ou o exercício físico diminuem o risco
relacionado a cada componente da SM e trazem benefícios
substanciais também para outras doenças (câncer de cólon
e câncer de mama).
No diabetes
as atividades físicas possuem qualidades marcantes tanto
na prevenção (pré-diabetes) quanto no tratamento da
doença.
Como os
pacientes com diabetes sofrem de fatores de risco para
doenças cardiovasculares todo o exercício deve ser
acompanhado por um médico.
Controle
sua Glicemia
O bom
controle do diabetes pode ser obtido com o
acompanhamento da monitorização da glicose, realizada
com a gota de sangue através da punção no dedo (glicemia
capilar), por meio do uso de glicosímetros a nível
domiciliar.
A glicose no
sangue só passa para urina quando seu nível está igual
ou maior que 180 mg/dl.
Portanto, a
dosagem da glicosúria (glicose na urina) não é tão
fidedigna quanto à avaliação da glicemia capilar.
Os testes
devem ser realizados antes das refeições ou 2 horas
após.
Em jejum é considerado bom controle quando a glicemia
está entre 70 e 100 mg/dl e, 2 horas após a refeição,
até no máximo 160 mg/dl.
Conteúdo
retirado de:
http://www.tudosobrediabetes.com.br |