VARIEDADES

 

 

 

HOME

 

 

 

  

 

 NOVELA

Pantanal

  

1990 - 2008


A POLÊMICA DA REPRISE NO SBT...

(Atores e atrizes comentam na mídia...)

 

Artistas falam sobre o fato de ser certo ou não o SBT ter exibido Pantanal....

 

 

 

O diretor Jayme Monjardim imaginou que Pantanal seria reexibida porque o SBT tinha feito uma pesquisa de opinião com o público e, entre as tramas mais queridas, estavam Ana Raio e Zé Trovão e Pantanal , ambas dirigidas por ele nos anos 90.

– Fiquei com o maior orgulho, muito feliz – diz Monjardim. – Não tenho restrição. Se eles compraram os direitos, que sejam muito felizes. Devo muito a essa novela, porque foi nela que me lancei como diretor. Sou super-romântico e vejo esse trabalho como meu filho. Jamais processaria um filho meu.

 

O ator José de Abreu, que interpretou o psicanalista Gustavo em Pantanal, deseja que Silvio Santos “se dê bem com a novela”. Mas discorda do fato de um juiz vender os direitos autorais de autor, diretores e atores.

– Ajudei a escrever a Lei 6.533, de 24 de maio de 1978, que regulamenta a profissão dos artistas cênicos. A lei cita a ilegalidade de se vender o direito conexo, que é invendável. É uma ilegalidade – diz o ator, acreditando que o caso Pantanal é uma ótima oportunidade para a classe artística discutir a questão dos direitos. – Além disso, o leilão em que se vendeu Pantanal foi feito de forma nebulosa. Não estou preocupado com o dinheiro.

 

Preocupação com direitos

A atriz Cristiana Oliveira, que interpretou Juma, a mulher que virava onça, soube por um fã, há duas semanas, que a novela seria exibida pelo SBT

– Achei que pudesse ser boato falso – diz Cristiana. – Mas, ontem, estava no teatro e recebi um monte de mensagens pelo celular avisando que a novela estava no ar! Meu advogado já foi acionado e acredito que o SBT vai pagar todos os direitos, sim. Fico apenas preocupada com a questão em relação à situação da Globo. Não sei se o SBT tinha ou não o direito de exibição já que a Globo comprou os direitos do autor para fazer uma nova versão.

 

Ittala Nandi, que fez Madeleine, um dos papéis mais importantes da novela, reclama que ninguém conversou com ela:

– Soube pelos outros que iam reexibir a novela. Já trabalhei no SBT e sei que o Silvio Santos faz o que quer. Agora, meu advogado vai entrar em contato com eles.

 

Angela Leal lembra que a mesma situação aconteceu antes com a reexibição da novela Xica da Silva:

– Eles não comunicaram aos atores, a princípio, mas depois nos chamaram e pagaram. Nós que trabalhamos na Manchete temos uma advogada que cuida dos problemas ligados à empresa.

 

Até o horário de exibição, o SBT exibiu imagens em computação gráfica de uma mulher que tirava a roupa e passava por uma ponte de água. A abertura foi refeita, mas o primeiro capítulo original estava lá, um tanto desbotado.

 

A história começa em 1947, em Goiás, com Joventino (Cláudio Marzo) e o filho José Leôncio balançando-se na rede. Com a passagem do tempo, surgem outros atores como Paulo Gorgulho (José Leôncio jovem), José Dumont (Gil) e Cássia Kiss (Maria Marruá), Marcos Caruso (Tião), Carolina Ferraz (Irma) e Ingra Liberato (Madeleine jovem). O público viu imagens esmaecidas e relembrou o som do berrante, os bandos de pássaros e o fantástico pôr-do-sol.

A pedido da Rede Manchete, o mineiro Marcus Viana compôs e produziu a trilha sonora de abertura da novela e a música-tema do casal de protagonistas Juma e Jove.

– Para mim foi uma coisa extraordinária ter participado – conta Viana, que recebeu o convite do diretor Jayme Monjardim após ele ter visto um especial de seu grupo, o Sagrado Coração da Terra. – Um monte de gente me ligou ontem à noite depois da novela, eu nem a vi no ar. Obviamente vou correr atrás dos meus direitos, porque na época não recebi nenhum direito de execução pública da Manchete.